7 de abril de 2011

Final Fantasy VII

Que capa tão mítica!
Desenvolvido por: Square Product Development Dept. #1
Publicado por: Square (JP), Sony (EUA), SCEE (EU)
Director: Yoshinori Kitase
Produtor: Hironobu Sakaguchi
Artista(s): Tetsuya Nomura, Yusuke Naora
Argumentista(s): Kazushige Nojima, Yoshinori Kitase, Hironobu Sakaguchi, Tetsuya Nomura
Compositor: Nobuo Uematsu
Plataforma: PlayStation, PlayStation Network, PC
Lançamento: 31-01-1997 (JP), 07-09-1997 (EUA), 17-11-1997 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: 3x CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o 3 vezes e ainda o hei-de completar novamente.

(Este é o melhor jogo de sempre. Mas há dúvidas? Fiquem com elas! :P)

Midgar ali ao centro.
Sempre ouvi dizer que existem jogos que vendem consolas e a verdade está à vista. Há imensos títulos que se tornaram tão populares ao ponto das pessoas comprarem uma consola só para os poderem jogar, visto muitos serem exclusivos e aqui é que está o ganho. E uma coisa é certa, já comprei muitos jogos antes de ter a consola para os jogar logo isto comprava esta teoria. Mas por um lado habituei-me a fazer isso em vez de comprar uma consola que inicialmente não tem nenhum jogo que me interesse, pois assim investe-se noutras coisas ou simplesmente não se gasta. O jogo que aqui trago hoje é um belo exemplo disso e considerado por muitos como o jogo que vendeu a PlayStation mais do que qualquer outro. A verdade é que a comprei para o jogar ainda que já tivesse andado a fazê-lo na PlayStation de um amigo. Mas não é a mesma coisa do que ter a nossa e jogar quando bem nos apetecer. Este meu exemplar adquiri-o na Fnac, na altura do seu lançamento por cerca de 12.990$, preço típico da época. Curiosamente estava na mesma prateleira do Symphony of the Night, que custava o mesmo e trazia a banda sonora! Só de pensar nisto até fico triste mas só tinha dinheiro para um e este era prioritário. :)


CD1 e manual.
Final Fantasy VII é para muitos o melhor jogo de sempre. Pelo menos para mim é. Foram muitas horas a jogá-lo, a descobrir todos os segredos, a explorar cada canto do mapa e foi o primeiro Final Fantasy que joguei a sério, ainda que tivesse antes experimentado o IV, V e VI via emulação mas não era a mesma coisa que jogar numa consola. Mas passando a factos, a história de FFVII começa em Midgar, onde Cloud Strife, um membro da SOLDIER, dá de caras com os radicais da AVALANCHE, um grupo que luta pelo planeta e contra o conglomerado Shinra que por sua vez extrai a energia Mako proveniente do planeta, enfraquecendo-o. Mais tarde, após sabotarem um dos reactores que rodeiam a cidade e consequentemente este explodir, Cloud é projectado para longe do local da explosão indo parar às favelas que se encontram no níveis inferiores de Midgar. Aqui conhece Aerith (conhecida por Aeris no ocidente) e decide protegê-la dos Turks, a força de elite da Shinra que anda atrás desta rapariga pois acreditam que ela é a chave para a Promised Land, onde reside uma fonte de Mako. Obviamente, Aerith acaba por ser raptada fazendo com que Cloud e o resto do gangue partam para a mais épica aventura de sempre...

