24 de março de 2011

Drakengard

Caim e o seu amiguinho.
Desenvolvido por: Cavia
Publicado por: Square Enix (EUA, JP), Take-Two Interactive (EU)
Compositor: Nobuyoshi Sano, Takayuki Aihara
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 11-09-2003 (JP), 02-03-2004 (EUA), 05-05-2004 (EU)
Género(s): Hack 'n Slash, Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (41KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração
Outros nomes: ドラッグオンドラグーン - Drag On Dragoon (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas três vezes pois o jogo tem vários finais.

(O Sócrates foi abaixo, Duke Nukem Forever novamente adiado mais um mês. Anda tudo louco...)

Pelas imagens, muita salganhada!
Muito de vez em quando, aparecem jogos que tentam misturar diferentes géneros, originando assim uma experiência nova com o intuito de não só agradar a fãs dos vários géneros mas também potenciais novos jogadores. Esta mistura tanto pode resultar bem como sair uma valente banhada, arruinando a experiência para todos, quer para os jogadores pois não gostaram, quer para os produtores, pois não lucraram. Mas há sempre aqueles exemplos que ficam ali no meio, não sendo nem bons nem maus. O jogo de hoje é um exemplo disso, pairando no limbo entre bom e mau mas não tendendo nenhum dos lados. O meu exemplar foi adquirido no Jumbo do Almada Fórum por 6 euros. Só não sei ao certo em que ano foi mas calculo que seja algures em 2006.


Drakengard é um jogo que combina vários géneros, entre eles elementos de acção com Role Play, resultando numa espécie de Dynasty Warriors RPG. Confesso que o resultado podia ter sido melhor se não metessem os elementos de acção ao barulho mas enfim. A história recai sobre Caim, filho da família real que é morta por um dragão negro enviado pelo Império, alimentando assim o seu ódio por dragões e obviamente pelo Império. Na sua demanda contra estes inimigos, Caim é mortalmente ferido e já no seu leito de morte encontra um dragão vermelho, igualmente ferido. Inicialmente o dragão mostra-se relutante em ajudar Caim mas visto nenhum deles ter hipóteses de sobreviver sem a ajuda um do outro, resolvem fazer um pacto onde Caim perde a voz ficando este pacto selado sob a forma de uma marca na sua língua. Assim, partem os dois para a batalha, continuando a dizimar os exércitos do Império, contando também com vários preciosos aliados.

Manual, papelitos e DVD.
A parte visual de Drakengard não prima pela originalidade. Na sua grande maioria, os cenários são extensos mas muito parecidos à série de jogos da Koei, ou seja, vazios e sem nada de interessante para ver ou explorar. Contudo, existem alguns que requerem alguma exploração e escondem segredos interessantes, mas a falta de pormenor visual no geral, faz com que o jogador nem se aperceba que ao passar por uma parede, por exemplo, esta albergava um segredo. No entanto não deixa de ser um jogo agradável e fluido. As batalhas processam-se a uma velocidade ideal especialmente as aéreas, sem solavancos e as personagens principais estão bem detalhadas, tal como os dragões. Para não variar, as cutscenes em CG estão boas, tal como a Square já nos habituou ao longo destes anos.

Cinco contra um, é justo.
A parte musical de Drakengard apesar de me ter passado ao lado, visto estar mais focado na acção do que propriamente no som, está boa com diversas faixas que deram origem a duas bandas sonoras, curiosamente. No decorrer do jogo, estas faixas misturam-se de forma quase imperceptível com o ambiente desolador do jogo, proporcionando uma boa atmosfera especialmente porque está praticamente tudo destruído. De resto é o que se pode esperar de um típico jogo de espadeirada, com muito metal a bater contra metal pelos campos fora, explosões e claro, dragões enormes a cuspir fogo. Diria que o som neste aspecto faz o seu trabalho sem ser posto em causa, ainda que, a meu ver, o voice-acting não é do melhor mas até aceito.

