25 de agosto de 2011

Silent Hill: Homecoming

Boa capa!
Desenvolvido por: Double Helix Games
Publicado por: Konami Digital Entertainment
Director: William Oertel
Argumentista(s): Patrick J. Doody, Chris Valenziano, Jason Allen, Brain Horton, Daniel Jacobs
Compositor: Akira Yamaoka
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox 360, PC
Lançamento: Versão PS3 - 30-09-2008 (EUA), 27-02-2009 (EU)
Género(s): Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Compatível com Sensor de Movimento Sixaxis, HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e comecei a jogar a segunda mas deixei-o em stand by.

(O sol já se dignava a aparecer, quero ir à praia!)

Mas tem autocolantes...
Muitas das sagas que começámos a jogar no passado atravessaram uma série de mudanças e metamorfoses, ao longo destes anos todos e por tantas consolas por onde passaram. E ainda que na maioria dos casos não quiséssemos que isso acontecesse, era inevitável. Mas porque razão haveríamos nós de não querer que certos jogos mudassem? É simples, muitos mudaram para pior, alguns por más escolhas por parte de quem os concebe e outros devido a mudanças radicais nas equipas que os produzem. O jogo de hoje ilustra este exemplo bem, de como uma mudança de equipa pode estragar tudo ou piorar o que se fez de bom no passado. Este meu exemplar foi-me oferecido no Natal de 2009.


Manual, papelito, inlay e disco.
Silent Hill: Homecoming marca o regresso desta apreciada saga que começou nos 32bit da Sony, às consolas da actual geração, mas sem grande surpresa na minha modesta opinião. Inicialmente fiquei entusiasmado mas como o tempo ensina sempre algo, rapidamente perdi esse entusiasmo para a desilusão não ser abismal. A história deste episódio começa com Alex Shepherd, um soldado das Special Forces americanas, que se encontra de regresso a casa depois de ter cumprido o seu dever. Ao chegar apercebe-se que o seu irmão e o seu pai desaparecem, encontrando apenas a sua mãe num estado catatónico. Não contente com a situação, Alex começa por investigar a sua cidade, Sheperd's Glen, acabando eventualmente por chegar a Silent Hill onde irá encontrar aquilo que procura. A título de curiosidade, quem lhe dá boleia até casa é Travis Grady, o protagonista de Silent Hill: Origins.

Alguém não limpou a porcaria que fez.
Algo que não me cativou minimamente foi toda a componente gráfica. Já estando mal habituado às maravilhas da actual geração, um pouco por culpa de jogos como os da saga Uncharted, achei este Silent Hill um pouco deslavado e fraco em termos visuais. Ainda que tenha um óptimo ambiente, bastante reminiscente dos jogos anteriores, não é de todo imersivo o suficiente para assustar ou criar momentos de tensão, coisa que acontecia anteriormente. Os cenários são parecidos aos dos jogos antigos, ainda que a nível de detalhe não se afastem muito dos mesmos, coisa que deveria ser diferente pois podiam ter explorado melhor esta parte. Vamos passar grande parte do tempo no exterior, pelo que as duas cidades nos vão parecer muito idênticas e um pouco monótonas até. Em termos de interiores a história repete-se, com alguns interessantes e outros bastante aborrecidos. As personagens e inimigos também não primam por serem pormenorizadas o suficiente mas cumprem a sua função e mexem-se bem quando é preciso. Felizmente a câmara é manual e evita-nos dores de cabeça nas situações mais bicudas.

Se existe algo de realmente bom neste jogo é a componente sonora, mais uma vez levada a cabo pelo mestre Akira Yamaoka, desde a banda sonora, soberba como sempre a toda a parte sonora, que é o grande grosso desta saga e sem a qual, Silent Hill não era aquilo que é. Uma vez mais grande parte da atmosfera é conseguida através da utilização inteligente do som, que neste jogo é algo que sobressaí particularmente. Poderá não ser suficiente para assustar mas tem os seus momentos, sem a tensão ser aquilo que era, infelizmente.

Estes combates são desnecessários...
No aspecto jogável, Silent Hill: Homecoming é um pouco daquilo que os anteriores eram com algumas novidades. A que considero mais importante e interessante é a possibilidade de escolhermos as nossas respostas/decisões em certos diálogos ou situações, algo que tem impacto na história e consequentemente no final. Controlar Alex é relativamente fácil mas em certos aspectos pode tornar-se complicado e até frustrante. Enquanto andamos a "passear", a explorar as redondezas e a resolver puzzles, a coisa até se amanha mas o pior é mesmo na hora de combater. Alex dispõe de dois tipos de ataque com melee weapons, light e heavy. Quer isto dizer, que uns são mais rápidos e fracos e outros mais lentos e fortes. Por norma, combinações de ambos resultam melhor mas o problema é que os inimigos são rápidos, agressivos e um bocado difíceis até. Sempre podemos optar por armas de fogo que nos colocam em vantagem, até porque temos um sistema de lock-on para nos poupar a paciência e a munição. Estas armas de fogo podem ser actualizadas e Alex dispõe também de finishing moves para acabar de vez com os inimigos. Podemos também perceber o estado deles, pelas marcas que vamos deixando ao infligir dano mas o meu conselho é evitar combates desnecessários por vários motivos. Primeiro, tal como referi, a dificuldade pode complicar a situação, segundo, a escassez de itens e munição é algo bem real e terceiro, as melee weapons acabam eventualmente por se partirem.

Um velho conhecido...
De resto o jogo é tal e qual os anteriores, seguimos a história, exploramos e encontramos imensos itens, pistas e afins, com combates pelo meio, culminando num dos cinco finais possíveis, entre os quais o bom, o mau e o do UFO. Apesar dos seus defeitos, Silent Hill: Homecoming tem imensos pormenores interessantes como por exemplo referências aos jogos passados e até ao filme, em certas instâncias, o que para os fãs é sempre uma mais valia. Pelo menos eu gosto deste tipo de coisas. Outro facto que poderão ter constatado, pela ficha técnica, é que o jogo não foi lançado no Japão, sabe-se lá porquê. Creio que não foi pela censura, pois esta foi a palavra de ordem em alguns países, devido à violência gráfica, tendo o jogo sido censurado em alguns e até confiscado e banido, no caso da versão de Xbox360, na Alemanha. Eu é que não gostava nada de ser alemão...

Embora não seja uma obra prima produzida pela Team Silent, algo que duvido que volte a ser nos tempos vindouros, Silent Hill: Homecoming até nem é um mau jogo no seu todo. Tem os ingredientes base mas falta-lhe o sabor que advém dos outros ingredientes não presentes na receita. Mesmo assim, joguem-no enquanto esperam pelo Downpour, pois é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã vamos dar tiros no passado, presente e futuro, aqui, na PS2. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário:

  1. Não sabia que havia versão para PC desse jogo. Como não planeio comprar nenhuma PS360 tão cedo se calhar devo optar por essa versão.

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