15 de novembro de 2011

Borderlands [Game of the Year Edition]


A capa, mais bonita que o original.
Desenvolvido por: Gearbox Software
Publicado por: 2K Games
Compositores: Sascha Dikiciyan, Cris Velasco, Jesper Kyd, Raison Varner
Motor Gráfico: Unreal Engine 3 (Modificado)
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360, PC, Mac
Lançamento: 12-10-2010 (EUA), 15-10-2010 (EU), 22-12-2010 (JP)
Género: Role Playing Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer offline co-op para dois jogadores, Multiplayer online co-op para até 4 jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (2.4GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, Inclui os 4 DLC's no disco.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, ou seja, muitas horas de jogo.

(Tantos jogos novos para comprar... ;_; )

Zee back side.
Amiguinhos e palhacitos destes circo que é o Jogalhões de Força, eis-me de volta com mais uma análise de mais um jogo que consta na colecção há já uns meses mas que só agora é que tive paciência para escrever algo sobre o mesmo. Apesar de serem poucos os que ainda não analisei, é preciso jogá-los a fundo e por vezes a vontade de o fazer não abunda ou é precedida pela vontade de terminar os que estão na wishlist e acabaram de aterrar na colecção. Mas adiante, rumo ao que interessa. O jogo de hoje é um daqueles casos que fui adiando por desconfiança em relação ao género e sobretudo por ter demasiadas semelhanças com outros que joguei. Mas lá ultrapassei essa barreira e deparei-me com um dos melhores jogos de sempre, dentro do género. Esta edição com o subtítulo Game of the Year Edition traz basicamente tudo, o que inclui os 4 DLC's e até um mapa em papel do mundo que podemos explorar no jogo. Ah, e um convite para o Duke Nukem Forever First Access Club que apesar de já vir fora do prazo ainda deu para registar. Custou-me cerca de 18 euros, se tanto, numa loja online, como já é habitual.


Disco e inlay.
Borderlands - Game of the Year Edition foi uma surpresa brutalíssima em vários aspectos. Porém, antes de mais nada, uma pequena introdução a este novo mundo que se situa num planeta remoto chamado Pandora, onda várias corporações como a Dahl e a Atlas começaram a sua exploração em busca de minérios encontrando nesta demanda uma Vault onde permaneciam vestígios de uma raça alienígena com uma tecnologia sem precedentes. Obviamente tudo isto correu mal e a Dahl abandonou o planeta e a sua colonização, ficando os demais à sua mercê. Resultado: transformou-se tudo numa wasteland e em algo parecido a Mad Max. Mais tarde, somos nós, que tomamos o controlo de uma de quatro personagens para ir explorar o planeta como um bom caçador de fortunas, tal como tantos outros. E assim começa uma longa jornada em busca da Vault.

Manual, mapa e certificado do Duke.
A surpresa começou na vertente gráfica utilizada neste jogo, que recaiu no cel-shading ao invés de se tentar criar um mundo realista com um grafismo mais comum. O resultado foi excelente, com um universo visual muito bem conseguido e que nos lembra outros jogos antigos como por exemplo XIII, que também marcou pontos pela diferença e pela originalidade. Em Borderlands tudo parece saído de banda desenhada e é esse feeling que faz com que a fórmula resulte, pois toda a atenção ao pormenor está lá e o jogo não é inferior a nenhum outro do género por isso. Diversas cutscenes com o motor de jogo ilustram os momentos-chave, como por exemplo as introduções dos bosses, sempre com a sua dose de comicidade. As animações estão bastante boas ainda que se notem algumas flutuações na frame rate, nomeadamente quando se joga sozinho e depois se vai jogar em splitscreen. Curiosamente o jogo em splitscreen parece ter uma frame rate mais elevada ao contrário da regra convencional. Em certas instâncias o jogo chegou mesmo aos 60 frames, baixando logo após para os normais 30. Enfim, pormenores técnicos irrelevantes.

Mapa de Pandora.
A componente sonora de Borderlands lembra-me da série Fallout a cada instante. Num ambiente devastado como o de Pandora é inevitável que este tipo de comparações surjam mas a verdade é que a música faz lembrar a de  Fallout 3, ainda que não seja uma cópia nem pouco mais ou menos. Cria a atmosfera pretendida e resulta por isso. Contudo tende a repetir-se um pouco nas diferentes localizações, algo que pode aborrecer alguns mas que no meu caso rapidamente comecei a ignorar. O som no geral está dentro dos parâmetros normais de hoje em dia, com um voice-acting decente, onde a maioria dos diálogos são levados a cabo pelos NPC's e alguns inimigos, deixando apenas a nossa personagem com algumas linhas de diálogo que utiliza sobretudo quando estamos a combater, a explorar e afins. Até os inimigos falam mais do que nós quando nos estão a atacar ou à nossa procura.

