15 de junho de 2011

Metal Gear Solid

Epicness!
Desenvolvido por: Konami Computer Entertainment Japan (West)
Publicado por: Konami
Director: Hideo Kojima
Produtor: Hideo Kojima
Designer: Hideo Kojima
Argumentista: Hideo Kojima
Compositor(es): Takanari Ishiyama, Gigi Meroni, Kazuki Muraoka, Lee Jeon Myung, Hiroyuki Togo, Maki Kirioka, Rika Muranaka, Tappi Iwase
Plataforma(s): PlayStation, PlayStation Network, PC (Versão Integral)
Lançamento: 03-09-1998 (JP), 21-10-1998 (EUA), 16-11-1998 (EU)
Género: Stealth Action
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo V.R. Missions
Media: 2x CD-ROM (650MB) (Jogo), 1x CD-ROM (650MB) (Silent Hill Demo)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o algumas cinco vezes.

(Solinho bom, já ia uma praia.)

Nunca a caixa de um jogo foi tão importante.
Há uns bons anos atrás, a única maneira de saber se um jogo era bom ou não era através de da opinião de amigos, revistas da especialidade ou experimentá-lo em primeira mão. Obviamente os amigos podiam mentir ou ter gostos esquisitos, as revistas idem aspas e experimentar era mesmo a melhor opção pois de outra forma podíamos acabar por levar uma banhada descomunal. Quando a PlayStation surgiu, embora já existisse internet, esta ainda não era muito fiável e as demos jogáveis que alguns jogos traziam, bem como a revista oficial, eram o melhor meio de poder chegar a uma decisão. O jogo de hoje começou por me despertar o interesse em revistas e vídeos que via na televisão mas foi a demo que realmente me fez optar por este e não por outro qualquer. O meu exemplar foi adquirido numa loja aqui em Almada que já não existe mas não é a habitual que costumo referir. Foi um presente da minha mãe, se bem me lembro, por um motivo qualquer que nada tem a ver com o meu aniversário nem o Natal. Este exemplar traz ainda uma demo jogável de Silent Hill, versão não censurada.


Disco 1 e manual.
Metal Gear Solid foi aquele grande título da PlayStation que tantas consolas vendeu e que meio mundo mexeu por todos e mais alguns motivos. Para muitos foi o primeiro jogo da saga visto os dois primeiros nunca terem visto a luz no ocidente até há alguns anos atrás quando foram lançados na versão Subsistence de MGS3. Portanto, consideremos este como o "primeiro" pois é assim que será conhecido para muitos. A história decorrer no arquipélago Fox, no Alasca em 2005, cerca de seis anos após os eventos de Metal Gear 2 - Solid Snake. Um grupo conhecido por FOXHOUND começou uma revolta na ilha de Shadow Moses, num complexo industrial nuclear abandonado, tendo-se apoderado de Metal Gear REX, uma nova "arma" com capacidades nucleares. As suas exigências são simples: em 24 horas querem os vestígios do corpo de Big Boss, ou retaliam contra os Estados Unidos. Assim, Solid Snake é destacado para levar a cabo uma arriscada missão onde para além de ter de travar esta ameaça, tem ainda de resgatar alguns reféns que se encontram na ilha e são cruciais para toda esta operação. Começa assim uma épica aventura...

Disco 2, demo de SH e papelada.
Um facto curioso acerca deste jogo é que o senhor Kojima começou por modelar os nível em LEGO. Sim é verdade e se virmos bem o desenho dos cenários, estes assemelham-se sem dúvida a LEGO em termos de geometria. O giro no meio disto tudo é que resultou que nem ginjas. Os cenários são grandes, ainda que pouco variados mas a ideia é mesmo essa pois pretende-se criar um ambiente consistente e esse objectivo foi alcançado. Para condizer com esta atmosfera industrial cheia de mistério e acção, os modelos tridimensionais também estão muito bons, considerando as capacidades da PlayStation e a altura em que o jogo saiu, pois não existia nada deste género. Para provar que nem só de FMV vivia esta consola, as cutscenes foram todas feitas com o motor de jogo, mantendo sempre a acção em primeiro plano, sem quebras e criando um efeito cinemático, muitíssimo apreciado nesta saga. Escusado será dizer que qualquer efeito visual neste jogo é espantoso e que fiquei de boca aberta quando vi certas cenas.

