9 de março de 2011

Metroid Prime 2: Echoes

Samus em destaque.
Desenvolvido por: Retro Studios, Nintendo
Publicado por: Nintendo
Designer: Mike Wikan
Compositor: Kenji Yamamoto
Plataforma(s): Nintendo GameCube, Nintendo Wii
Lançamento: 15-11-2004 (EUA), 26-11-2004 (EU), 02-12-2004 (AUS), 26-05-2005 (JP)
Género(s): First Person Shooter, Plataformas, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer em splitscreen entre 2~4 jogadores
Media: Nintendo Optical Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (3 Blocos), Apenas compatível com modo PAL 60Hz.
Outros nomes: Metroid Prime 2: Dark Echoes (メトロイドプライム2 ダークエコーズ Metoroido Puraimu 2 Dāku Ekōzu) (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, com tudo a 100%. Achei o jogo um bocado aborrecido.

(Será que chove? Espero bem que não, para bem do São Pedro.)

Parte de trás pouco inspiradora.
Já é tradição neste nosso planeta, quando algo tem sucesso por norma faz-se logo mais e melhor, embora isto seja discutível pois nem sempre o mais é melhor. Isto aplica-se em geral a tudo mas em particular a filmes e claro, jogos. Se um jogo teve sucesso, toca de fazer a sequela, a prequela, a side story e o spin-off. O que importa é fazer render o peixe, ou melhor ainda, como prefiro dizer e escrever, ordenhar a vaca. De facto em inglês soa melhor, milking the cow mas isso não interessa nada. Ora bem, o jogo de hoje é um desses casos, uma sequela que prometia ser melhor em tudo mas a meu ver, falhou redondamente num pormenor: o divertimento. Esqueceram-se de o colocar lá. De resto tem tudo no ponto. O meu exemplar chegou-me às mãos através de um amigo meu, o Luís Mendes, também conhecido por outros nomes e alcunhas mas que não têm a ver para o caso. Achei-o no eBay, o jogo claro, por cerca de 25 euros novinho. O senhor Mendes tratou do negócio...


Manual, papelada e disco.
Metroid Prime 2: Echoes é uma sequela de Metroid Prime (isto sem contarmos com o Hunters) onde Samus Aran, para não variar, recebe uma chamada de socorro de uma nave da Galactic Federation, que se encontrava perto do planeta Aether, onde habitam os Luminoth. Ao chegar dá de caras com um cenário de chacina, tudo obra dos Ing, uma raça que consegue mudar de forma e que habita numa dimensão alternativa, também em Aether. Tudo isto começou devido ao impacto de um meteoro de Phazon, cinco décadas antes destes eventos, alterando o meio ambiente do planeta bem como a sua energia. Os Ing desde então apoderam-se de tudo o que esteja vivo, morto ou tenha inteligência, mesmo que seja artificial para destruírem os Luminoth. Por outro lado os Space Pirates ao detectarem estas radiações de Phazon, montam uma base em Aether, daí a intervenção da Galactic Federation e agora a coitada da Samus é que tem de lidar com tudo isto.

Folheto promocional, NDS side.
Se o primeiro jogo desta trilogia já era um espectáculo a nível visual, este não lhe fica nada atrás e consegue ainda proporcionar uma experiência ainda melhor. Há vida neste jogo, um pouco por toda a parte, desde a vegetação, às imensas criaturas que por lá habitam. "Passear" por Aether dá gosto e andar a rebentar coisas ainda melhor é. Pensava que Metroid Prime era bonito mas este Echoes conseguiu levar a saga a outro patamar. A diversidade de cenários continua a ser um dos pontos fortes da série, desde desertos a pântanos passando pelos habituais templos de raças outrora florescentes na área, Echoes tem isto tudo para deleite visual dos fãs. E como existe a tal dimensão alternativa, podemos ver os cenários de duas maneiras ligeiramente diferentes.

