15 de agosto de 2011

Silent Hill 4: The Room

Artwork excelente.
Desenvolvido por: Team Silent, Konami Computer Entertainment Tokyo
Publicado por: Konami
Director: Suguru Murakoshi
Produtor: Akira Yamaoka
Artista: Masashi Tsuboyama
Argumentista: Suguru Murakoshi
Compositor: Akira Yamaoka
Plataforma(s): PlayStation 2, Xbox, PC
Lançamento: 17-06-2004 (JP), 07-09-2004 (EUA), 17-09-2004 (EU)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (781KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Ainda não o acabei porque o estou a jogar aos poucos.

(É feriado, nada a declarar. :P)

Sem autocolantes, tão bom!
Muitas séries de jogos têm vindo a "esticar-se" com o decorrer dos anos levando a que tenham sofrido um considerável desgaste tanto a nível de ideias, originalidade e acima de tudo concepção. A verdade é que criar uma história cativante sem desvirtuar o conceito da saga não é tarefa fácil e colocar tudo isso num ambiente de jogo familiar mas com novidades, dá trabalho. É por isso que de vez em quando surgem coisas estranhas. O jogo de hoje não será de todo um exemplo a considerar mas que é estranho é e deu a volta, de certo modo, ao conceito instituído. Este meu exemplar adquiri-o numa loja online por cerca de 12 euros. Foi um excelente achado.


Manual e disco.
Silent Hill 4: The Room surgiu ainda sob a forma de ideia, enquanto se pensava no que fazer em Silent Hill 3. Veio à cabeça de alguém o quarto 302 mas rapidamente desistiram disso para fazer outra coisa. A ideia foi então repescada para este número 4. Ao contrário dos anteriores, SH4 passa-se na cidade de South Ashfield, dentro de um quarto do qual Henry Townshend não consegue sair devido a uma série de infelizes circunstâncias. Obviamente vamos visitar algumas das vistas de Silent Hill visto termos hipótese de "sair" do quarto em determinadas alturas, pois ao final de cinco dias preso no quarto 302 e com muitos pesadelos pelo meio, Henry vê finalmente um meio de desvendar o que realmente se passa e encontrar algumas personagens caricatas com respostas ainda mais estranhas.

Uma cena perturbadora...
Graficamente, SH4 pareceu-me inferior aos anteriores em muitos aspectos, nomeadamente em termos de cenários que apesar de terem alguma variedade parecem-me menos pormenorizados e com pouca atenção ao detalhe. Contudo alguns são morbidamente deliciosos e reflectem bem a insanidade do ambiente em que nos encontramos. Já as personagens estão bastante boas, continuando a manter o nível da saga, tanto em termos de concepção como animações e afins. Uma das novidades neste título é a inclusão da visão na primeira pessoa, quando nos encontramos no quarto, algo bastante diferente daquilo a que estávamos habituados. Contudo, este modo de visão está apenas limitado ao quarto pois quando passamos a explorar as diferentes áreas fora do quarto, a visão é inteiramente na terceira pessoa, com um controlo semi manual da câmara.

O som, para não variar, continua a ser um dos pontos altos da saga e uma das referências de eleição. A banda sonora, embora não me pareça tão boa quanto a de SH2, por exemplo, mantém o nível standard dos outros jogos e consegue criar o ambiente perfeito. No geral toda a componente sonora faz um excelente trabalho, com especial destaque para o voice-acting que continua a marcar pontos neste departamento. As personagens, embora menos cativantes, conseguem ter bons diálogos e alguns momentos interessantes.

Fantasmas, o grande mal deste jogo.
Mas as regras do jogo mudaram ligeiramente quando nos deparamos com o campo da jogabilidade. Henry controla-se mais ou menos do mesmo modo que qualquer personagem dos jogos anteriores mas surgem diversas novas limitações neste campo. O jogo foca-se essencialmente no combate mas não nos oferece muito para o fazer. Na verdade existem apenas duas armas de fogo e várias armas brancas, algo que contraria os jogos antigos. Por outro lado, o combate não é de todo apelativo, mais a mais devido ao facto de termos de encher uma barra que se encontra no ecrã, permitindo-nos assim atingir os inimigos com mais força. Como calculam, ao final de algumas pancadas, as armas degradam-se. Para piorar as coisas, muitos dos inimigos são fantasmas, imunes à maioria das armas e que nos sugam energia somente por estarem perto de nós. A única maneira de os "matar" é atingi-los com balas de prata e quando estes vão ao chão, usar um item de nome Sword of Obedience para os "pregar". Mas isto não os mata, apenas os imobiliza pois se removermos o item, volta tudo à estaca zero. Ora, segundo este panorama qualquer pessoa prefere fugir, pois a escassez de itens assim o obriga e lutar contra fantasmas foi o pior que fizeram a esta saga. E se disser que os fantasmas passam de um cenário para o outro? Pois...

É por ali que saímos do quarto.
Continuando a citar as infelizes escolhas que os programadores decidiram incluir, Henry não pode ser uma mula de carga. A selecção de itens a carregar é limitadíssima e temos sempre de pensar em levar os itens chave e aqueles para nos proteger dos males. De volta ao quarto, temos um baú onde podemos guardar todos os outros itens para usar mais tarde. Durante a primeira parte do jogo, o quarto tem a dignidade de nos curar, poupando assim itens de cura. Na segunda parte do jogo, o quarto fica "possuído" e deixa de nos curar para nos chupar energia, caso não tratemos de exorcizar os fantasmas que por lá habitam. No meio disto tudo Henry não anda sozinho pois a dada altura ganha uma amiga, Eileen, que determina o final que vamos ver. Podemos equipá-la com armas e temos de a proteger a todo o custo se queremos ver o melhor final. Isto implica também não a deixar morrer no último boss. E por falar em finais, os especiais do cão e do UFO, não existem.

Silent Hill 4: The Room é uma boa ideia mas com muitos erros pelo meio. Erros de decisão essencialmente pois a nível técnico o jogo é muito bom. Agora fantasmas e afins é que não me apela nem um pouco. Ainda assim é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã voltamos para espionagem táctica na PSP. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

5 comentários:

  1. Boa análise mas na minha opinião esse jogo foi injustiçado na época,e olha que sou fã da série

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  2. Boa análise mas na minha opinião esse jogo foi injustiçado na época,e olha que sou fã da série

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  3. Boa análise mas esse jogo foi meio que injustiçado na minha opinião.A jogabilidade é mais solta,os gráficos estão ótimos além do clima de terror que é constante ele merecia ser melhor entendido,claro na minha opinião que sou fã da série

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  4. Boa análise mas esse jogo foi meio que injustiçado na minha opinião.A jogabilidade é mais solta,os gráficos estão ótimos além do clima de terror que é constante ele merecia ser melhor entendido,claro na minha opinião que sou fã da série

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    1. Não é um Silent Hill puro, na minha opinião. No geral é bom (gráficos, som, ambiente, jogabilidade) mas o que estraga o jogo são os inimigos, mecânica de jogo e gestão de inventário. Se a fórmula era boa porque razão a mudaram? O único que realmente me surpreendeu com mudanças foi o Shattered Memories que é outro que se afasta do que é convencional na série.

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