CD2 e CD3.
Na época em que foi lançado, FFVII foi um choque para todos. Primeiro, porque a Square tinha abandonado a Nintendo depois de tantos jogos produzidos para as suas consolas e partia agora à aventura ao lado da Sony que tinha a sua PlayStation para alimentar. O formato de CD também foi um grande chamariz. Segundo, porque era o primeiro jogo da saga Final Fantasy em três dimensões e divido em três CD's. Em terceiro mas não menos importante, foi o primeiro jogo da série para muitas pessoas e logo à partida isso faz dele um ícone no mundo dos videojogos. Mas falemos do aspecto visual. Sendo o primeiro a ter um ambiente tridimensional, FFVII destaca-se particularmente pelos imensos cenários 2D pré-renderizados, cheios de cor, detalhes e acima de tudo variedade, pois vamos desde as cidades que variam entre o cyberpunk e o medieval, até a locais remotos onde outrora habitaram outros povos e diversas localizações como reactores Mako espalhados pelo mundo. Neste cenários podemos mover as nossas personagens modeladas em três dimensões mas com um aspectos Super Deformed (SD), característico dos mangas japoneses, mas que aqui se assemelham a bonecos de LEGO, de tão quadradões que são. Mas é isso mesmo que lhe dá piada. No entanto, durante os combates, os modelos das personagens têm um look mais normal e bastante diferente deste que adoptaram para os cenários e para o mapa mundo. Outra coisa que também impressionou nesta época, foram as cutscenes em CG, que apareciam de vez em quando para ligar elementos da história bem como eventos importantes. Estas cutscenes tanto usavam os modelos normais, como também usavam os SD.

Cloud junta-se a Barret e ao resto do bando.
A música em FFVII é algo que qualquer pessoa que o tenha jogado ainda hoje retém na memória pois é fantástica. Nobuo Uematsu usou o seu génio e talento para nos trazer algumas das faixas mais bonitas e memoráveis de sempre num Final Fantasy, desde a "Aerith Theme" que toca num dos momentos mais marcantes do jogo e possivelmente da história dos videojogos, à "One Winged Angel" que é o tema da batalha final para decidir o destino de Cloud, dos seus amigos e do planeta. Como seria de prever, deu origem a diversos CD's, desde as músicas originais do jogo a edições exclusivamente tocadas em piano e claro, imensas outras versões que constam em outros jogos originados a partir deste. O engraçado na parte sonora, é que apesar do formato ser CD e permitir áudio de excelente qualidade, Uematsu optou por usar MIDI's para música e efeitos sonoros, fazendo uso do chip de som da PlayStation. O resultado está à vista e é fabuloso.

Parece mauzão mas é manso.
Mantendo parecenças com os jogos anteriores, no campo da jogabilidade voltou-se a apostar no sistema Active Time Battle (ATB) para os confrontos. A única diferença é que só podemos usar três personagens em combate pelo que para evoluir todas uniformemente, há que ir rodando a equipa. Por outro lado, este jogo introduz um elemento novo e que se tornou muito carismático chamado Materia. No fundo são pequenas esferas infundidas com energia Mako e que podem ter diferentes efeitos e atributos. Existe em diversos tipos sendo eles: Command, Support, Magic, Summon e Independent. A Command, de cor amarela permite adicionar ataques extra, a Support, de cor azul, pode ser ligada às outras para aumentar os efeitos ou adicionar novos, a Magic, de cor verde, traduz-se em todo o tipo de magia, seja White ou Black, a Summon, de cor vermelha, alberga as conhecidas criaturas que nos ajudam em batalha e por fim a Independent, de cor púrpura, resume-se a habilidades especiais e aumento das estatísticas das nossas personagens. Todos estes tipos Materia são encaixados no equipamento das personagens, sejam armas, armaduras e afins, em slots específicos para o efeito e que podem ter ou não ligação entre si, permitindo imensos efeitos e combinações. Tudo o resto é o habitual num RPG, temos imensas armas, armaduras e todo o tipo de objectos para equipar as personagens. Isto tudo pode ser encontrado ao longo do jogo, através de exploração ou em lojas. Alguns itens só se encontram no Gold Saucer, o "casino" de FFVII onde é permitido todo o tipo de jogos, desde batalhas a corridas de Chocobos, passando por diverso mini-jogos. Não fugindo à regra, a exploração faz-se maioritariamente a pé mas também com veículos que vão desde os nossos amigos Chocobos, a um carro, avião, submarino e finalmente uma Airship.

