3 de setembro de 2011

Vanquish

Capa xpto à direita.
Desenvolvido por: Platinum Games, Straight Story
Publicado por: Sega
Director: Shinji Mikami
Produtor(es): Atsushi Inaba, Keith Dwyer, Jun Yoshino
Argumentista(s): Hiroki Kato, Jean Pierre Kellams
Compositor(es): Erina Niwa, Masafumi Takada, Masakazu Sugimori
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 19-10-2010 (EUA), 21-10-2010 (JP), 26-10-2010 (EU)
Género: Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Challenge para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação no disco rígidio (2.8GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Sensor de Movimento Sixaxis, Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes, é brutal!

(Aqui não há novo acordo ortográfico, existe o antigo com as devidas adaptações como o uso de expressões estrangeiras e idiomatismos. E é assim que funciona.)

Autocolantes? NEM UM!
Facto: existem bons e maus jogos. Todos nós que jogamos sabemos isso melhor do que ninguém mas existem também alguns jogos que se enquadram na categoria do "fantástico" por serem tão surpreendentes. Não quer dizer que sejam perfeitos mas têm qualquer coisas que os destaca dos demais. Existem vários jogos assim, um pouco por todos os sistemas e tenho alguns na colecção. O jogo que trago até aqui hoje é um bom exemplo, simples mas eficaz. Este exemplar foi adquirido numa loja online, como é costume, por cerca de 20 euros. Curiosamente traz uma lenticular sleeve, dando um pseudo efeito de profundidade à capa. Nada de especial mas é sempre algo que se destaca.


Inlay, manual e disco.
Vanquish é um third person shooter saído das mentes responsáveis por Resident Evil 4, em particular o pai deles todos, Shinji Mikami. Depois de ter abandonado a Capcom, Mikami tem participado em alguns projectos bem interessantes, estando este sob a alçada da Platinum Games, responsável por algumas das maiores surpresas em termos de jogatana, na actualidade. Mas voltando ao jogo em si, este é claramente inspirado na série anime Casshern em termos de ambiente mas a história recai sob uma guerra pelos recursos naturais do planeta, numa fase em que existe excesso de população. Isto mete Estados Unidos contra Rússia, sendo que estes últimos sofreram um golpe de estado por parte de forças ultra nacionalistas que dão pelo nome de Order of the Russian Star. Os problemas começam quando estas forças invadem uma estação espacial, onde existe um gerador que permite extrair energia do sol com fonte alternativa. Sem grandes problemas, usam esta energia para destruir San Francisco pedindo aos Estados Unidos que se rendam. Elizabeth Winters, presidente no cargo, recusa tal proposta e envia Sam Gideon, um cientista que desenvolveu um fato especial para a frente de batalha, juntamente com o Lieutenant-Colonel Robert Burns, um veterano de guerra. O resto já se sabe...

Tanto metal para rebentar...
Coisas que me surpreenderam em Vanquish? Tudo! A começar pela parte visual, com um grafismo sólido, bonito, bastante fluido e com um aspecto fabuloso. Embora possa parecer um pouco monótono pois os tons dominantes são os cinzentos, a acção é tanta que mal vamos ter tempo para reparar nesses pormenores. Já os cenários, são vastos, embora maioritariamente citadinos, com algumas incursões por uma floresta mas sem se afastar muito. Os modelos tridimensionais são excelentes, desde a nossa personagem que tem um fato chulado, aos soldados que nos acompanham e claro, sem esquecer os robots inimigos, desde os mais pequenos aos mechas enormes que aparecem de vez em quando e temos de os despachar o mais rápido possível. Efeitos visual também conferem, desde ondas de calor, a motion blurring quando a acção assim o exige. Como já vem sendo hábito, o motor de jogo é usado nas cutscenes, onde também vemos o óptimo trabalho física proporcionado pelo motor Havok.

