4 de agosto de 2011

Tenchu: Stealth Assassins

A capa diz tudo!
Desenvolvido por: Acquire
Publicado por: Sony Music, Activision
Plataforma: PlayStation
Lançamento: 26-02-1998 (JP), 31-08-1998 (EUA), Algures em 1998 (EU)
Género: Stealth Action
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco), Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes em todas as dificuldades.

(Se virem algum erro nos textos, é normal, eu não os revejo. Mas relatem. :P)

Este tem logo três...
Confesso que não sou muito dado a comprar material em segunda mão, especialmente jogos, visto a grande maioria das pessoas não ter cuidado nenhum com as coisas, sobretudo com discos. No entanto, alguns destes jogos hoje em dia são raríssimos de serem encontrados novos e selados, e quando o são, pedem balúrdios por eles. Assim resta achar uma cópia que esteja usada mas se apresente como se não tivesse tido uso algum. Já encontrei alguns jogos assim e considero-me sortudo por isso. O exemplar que aqui trago hoje, foi adquirido na tal loja em Almada que já não existe, tendo sido guardado pelo dono da mesma de propósito para mim. Ele deu-se ao trabalho de escolher o melhor de todos, que não tinha riscos, bem como a caixa e manual em óptimas condições. Não me recordo ao certo do preço mas creio que foi cerca de 30 euros.


Manuais e disco.
Tenchu: Stealth Assassins é um jogo bastante especial que troca a acção frenética por algo mais ao estilo de Metal Gear Solid onde o que interessa é infiltrar-nos sem sermos vistos. Mas torna-se interessante por sermos ninjas, pois essa filosofia faz todo o sentido neste caso. A história começa em pleno Japão Feudal, onde o lorde Gohda reina justamente uma província como tantas outras. No meio disto tudo há sempre quem o queira ver pelas costas, nomeadamente o demónio Mei-Oh, que quer tomar conta do lugar. Assim surgem Rikimaru e Ayame, dois ninjas fieis a Gohda e que levam a cabo uma série de missões para destruir o mal e a corrupção, bem como mais tarde resgatar a princesa Kiku que é raptada pelos mauzões.

Rikimaru deu cabo da festa.
E que esperar de um jogo de 1998, graficamente? Polígonos! Tenchu tem imensos, a saltar por todos os lados mas é algo comum aos jogos desta época. Os cenários são sempre nocturnos, um pouco para esconder as limitações técnicas da consola em termos de draw distance e os níveis em si vão desde pequenas povoações, a escaladas na montanha, passando por grutas e culminando num templo. Nada do outro mundo mas concebidos de maneira a serem desafiantes. Os modelos tridimensionais são um pouco arcaicos mas ainda assim cumprem a sua função, dotados de animações rudimentares e por vezes atabalhoadas, mesmo as personagens principais que tiveram direito a motion capture por parte de dois especialistas em artes marciais. As cutscenes apostam num CG rudimentar mas altamente gratificante para a época.

Uma das coisas que mais gosto neste jogo é sem dúvida a banda sonora. Todos os níveis têm o seu tema, que consegue por si só proporcionar uma excelente atmosfera, mesmo considerando que é preciso ter em conta todo o som ambiente para termos noção onde estão os inimigos. Creio que esta mistura resultou muito bem, sem se sobreporem um ao outro. Peca pelo voice-acting em inglês que a meu ver é um bocado ranhoso, pois ouvi as vozes em Japonês e não têm nada a ver. Enfim, não se pode ter tudo.

A brincar às escondidas, para não variar.
A jogabilidade em Tenchu é um bocado a tirar para o arrastada e presa. Digo isto porque inicialmente não é de todo fácil controlar os nossos ninjas mas com um pouco de treino conseguem-se proezas bastante engraçadas. A ideia do jogo é não sermos vistos e matarmos tudo e todos silenciosamente. Bom, nesse aspecto a coisa funciona bem, com auxílio das nossas habilidades e outros tantos gadgets ninja à disposição. Se formos vistos partimos para o combate e este nota-se que não é o ponto forte do jogo, pois o controlo é rígido e conseguir bons resultados torna-se complicado, caso os inimigos se amontoem à nossa volta. Ainda assim, a ideia dos níveis é por norma percorrermos uma área, sem sermos vistos, matando quem tiver de ser morto e no final confrontar um boss. Podemos optar por Rikimaru, com a sua espada Ninjato, mais forte ou por Ayame, com as suas Wakizashi, com mais combos e bem mais ágil. Os níveis são iguais para ambos, sendo que a única diferença se traduz na dificuldade que escolhermos e no layout, onde os inimigos e objectos são posicionados em diferentes sítios. A IA não é famosa e as rotas de patrulha são quase sempre as mesmas, daí os diferentes layouts. Curiosamente esta versão não está censurada, pelo que há sangue com fartura e até decapitações, algo que não se viu na versão PAL da prequela. Mas isto é história para outro dia.

Com o grafismo actual, Ayame teria uns belos glúteos.
A versão japonesa é bastante diferente das ocidentais, a começar pelos níveis que são apenas 8 ao contrário dos 10 que a versão PAL, por exemplo, tem. Os menus e alguns gráficos são também diferentes, bem como as armas dos bosses e movimentos das nossas personagens, alguns deles omitidos como por exemplo rebolar a 180•. Por outro lado antes de cada nível existe uma pequena intro que ajuda a revelar mais da trama. Os layouts também foram completamente omitidos. O combate nesta versão é extremamente difícil pois obriga a um timing preciso para se conseguir infligir dano, ou seja, button mashing de nada serve. Mais tarde foi lançada uma actualização do jogo com o subtítulo Shinobi Gaisen, que inclui todas as coisas boas das versões ocidentais, mais a opção de seleccionar quatro línguas (Japonês, Inglês, Italiano e Francês), bem como um editor de níveis. Este editor de níveis teve tanto sucesso que mais tarde foi lançada a expansão Shinobi Hyakusen com 122 missões criadas por jogadores e escolhidas pela Acquire. Esta expansão não precisa do jogo original nem segue nenhuma história sendo algo como as VR Missions de MGS.

Não sendo um jogo para todos, Tenchu: Stealth Assassins é sem dúvida um excelente jogo para os amantes de Stealth Action e ninjas no geral. Os jogos da série que se seguiram melhoraram muitos aspectos e futuramente aqui os trarei. Até lá este é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Voltamos a uma cidade fantasma já amanhã, aqui no sítio do costume. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

3 comentários:

  1. Falaste da prequela ter sido censurada em territórios PAL. Mas este não é o primeiro jogo da série? Lembro-me perfeitamente de ver os vídeos deste jogo no Templo dos Jogos há uns valentes anos e ficar cheio de vontade de jogar a série. Um dia destes começo a coleccioná-la. Para já a want-list ainda é bem longa.

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  2. Sim, este foi o primeiro jogo que saiu desta saga. O 2 que saiu depois, é prequela deste e o 3 (Wrath of Heaven) é que é a sequela.

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  3. pÔ! Não me importava nada de ter essas edições, só mesmo numa de puro coleccionismo.

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