Um menu já velho conhecido.
E como bom Final Fantasy que é, tem à disposição um número considerável de side quests para nosso deleite, que vão desde as fáceis às realmente complicadas mas que dão um gozo enorme fazer, especialmente depois de termos as nossas personagens devidamente evoluídas e equipadas. Tentar encontrar todo o tipo de Materia existente é um desafio altamente recompensador e faz com que vasculhemos tudo, dando de caras com coisas que supostamente nem deveríamos descobrir. Um exemplo, é por achar uma personagem NPC (Non Playable Character) numa das povoações, que após alguns diálogos, o seu texto muda para japonês! Não vou dizer onde, mas descobri isto na versão PAL, por mero acaso.

Cloud: Então é aqui que se paga a luz?
Curiosidades neste jogo são imensas, desde os rumores aos factos mais que comprovados. Sim, era para ter saído para N64, tendo começado a ser desenvolvido em 1994 ainda para a SNES. O fim disto tudo foi ditado pela limitação dos cartuchos e pela teimosia da Nintendo em manter o formato na consola de 64-bit. Existem vídeos e imagens das personagens de FFVI em 3D, supostamente renderizadas em hardware da N64. Por outro lado, este foi o primeiro Final Fantasy de muito boa gente como já referi e se calhar o primeiro jogo em que choraram devido a um certo acontecimento que é tido como um dos momentos mais marcantes e comoventes de sempre num jogo. Confesso que não estava à espera. E devido a isto surgiram ainda rumores de como seria possível inverter o ocorrido, com imensas teorias dos fãs que nunca deram em nada. Para os mais interessados por pormenores técnicos deixados de lado, existem imensos objectos que recolhemos durante a nossa aventura que não servem rigorosamente para nada pois não os podemos equipar nem utilizar, sem auxílio de um cheat device. A razão disto, sinceramente não sei mas creio que os programadores os deixaram lá por acaso sem intenção nenhuma de criarem rumores. O certo é que eles surgiram, pois surgem sempre que algo é deixado esquecido num jogo.

Final Fantasy VII tem tanto para dar que é difícil escrever acerca dele e tentar dizer tudo. Podia estar horas a escrever sobre este jogo, ou a falar se fosse caso disso mas é preferível dizer para o jogarem. É antigo mas não envelheceu mal, antes pelo contrário, é melhor que muitos RPGs da actualidade em todos os aspectos. E facilmente o encontram por 9.90€ em formato digital na PlayStation Network, podendo jogá-lo tanto na PS3 como na PSP, a escolha é vossa. Só me resta terminar com o habitual, é um JOGALHÃO DE FORÇA! Por ser um marco na história, por ser épico como experiência de entretenimento e por tudo o resto. :)

Pancadaria na portátil mais antiga da Nintendo, aqui, amanhã. Apareçam...

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

5 comentários:

  1. Aí está o RPG mais famoso de sempre. Devo ser dos poucos que ainda nem sequer lhe tocou. Tenho-o há anos aqui para jogar no emulador, mas não é a mesma coisa. Ando a ver se o compro na net mas é duro encontrá-lo a menos de 25€ e por esse preço ainda há muitas outras alternativas em conjunto.

    ResponderEliminar
  2. Mesmo assim ainda não se tornou numa raridade, até se encontra com facilidade.

    ResponderEliminar
  3. Com o "remake" que a square fez pra pc, acho que se acha mais barto

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ainda assim prefiro a versão de PlayStation. A de PC é apenas uma versão actualizada e direccionada aos preguiçosos que não gostam de "perder tempo" a evoluir as personagens e só querem seguir a história. Para mim Final Fantasy que durar algum tempo até chegar ao final.

      Eliminar
    2. Realmente a do psx é bem melhor. Eu desconsidero totalmente aquela opção cheat que foi colocada. Dá pra ver que a Square não é mais a mesma.

      Lembro bem de ficar 2 semanas de segunda a sexta pra evoluir a knights of the round no nivel maximo, com a obsessão de ter todas as materias master. Lembro tambem de quanto tempo eu enrolei pra pular de paraquedas em Midgar pra não pedir o terceiro disco hahaha'
      Era muito bom.

      Eliminar