18 de fevereiro de 2011

Metal Gear Solid: The Twin Snakes

Capa brutal!
Desenvolvido por: Silicon Knights, Konami
Publicado por: Konami
Designer: Hideo Kojima
Argumentista: Hideo Kojima
Artista: Yoji Shinkawa
Compositor(es): Norihiko Hibino, Steve Henifin, Toshiyuki Kakuta, Shuichi Kobori, Waichiro Ozaki
Plataforma: Nintendo GameCube
Lançamento: 09-04-2004 (EUA), 11-03-2004 (JP), 26-03-2004 (EU)
Género(s): Acção, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: 2x Nintendo Optical Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Memory Card (4 Blocos)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes. É daqueles jogos que vale a pena jogar novamente.

(Chuva, como a odeio. Mas faz falta e tem de cair. O problema é sair de casa sem apanhar uma molha.)

The code is in the back of the CD box.
Hideo Kojima é daqueles nomes que estão intrinsecamente ligados ao mundo dos videojogos por diversos motivos. Primeiro, porque é uma pessoa com uma imaginação muito grande, capaz de criar bons argumentos, personagens carismáticas e ambientes fabulosos. Segundo, porque é o pai, o mentor e o criador de uma das melhores sagas de sempre: Metal Gear. Quem não conhece é porque muito provavelmente não é fã de jogatanas e tem desculpa. Mas quem joga e não conhece, é uma falha grave, muito grave mesmo. Quase tão mau como não conhecer Super Mario. Mas enfim, feitas as devidas introduções, passemos ao que interessa. Este jogo em particular chegou-me à colecção em meados de 2005, tendo sido adquirido a um particular no Miau.pt por cerca de 35€. Pior foi quando o vi a 9.99€, semana e meia depois, na Fnac do Almada Fórum. Claro que não ia adivinhar mas podia ter previsto isto dada a fulminante baixa de preços dos jogos da GameCube nessa altura. Estúpido... xD


Discos, manual e papelada.
Metal Gear Solid: The Twin Snakes é um remake do tão afamado original de PlayStation que nos coloca na pele de Solid Snake, chamado ao dever, numa ilha do Alaska, mais concretamente no arquipélago Fox, para evitar que um grupo organizado de soldados com capacidades especiais leve a cabo a sua ameaça: utilizar arsenal nuclear se o governo americano não entregar os restos mortais de Big Boss. Este grupo de nome FoxHound é nada mais nada menos que a unidade à qual Solid Snake pertenceu, sendo agora liderada pelo seu irmão gémeo, Liquid Snake. Dai o subtítulo The Twin Snakes...




Isto não vai correr bem.
Sendo um remake do original, The Twin Snakes apresenta-nos diversas novidades em todos os campos. A que sobressai mais assim à partida é toda a componente gráfica uma vez que o hardware permitiu novos voos. Deste modo optou-se pelo motor gráfico de Metal Gear Solid 2 - Sons of Liberty dando um novo look ao jogo, bem como muito mais detalhe no geral. Este trabalho ficou a cargo da Silicon Kights, conhecidos pelo seu excelente trabalho em Eternal Darkness mas sempre sob a supervisão de Hideo Kojima e do senhor Shigeru Miyamoto. Por outro lado, sendo o original conhecido pelas suas sequências cinemáticas, este não podia ficar atrás pelo que Ryuhei Kitamura, cineasta japonês responsável por alguns títulos de acção como por exemplo Versus, Azumi e The Midnight Meat Train foi a pessoa escolhida para dar vida às sequências deste jogo. E o resultado não podia ter sido melhor, devido ao seu peculiar estilo, à sua experiência em coreografia com armas, utilização do efeito bullet time (popularizado por Matrix) e inspecção rigorosa de Hideo Kojima (que o mandou refazer algumas cenas até estarem perfeitas). Diria que em termos visuais, The Twin Snakes é um jogo excelente, especialmente nestas cutscenes.

Claro que sim, senhor Ninja!
Como é de calcular, a parte sonora também foi alvo de muitas horas de trabalho. Optou-se por gravar novamente todo o diálogo, utilizando o elenco original com a excepção de Gray Fox que teve direito a uma nova voz (uma vez que esta era feita pelo mesmo actor que dá voz a Donald Anderson e nesta versão iriam soar muito parecidas). Este elenco permanece em todas as versões do jogo sendo que não utilizaram actores japoneses para a versão japonesa. Parte da banda sonora ficou a cargo de Steve Henifin e da própria Silicon Knights que conseguiram manter o nível de qualidade da série. Toda a restante parte sonora foi tratada pelo pessoal da Konami, particularmente por Norihiko Hibino, conhecido pelo seu trabalho em Sons of Liberty. O resultado? Impecável...

Snake joga às escondidas com Vulcan Raven.
No campo da jogabilidade, The Twin Snakes comporta-se tal e qual Sons of Liberty pois as semelhanças são mais do que muitas. Desta vez Snake pode optar por não matar quase ninguém visto poder utilizar a famosa M9 (arma de tranquilizantes) e para longa distância optar pela PSG1-T (sniper de tranquilizantes). Por outro lado, para disparar sobre o inimigo utiliza-se uma visão na primeira pessoa, facilitando o processo e tornando o jogo menos stressante. Em termos de controlo e movimento, tudo se desenrola da mesmíssima maneira pelo que devemos tentar sempre não dar nas vistas para evitar confrontos desnecessários visto estarmos quase sempre em desvantagem numérica. Foram também feitos diversos ajustes técnicos visto tratar-se de um jogo de GameCube, pelo que em certas situações vão deparar-se com "problemas" parecidos aos da versão original, como por exemplo a batalha contra Psycho Mantis, cujas soluções podem não ser iguais de todo. Quando digo "problemas" não me refiro a falhas técnicas mas sim a enigmas se preferirem, que têm de ser resolvidos para progredirem. Não pretendo estragar a experiência, portanto nada mais escreverei acerca disto... :)

Disparar na primeira pessoa, uma inovação.
Um facto curioso acerca de The Twin Snakes é que não era suposto ser exclusivo de GameCube, visto que inicialmente havia uma versão de PS2 na forja (e até fazia sentido) mas essa nunca chegou a ver a luz do dia, tornando imperativo que se comprasse uma GameCube para poder desfrutar deste excelente título.

Metal Gear é sem dúvida uma das sagas mais queridas no mundo dos jogos e também uma das mais surpreendentes. Tem tantos fãs como haters, a verdade é essa mas no fundo marcou a indústria, marcou as pessoas e sobretudo provou que os jogos não são apenas para crianças e podem muito bem rivalizar até com os maiores argumentos de Hollywood. Por todos esses motivos, este é, inquestionavelmente, um JOGALHÃO DE FORÇA! :D

Um clássico dos FPS volta amanhã, com nova aparência...

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

2 comentários:

  1. Bom texto! Quando for comentar o meu quase que digo "what he said" e ponho o link para aqui. :P
    Eu sempre conheci esse jogo como exclusivo para GC, até porque na altura a Silicon Knights era uma 2nd party da Nintendo.

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  2. Grande título! esse remake deve ser realmente muito bom.

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