O hangar, lugar mítico!
No campo sonoro, MGS faz um trabalho estupendo, desde a fabulosa banda sonora que acompanha a acção sempre de perto, com nuances consoante a situação em que nos encontremos, ao voice-acting soberbo e que prova a excelência a que o senhor Kojima nos habituou, tornando-nos os maiores críticos do seu trabalho. A única coisa que realmente aborrece são os extensos diálogos no Codec, algo que Kojima admite ser demasiado longo mas jogo após jogo continua a insistir nisso. Manias dele. De resto, o som das armas é impecável, algo que realmente tinha mesmo de ser pois neste campo o senhor Motosada Mori, o conselheiro militar de serviço, fez os seus deveres de forma exímia, proporcionando uma experiência fantástica ao jogador.

O Ninja a cortar umas costeletas.
Com tanta coisa boa, é de esperar que a jogabilidade esteja ao mesmo nível. Bom, neste campo posso afirmar que sim, está, embora hoje em dia nos pareça demasiada arcaica e até um tanto rígida, tal como acontece com os jogos antigos da saga Resident Evil. Mas isso deve-se única e exclusivamente ao facto dos jogos mais recentes estarem cheios de artimanhas e se terem afastado da mecânica dos originais. Deixando os pormenores de lado, em MGS, controlar Solid Snake é fácil e rapidamente se apanha o jeito, visto tratar-se de uma perspectiva na terceira pessoa. Ainda que assim seja, podemos sempre analisar o ambiente envolvente na primeira pessoa, embora não possamos disparar nesta vista. Como é de esperar, o jogo encoraja-nos a não entrar em confrontos directos mas sim em entrar e sair despercebido, apanhando todo o tipo de informação pelo caminho. Obviamente que se o jogo nos "oferece" armas, vamos ter de lhes dar uso, nem que seja uma só vez. Um dos momentos em que tal tem mesmo de ser feito é nos combates contra os bosses, que como é hábito requerem mais trabalho cerebral do que entrar a matar pois essa táctica é meio caminho andando para um ecrã de Game Over.

Metal Gear Rex em todo o seu esplendor.
Em Metal Gear Solid vamos poder utilizar diversos gadgets e armas que nos vão ajudar a progredir no jogo, com um número reduzido de puzzles à mistura, alguns deles bastante originais e que deixaram meio mundo a pensar. Um exemplo é a frequência do Codec de Meryl, que se encontra na parte de trás da caixa do CD. Por outro lado em outras ocasiões vamos ter de usar determinados itens para conseguir ultrapassar diversos obstáculos, o que nos obriga a pensar. Para não nos perdermos e termos os inimigos sempre sob controlo, o nosso Soliton Radar vai-nos dar uma ajudinha preciosa, ainda que nem sempre funcione devido a vários factores, os quais não vou estar a referir. Para além do modo história, podemos sempre treinar as nossas aptidões no modo V.R. Missions, onde nos esperam uma série de desafiantes missões para pôr à prova as nossas habilidades.

Mulheres atraem problemas, true story!
Com o sucesso que alcançou, Metal Gear Solid deu origem a sequelas, prequelas, spin-offs e acima de tudo um remake e uma versão actualizada. O remake, já aqui o analisei e é um exclusivo de GameCube, introduzindo não só um grafismo à la MGS2 mas também outros elementos. A versão actualizada trata-se de MGS Integral, que saiu apenas no Japão para PlayStation, com vozes em inglês e no ocidente apenas para PC. As novidades incluíam um sneaking suit para Meryl, um fato vermelho para o Ninja, um modo Very Easy onde temos uma MP5 com munição infinita, novas frequências no Codec, rotas alternativas para as patrulhas dos inimigos e uma perspectiva na primeira pessoa, onde nos podemos mover e disparar como se de um FPS se tratasse. A versão de PlayStation tinha ainda um mini-jogo para ser jogar na PocketStation. Foi ainda lançada uma versão com o subtítulo V.R. Missions, que se tratava de 300 missões adicionais no modo V.R., mas não continha o jogo completo.

E como o texto já vai longo, vou terminar por aqui. Se nunca jogaram esta obra prima, aconselho vivamente que o façam, seja numa PlayStation original, na PS3, PSP ou até mesmo no PC. Qualquer plataforma serve para jogar este JOGALHÃO DE FORÇA!

Zombies e litros de sangue, amanhã por estas bandas. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

2 comentários:

  1. Por acaso nunca joguei de forma extensa o original, apenas a versão GC e gostei bastante.
    Dos primeiros Metal Gear, o 1 saiu na NES (e saiu cá na Europa também), embora seja um port algo fraco e que o próprio Kojima o despreze...

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  2. O MGS4 é bem pior no que toca a "diálogo", este até se digere bem. As "mãozinhas" são segredo mas foram scanadas do manual do Street Fighter Alpha! xD

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