8 de junho de 2011

Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty

Mais uma capa simples mas bonita.
Desenvolvido por: Konami Computer Entertainment Japan
Publicado por: Konami
Director: Hideo Kojima
Produtor: Hideo Kojima
Designer: Hideo Kojima
Artista: Yoji Shinkawa
Argumentista: Hideo Kojima
Compositor(es): Harry Gregson-Williams, Norihiko Hibino, Rika Muranaka
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 13-11-2001 (EUA), 29-11-2001 (JP), 08-03-2002 (EU)
Género(s): Acção, Aventura, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB), DVD-ROM (Making Of)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (80KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes.

(A E3 deste ano teve algumas surpresas mas no geral não foi grande coisa.)

Vá lá, só tem o selo do IGAC.
Já aqui referi há uns tempos que existem jogos que vendem consolas e melhor ainda, fazem-nos comprá-las. Eu falo por mim obviamente, ainda que conheça alguns casos que sofrem do mesmo mal. Mas isso significa várias coisas em simultâneo: o jogo em questão é aguardado com expectativa, é bom ao ponto de nos fazer gastar dinheiro em novo hardware ou em ultima análise, faz parte de uma saga que seguimos religiosamente. Qualquer uma destas opções se enquadra no meu caso em particular pois já vários jogos tiveram este efeito nefasto em mim. E como devem calcular muitos mais virão. No caso do jogo de hoje, foi o motivo pelo qual comprei a PlayStation 2 em 2002. O jogo também adquirido nessa data, veio da tal loja aqui em Almada que já não existe, uns dias antes do seu lançamento. Esta edição traz ainda um DVD com o Making Of.


Manual, papelada, DVD do Making of e de jogo.
Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty é a tão aguardada sequela do estrondoso Metal Gear Solid, na PlayStation. Este jogo em particular foi o motivo de compra da PS2 para muito boa gente pois o hype que gerou foi de tal ordem, que era impossível resistir. A história decorre dois anos após os eventos em Shadow Moses, onde vemos Snake, agora membro de um grupo chamado Philantropy, a infiltrar-se num navio-contentor, visto ter descoberto que ali se encontrava um novo protótipo de um Metal Gear, com a ajuda do seu companheiro Otacon. Mas isto é só o começo de algo maior, visto assumirmos o papel do novato Raiden, o mais novíssimo membro da FoxHound, que se vai infiltrar numa plataforma petrolífera offshore para salvar o presidente dos Estados Unidos, que se encontra refém de um grupo chamado Dead Cell. Estes por sua vez ameaçam a paz mundial para não variar. Começa assim mais um longo capítulo desta excelente saga.

Para mostrar o potencial da PS2, a Konami tirou partido do pouco que conhecia do complicado hardware da consola a começar logo pela parte gráfica. Longe vão os pixeis e os modelos imprecisos da PlayStation, ainda que estes tivessem feito o seu trabalho de forma impecável na sua altura. Agora estava na altura de mostrar algo mais realista e de facto a missão foi cumprida nesse campo. A começar logo pela cena de abertura feita com o motor de jogo, MGS2 é um deleite visual enorme. Os cenários são detalhados, vistosos e extremamente bem concebidos, sendo eles povoados por modelos tridimensionais fluidos e com uma animação brutal. Ver as personagens em acção dá gosto e é uma experiência fabulosa. A suavidade do próprio motor permite diversas cenas de acção onde a interacção entre as personagens é algo que certamente teve a máxima atenção, sobretudo nas batalhas mais importantes.

Anda pá, o corredor está livre!
E se é visualmente espantoso, sonoramente não se fica nada atrás pois o senhor Harry Gregson-Williams, conhecido pelo seu trabalho em diversas películas de Hollywood deu conta do recado, contando também com a ajuda dos seus amigos japoneses. Assim temos uma banda sonora excelente, que oscila entre os momentos mais calminhos e os de maior tensão, conseguindo proporcionar um ambiente de jogo muitíssimo bom. Não menos importante é o som, utilizado com imensa precisão, até porque neste tipo de jogo, o som vem em primeiro lugar juntamente com a jogabilidade. E neste campo, diria que não há defeitos a apontar pois tudo funciona de forma harmoniosa. O voice-acting é de topo, com diálogos inteligentes e sérios, ainda que ocasionalmente exista alguma jocosidade mais isso já faz parte da série e em especial de certas personagens.

Saca-lhe a dogtag!
Tal como acabei de referir, a jogabilidade neste género é a primeira coisa a ter em conta e no caso de MGS2, pegou-se em tudo o que o primeiro tinha de bom e elevou-se ao quadrado. Os erros ou omissões do jogo anterior foram agora colmatadas e surgem, algumas delas, como novidades. Colocando as coisas de forma sucinta, o desenrolar da acção processa-se do mesmo modo, ou seja, temos de nos infiltrar e não entrar a matar. Nesse aspecto, o controlo foi refinado para termos um maior controlo e precisão. Por outro lado, Snake e Raiden podem agora apontar e disparar na primeira pessoa, algo que o original não permitia a não ser na sua versão Integral que só saiu no Japão para a PlayStation. Esta novidade permite-nos apanhar os inimigos distraídos, o que nos proporciona a opção de os revistar e pô-los a "dormir" sem barulho. Com isto surgem então novos movimentos e habilidades, tais como escondermos os corpos para não sermos descobertos por estupidez nossa ou falha do jogo.

Onde é que já vimos esta peculiar cena?
O sistema de cover foi também revisto permitindo-nos espreitar pelas esquinas ou disparar quando nos escondemos atrás de objectos. Os guardas, agora dotados de uma IA maior podem fazer o mesmo. Quando alertados, têm tendência a chamar reforços que mesmo depois de nos escondermos, ficam a patrulhar a área assumindo padrões de movimentos incertos, o que dificulta a nossa tarefa mas aumenta o gozo do jogo. Se realmente fizermos asneira da grossa, aparecem os nossos amigos de caçadeira e escudo, que muitas dores de cabeça nos podem dar. Outro aspecto curioso é o ambiente dentro do jogo que tem impacto directo ou indirecto na jogabilidade ou certos eventos, tais como Snake poder apanhar uma constipação devido à chuva e ao frio, ou Raiden por exemplo, poder escorregar na caca das gaivotas e cair para a sua morte. A sério! E à semelhança do anterior, as lutas contra os bosses exigem muita estratégia ao contrário de jogos onde apenas temos de disparar. Aliás, em MGS2 é-nos encorajado tentar não atingir ninguém mortalmente pois temos armas tranquilizantes e os ataques físicos à nossa disposição para o fazer. Pessoalmente penso que é a melhor maneira de se jogar e é possível acabar o jogo sem matar ninguém, ou quase ninguém, embora se perca o gozo que as outras armas têm para oferecer.

Bom, não pretendo esticar-me mais nesta análise até porque podia escrever muito mais só acerca deste título mas é preferível que o joguem se tiverem oportunidade para tal. Não é o melhor de sempre na saga mas é uma excelente adição para quem gosta do género ou é fã. Com isto tudo só resta dizer que é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã fazemos uma pequena incursão na 2ª Guerra Mundial, na PlayStation. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

3 comentários:

  1. Bem, desde 1999 a 2001/2002, sempre fui um grande defensor da Dreamcast (apesar de infelizmente não ter tido nenhuma, algo que pode mudar brevemente), mas esse MGS era realmente um jogo que não me deixava grandes argumentos. Tenho-o aqui em versão platinum, à espera de ser jogado...

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  2. Agora que mencionaste a Dreamcast, estou prestes a receber uma de um amigo que já não a quer. :)

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