25 de setembro de 2011

Shadows of the Damned

Boa capa.
Desenvolvido por: Grasshopper Manufacture
Publicado por: Electronic Arts
Director: Massimo Guarini
Produtor: Goichi Suda, Shinji Mikami
Compositor: Akira Yamaoka
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 21-06-2011 (EUA), 24-06-2011 (EU), 22-09-2011 (JP)
Género(s): Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes, em Easy, Normal e Hard, platina alcançada.

(Domingo, dia de nada fazer como é habitual.)

Sem autocolantes!
O que acontece quando se juntam três grandes nomes da indústria dos videojogos num único projecto? Algo grande. E o que acontecerá se fumarem substâncias ilícitas? Algo estranho. Melhor, ainda... e se um for Suda 51, o outro Shinji Mikami e o terceiro, Akira Yamaoka? Algo grandiosamente estranho, certamente! O facto é que estes três juntaram-se e fizeram o jogo que aqui trago hoje. Um jogo que desde já se parece com tantos outros que já joguei e vocês certamente também, sendo isso que o torna tão bom. Este meu exemplar ficou-me a custo zero, visto ter trazido o mesmo da Fnac do Almada Fórum, em troca de três vales de 10 euros. O jogo actualmente está à venda a 30, em território nacional.


Manual e disco.
Shadows of the Damned é uma trip, literalmente, de Suda 51 juntamente com os seus amigos Shinji Mikami, o pai de Resident Evil e Akira Yamaoka, o génio musical responsável pela composição sonora da maior parte dos Silent Hill que conhecemos. Ora estes três, vindos cada um de seu lado, reuniram aquilo que de melhor fizeram nos últimos anos em termos de jogos e o resultado foi este. A história começa com Garcia Hotspur, um caçador e demónios mexicano, que a dada altura fica sem a sua amada Paula, que é levada por Fleming, lorde dos demónios, para o seu mundo. Sem muito tempo para pensar, Garcia só tem tempo de agarrar o casaco e juntamente com o seu sidekick, Johnson, embarcar nesta estranha e caricata aventura.

Há festa na vila!
O estilo visual de Shadows of the Damned remete-nos imediatamente para alguns jogos nossos conhecidos, como por exemplo Devil May Cry e Resident Evil 4, pela arquitectura dos cenários e o ambiente geral do jogo. De facto, considerando que Mikami também "cuspiu" DMC de dentro do seu cérebro, esta comparação era inevitável pois todo este jogo é DMC por uma pena. A utilização do Unreal Engine 3 foi uma excelente aposta pois este consegue produzir o efeito desejado, com uma atmosfera impressionante, bons efeitos visuais, sobretudo de iluminação ainda que ocorram alguns problemas menores como o carregamento de texturas, que se faz sentir sempre que fazemos loading a um save. Fora isso, os cenários são muito bons, com alguma variedade e uma pequena passagem pelo 2D, fruto de Suda 51 que adora este tipo de trolling que deixa os fãs tanto contentes como piursos. Os modelos das personagens estão impecáveis, sobretudo Garcia, bem como os inimigos no geral, que a meu ver são uma espécie de reminiscência de Dead Space. Se jogarem vão entender.

Johnson de pau feito.
Akira Yamaoka é o compositor de serviço e aqui também se sentem as parecenças notórias, em termos de música. A banda sonora, de certo modo parece ter sido feita para um jogo da saga Silent Hill pois o estilo musical continua a ser o mesmo, com uma ambiência e toque muito característicos e que distinguem o trabalho deste senhor. Ao longo do jogo, nem sempre se sente a música da mesma forma, pois tal como muitos outros desta geração, dá-se muito ênfase ao som ambiente, também este altamente bem conseguido. O voice-acting apesar de não ser genial, é bastante agradável, sobretudo os diálogos de Garcia com Johnson, onde o primeiro fala com um sotaque claramente mexicano e o segundo tem um sotaque British e uma postura muito correcta. Contudo, as referências e piadinhas de cariz sexual são uma constante, ora engraçadas, ora cliché.

Suda51 gosta de trollar a malta.
Se tiver que comparar a jogabilidade de Shadows of the Damned a outro jogo, diria que este é o irmão mais novo de Resident Evil 4, sendo também parente próximo de Dead Space. O controlo de Garcia é muito semelhante ao destes jogos, ainda que com uns toques adicionais que o tornam mais dinâmico como por exemplo podermos andar e disparar ao mesmo tempo, fazer dodge aos inimigos e usar o 180· turn bem como outros pequenos movimentos que nos evitam sarilhos. Garcia conta com Johnson para tudo, pois este pequeno demónio em forma de caveira voadora flamejante e cravejado de piercings e jóias, consegue na verdade assumir várias formas que vão desde uma mota, a armas de fogo que se dividem numa pistola, metralhadora e caçadeira, bem como a sua forma mais comum que é uma tocha, a qual Garcia usa para melee attacks. Existe ainda um Light Shot que serve para várias coisas desde "acender candeeiros", a parar o movimento dos inimigos. Como é de esperar, podemos evoluir estas armas, bem como outros atributos de Garcia, para nos facilitar a vida. Os níveis decorrem de uma forma um pouco linear, o que foi o principal motivo de crítica deste jogo. Ainda assim, obedece a uma mecânica interessante onde a escuridão é utilizada para nos consumir energia, fortalecendo também as hostes inimigas, obrigando-nos rapidamente a procurar uma fonte de luz para nos salvar a pele.

A correr para a luz, literalmente.
Outro dos defeitos do jogo é a escassez de puzzles, visto a grande maioria ser abrir portas com determinados itens que ou estão pelo cenário ou aparecem depois de termos limpo uma vaga de inimigos. Mas creio que os criadores tinham em mente um jogo tipicamente de acção e nesse aspecto a missão foi cumprida. A meu ver os confrontos com os inimigos são bastante divertidos, pois podemos desmembrá-los ou matá-los com melee attacks à bruta depois de os parar com um Light Shot. Outros pedem tácticas mais concisas, ou com Light Shot ou com auxilio do cenário, tornando a acção mais dinâmica. Os confrontos com os bosses são um bocado fáceis demais, mesmo em Hard, mas creio que todo o jogo em si é fácil, o que é bom para jogadores mais casuais, para que possam tirar proveito não só da história mas do jogo em geral. Não existe nenhuma espécie de online para aumentar o tempo de vida útil mas considerando o género, dá para jogar muitas vezes depois de concluído.

Talvez não fosse o que muitos fãs destes senhores estavam à espera mas o certo é que Shadows of the Damned foi uma das melhores surpresas que tive este ano em termos de jogos. É bonito visualmente, divertido em termos de acção e altamente recomendado para os fãs do género bem como fãs de DMC e Resident Evil 4. Portanto e sem dúvidas de espécie alguma, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

E esta foi a última review por agora. Ainda tenho aqui alguns jogos que não joguei, que futuramente irei trazer ao blog, bem como os que ainda virão futuramente. Vão aparecendo, leiam as análises antigas pois vou continuar a actualizar os posts antigos. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Não há muita coisa que possa dizer para já de jogos da geração actual. Este despertou-me o interesse logo na E3 precisamente por vir de 3 mentes distintas das quais tenho em muito boa consideração. Vou querer jogar, definitivamente.

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