Uma vez mais, o campo sonoro continua em alta, com uma banda sonora forte, apostando-se em remixes de músicas de jogos anteriores e mesmo em ligeiras variações das mesmas músicas quando mudam de Light Aether para Dark Aether, pelo que nunca nos cansamos de as ouvir. Todo o som em geral é óptimo, algo a que a Nintendo já nos habituou e de certo modo mimou, nesta área. A partir de agora, erros não são tolerados.

Folheto promocional, Gamecube side.
A jogabilidade, apesar de permanecer praticamente a mesma do primeiro jogo, introduziu algumas novidades que os jogos 3D da saga ainda não tinham. Fazendo alusão aos jogos antigos, Samus agora tem a possibilidade de usar o Screw Attack, provavelmente um dos ataques mais carismáticos de sempre que serve também para atravessar áreas onde chão é coisa que não existe. Uma vez que a atmosfera é Dark Eather é altamente letal devido à radiação, inicialmente Samus tem de recorrer a focos de luz para poder sobreviver, focos estes que são também zonas de segurança onde os Ing não entram. Contudo mais adiante, poderá fazer upgrade ao fato para poder andar livremente nas duas dimensões. Outra novidade são os beams que pode utilizar, onde temos um Light Beam e um Dark Beam, ambos com funções semelhantes e munição limitada pelo que devemos utilizá-los com conta, peso e medida. Estes servem não só para aniquilar certos tipos de inimigos como também activar zonas de segurança. Tal como o jogo anterior temos ainda o típico scanner, útil para analisar inimigos, objectos e afins, bem como outros visores novos que nos permitem descobrir inimigos camuflados e até criar representações visuais do som.

Samus defronta um bicho feio.
Algo particularmente curioso em Metroid Prime 2: Echoes é um inimigo, que surgiu dos restos do último boss no primeiro jogo. Obviamente falo de Dark Samus, uma entidade em tudo igual a Samus mas sempre mais à frente e que neste jogo constitui a principal ameaça e é provavelmente a melhor coisa que podia ter acontecido. Digo isto porque em geral, como sugeri no inicio, o jogo é aborrecido. Andar a saltar de Light para Dark é literalmente uma seca e é uma maneira feia e descarada de "aumentar" o tempo de jogo. Aumentar no fundo não aumenta, pois é pura ilusão. É aquilo a que se chama "atirar areia para os olhos". E foi isto que me desapontou neste jogo, pois prometia ser bem melhor que o primeiro em todos os aspectos, depois de uma demo que, muito provavelmente, deixou todos os fãs pelo beicinho. Mas está longe de ser um mau jogo, antes pelo contrário, é bom mas não é tão divertido como o primeiro ou o seu sucessor, Corruption. No meio disto tudo, Dark Samus, ironicamente, é a luz no fundo do túnel que nos faz jogar até ao final para vermos o que acontece.

E aqui luta contra outro!
Não querendo esticar mais a corda, Metroid Prime 2: Echoes é um bom jogo, exceptuando a parte de andar a alternar entre dimensões para resolver puzzles que é secante. Se não tivesse esta componente era tão genial quanto o primeiro mas com isto durante o jogo inteiro, perde muito a seu favor. No entanto não desanimem, é um JOGALHÃO DE FORÇA, de qualquer maneira!

Amanhã, um jogo de futebol com alguns aninhos... :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

2 comentários:

  1. Boa review. A parte de se alternar entre os 2 mundos é realmente um pouco secante, mas não deixa de ser um óptimo jogo. Perde apenas pelo factor "novidade" que surpreendeu toda a gente com o seu predecessor. Já terminei os 2 com 100%, falta-me jogar o Corruption, mas ainda vai demorar, visto não ter uma Wii...

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  2. O Corruption é de facto a jóia da coroa desta trilogia, não por ser novidade pois não é, mas sim por todas as inovações e pequenos detalhes que lhe acrescentaram.

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