Sam desliza, literalmente, pelo cenário.
Algo que poderá passar despercebido no meio de tanta acção e barulho é a banda sonora mas o curioso é que a música até é bastante audível e acompanha a acção non-stop, do inicio até ao final, sempre numa batida muito electrónica a condizer com o ambiente. Em determinadas partes, desaparece subtilmente dando lugar ao som ambiente, para mais tarde regressar em força quando começa a toscaria. No geral o som é impecável, com barulho por todo o lado, desde tiros, explosões, gritaria e muito diálogo entre as personagens. Uma particularidade é que em termos de voice-acting, podemos dar-nos ao luxo de seleccionar o áudio em várias línguas, entre elas o Japonês. Mas por incrível que possa parecer, prefiro ouvir o jogo em Inglês, até porque jogamos com americanos. Ainda assim, o trabalho em ambas as faixas é excelente.

Frenética será a palavra que escolho para definir a jogabilidade em Vanquish. Desde os primeiros minutos que o jogo nos atira para o meio da acção e de lá não saímos até o termos concluído. Controlar Sam é das coisas mais fáceis de sempre, com comandos intuitivos e bastante similares a outros TPS da actualidade. Podemos utilizar três armas, de um conjunto maior, armas estas que são todas actualizáveis aumentando assim não só a sua capacidade como o seu desempenho e dano. As granadas vêm em dois sabores: frag e EMP, que nos permitem rebentar ou paralisar tudo quanto seja mecânico.

Uma pausa para um cigarrito.
Mas o verdadeiro potencial de Sam está no seu ARS (Augmented Reaction Suit), ou por outras palavras, o fato que lhe permite sobreviver a esta guerra. Este fato está equipado com a BLADE (Battlefield Logic ADaptable Electronic Weapons System), que lhe permite scannar e utilizar armas de fogo, podendo ainda usar combate corpo a corpo e o sistema AR (Augmented Reality). E a piada reside aqui pois este sistema, que pode tanto ser activado automaticamente como manualmente, permite a Sam abrandar o tempo, para salvar o próprio couro em situações bicudas, como para destruir inimigos em slow motion. Pode também utilizar os boosters no fato para deslizar pelos inimigos a alta velocidade enquanto semeia o caos. Obviamente o fato tem limitações e o uso excessivo do mesmo provoca sobre aquecimento pelo que Sam tem de esperar um pouco até tudo voltar ao normal.

De frente não vais longe...
O jogo desenrola-se através de vários capítulos, divididos por níveis, no quais nos atribuem uma pontuação com base no nosso desempenho e em outros factores. A dificuldade é justa, podendo o jogador aventurar-se nos modos mais desafiantes caso ache o Normal demasiado brando. Apesar de ter muita acção, não existem muitos bosses, para grande pena minha mas os que existem já dão para o gasto, pois o jogo em certas partes faz lembrar um bullet hell, com tanto tiro e míssil em simultâneo no ecrã. Não existe nenhum modo online, algo que não foi visto com bons olhos pela crítica mas para colmatar essa lacuna, o Challenge Mode pode proporcionar mais algumas boas horas de divertimento, ainda que aqui a dificuldade comece a entrar no campo do exagero.

Com tudo isto, já ficaram com uma ideia do quão fantástico Vanquish consegue ser. Surpreendeu por isto tudo e acima de tudo pela sua simplicidade, fazendo ver que não é necessário uma trama muito complexa nem jogabilidade altamente refinada e profunda. Se têm consolas actuais, façam o favor de jogar este JOGALHÃO DE FORÇA! É uma ordem.

Vamos até ao espaço para uma dose de terror, amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Talvez no próximo ano compre uma X360 ou uma PS3. Seja qual for, certamente que Vanquish fará parte da wishlist, junto de Bayonetta. Dos melhores jogos que tiveram o selo "Sega" desde o retiro da Dreamcast. Bem que eles poderiam comprar o estúdio.

    ResponderEliminar