Outra batalha justa.
A jogabilidade em Drakengard é extremamente parecida com a de Dynasty Warriors. Controlamos uma personagem pelos imensos campos de batalhas, espalhando destruição e morte em tudo o que se atravesse no nosso caminho. Mas existem diferenças subtis, como é de calcular. Querendo misturar géneros, a acção da batalha recompensa o jogador através de experiência que permite evoluir as personagens. Disse personagens, pois não jogamos só com Caim, existindo vários aliados jogáveis, que podemos invocar quando estamos quase a morrer, a título de exemplo. As batalhas tanto ocorrem em terra, com muita espada pela frente, como ocorrem no ar. A qualquer altura podemos chamar o nosso dragão Angelus e espalhar o terror sob a forma de fogo pelos campos. Em outras alturas, os níveis são somente batalhas aéreas que nos remetem imediatamente para o clássico Panzer Dragoon, visto ser uma espécie de tributo, na minha opinião e certamente o aspecto mais divertido deste jogo. Mas não se trata só de evoluir as personagens, apanhamos também novas armas que permitem novos movimentos, mais dano e essas coisas todas características de um RPG. Para apimentar mais as coisas, o nosso dragão também evolui, chegando a transformar-se numa verdadeira besta de combate. O jogo compreende dois modos: Story, que está dividido em capítulos e sub-dividido em versos; e o Free Expedition que permite jogar em qualquer um dos capítulos previamente desbloqueados, para podermos apanhar coisas que ficaram para trás ou simplesmente ir à procura de algum segredo por desbloquear.

O mais giro é que ele não fala devido ao pacto.
E segredos é coisa que há com relativa abundância neste jogo sendo que alguns conseguem ser descobertos se accionarmos determinados eventos em certos versos e outros estão simplesmente escondidos nos níveis à espera de serem encontrados. Nem todos são se fácil "acesso", não por uma questão de terreno mas pela ordem em que os eventos devem ter lugar. Juntamente a isto seguem-se os vários finais. alguns conclusivos, outros bem estranhos. Não querendo spoilar, um dos finais é a resposta para os acontecimentos anteriores aos de Nier, portanto vejam bem a imaginação dos produtores.

Escaramuça pelo ar.
Existem algumas diferenças face à versão japonesa que recaem fundamentalmente na censura de certos aspectos considerados tabu no ocidente e que estão relacionados com as personagens. Sendo que uma delas gostava de meninos, outra queria "comer" o irmão e uma terceira matava crianças por não ter ventre (fruto do pacto que fez, pois os pactos tiravam sempre algo aos humanos quer fosse uma aptidão física ou até mesmo sentimental), a Square resolveu omitir estes factos, revelados através de diálogos entre as personagens, resultando em falhas na história pois em certos momentos não se percebe ao certo porque razão certas conversas e acções estão a ter lugar. Uma estupidez mas que se há-de fazer...

Drakengard teve ainda direito a uma sequela mas o pouco interesse que este me despertou não me forçou a comprar o 2º. Podia ter sido um excelente jogo se tivessem apenas apostado num género, neste caso RPG ou até mesmo Action RPG, estilo Zelda mas em vez disso, eis o resultado. Mas ignorando tais factos, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Espanhóis tresloucados, sangue, motoserras e tiros, amanhã, aqui, como sempre. Apareçam... :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

4 comentários:

  1. Ora aqui está um jogo que nunca ouvi sequer falar. E aposto que a versão japonesa tinha muito mais piada, pelo que falaste do que foi censurado...
    Algo me diz que amanhã é Resident Evil 4. :P

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  2. Sim, as coisas censuradas davam sentido a certos diálogos que foram mantidos. E bingo! Resi4 amanhã! x)

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  3. quando pus a mão neste jogo, pensei de imediato que seria incrível, mas logo vi a grande falha q você citou; não tem de rpg o suficiente pra falar que é um bom rpg e muito menos de ação/hack 'n slash, pra falar que é bom neese aspecto também, você fica o jogo inteiro lutando do mesmo jeito.

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    1. igual o splinter cell da nova geração, não se sabe se o jogo é tps ou espionagem. Sou muito mais o de ps2

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