Bang, bang, bang!
A jogabilidade em Borderlands é semelhante à de qualquer FPS actual, onde a configuração dos controlos é parecida à de um Call of Duty mas é no decorrer da acção que se encontram as subtilezas todas que o tornam num Role Playing Shooter. Não é à toa que esta designação é utilizada. Para começar, temos quatro personagens disponíveis, todas elas diferentes entre si no que diz respeito a habilidades. Dar tiros, todas elas dão mas cada uma tem os seus altos e baixos. Exemplificando, Lilith é uma Siren que tem o poder de Phasewalking, algo que a torna invisível, mais rápida, podendo criar situações de emboscada ou simplesmente sair de uma enrascada. Roland é um Soldier e como tal pode utilizar Turrets com escudos para tornar o combate mais dinâmico. Mordecai apresenta-se como Hunter, especialista em snipers e com um sidekick, o Bloodwing, um bichinho voador que ataca os inimigos que tenham o azar de estar à sua frente. Finalmente Brick, um Berserker cuja força bruta é a sua arma de eleição e é o tanque do grupo. Estas personagens permitem abordagens diferentes tornando o jogo mais dinâmico e divertido, pois cada uma delas oferece diversas experiências consoante a sua evolução. Por outro lado, cada personagem é boa com determinado tipo de arma, pelo que devemos escolhê-las tendo isso em consideração.

Boooooom!
As armas são algo que em Borderlands parece não ter fim pelo simples facto de serem geradas aleatoriamente através do "Procedural Content Creation System", dando azo a um sem fim de possibilidades. Existem vários tipos que se traduzem em Shotguns, SMG's, Pistols, Assault, Sniper, Explosive e Eridian, podendo a proficiência de cada um ser aumentada com o uso, até nível 50. Isto aumenta tanto o dano provocado, como a pontaria, a velocidade de reload, o recoil e ainda o consumo de munição em certos casos. Para apimentar as coisas as armas podem também ter efeitos incendiários, corrosivos, eléctricos e explosivos, algo a considerar consoante o tipo de inimigo que estamos a defrontar. Os inimigos em Borderlands são também gerados pelo mesmo sistema, fazendo level up com a nossa personagem, mantendo assim o nível de dificuldade progressivo, sem haver facilidades para o nosso lado, ainda que o nosso level cap seja 69 e o deles por volta de 72. Daí as missões terem todas elas um nível de dificuldade que vai desde Trivial a Impossible, sendo que este último é para evitar pois é morte certa. O jogo oferece-nos um imenso número de missões, tanto de história como side quests, que por vezes são divertidas mas noutras ocasiões, aborrecidas. Contudo, todas servem para irmos evoluindo a nossa personagem, que pode optar por três vias dentro da sua categoria e dando azo a várias opções de evolução. É impossível evoluir tudo, a menos que sejam batoteiros, se é que me entendem.

A dois é sempre mais giro e fácil.
Tal como em Fallout, existe um sistema de Fast Travel, imensamente útil mas o jogo encoraja-nos a utilizar a estrada, com veículos que tornam as deslocações mais rápidas e divertidas pois podemos esmigalhar alguns inimigos pelo caminho. Para além do single player, o modo online oferece-nos a possibilidade de jogarmos com mais três jogadores em co-op mas é aqui que surgem problemas. Em primeiro lugar, temos de estar situados na mesma missão se quisermos progredir no jogo, senão andamos apenas a ajudar quem faz host do jogo, embora possamos evoluir. Mas o pior é que online encontram-se imensas pessoas a fazer batota, alterando parâmetros de jogo, como por exemplo as armas e escudos, tornando a experiência em algo lastimável. O meu conselho, portanto, é optarem pelo splitscreen offline com um amigo pois é a melhor maneira de jogar em co-op. Estes modos também permitem duelos entre jogadores, se tiverem a opção activada. É giro durante cinco minutos...

Alguém vai ficar com três olhos!
Nesta já extensa análise não posso deixar de referir os DLC's, visto fazerem parte integrante desta edição. Começando pelo The Zombie Island of Dr. Ned, este é sem dúvida o melhor DLC do jogo, que nos coloca numa ilha, com zombies, monstros de Frankenstein e outras aberrações, num conjunto de divertidas missões, algumas a gozar com missões antigas da main quest e até a parodiar outros jogos/filmes. O segundo DLC dá pelo nome de Mad Moxxi's Underdome Riot e é um seca visto sermos transportados a uma de três arenas para lutarmos contra várias ondas de inimigos e bosses. Parece giro mas é secante, acreditem no que aqui escrevo. O terceiro DLC chama-se The Secret Armory of General Knoxx e é mais uma extensa parte de Pandora para explorar, sem Fast Travel mas com várias auto-estradas a ligar os diferentes sítios. É interessante no todo, com missões porreiras e o boss mais difícil do jogo para derrotar. Sim, é mesmo o boss mais difícil do jogo mas também é completamente opcional. Finalmente e para colocar um ponto final neste capítulo da história de Pandora, Claptrap's New Robot Revolution, é o último DLC onde o nosso amigo robot se vira contra os humanos e cria um exército de pequenas máquinas cheias de ódio. Cabe-nos a nós tratar de os mandar para a sucata e acabar com a história de vez.

E pronto, Borderlands - Game of the Year Edition é isto tudo. Um imenso jogo, com muita coisa para se fazer, sozinho ou acompanhado, tudo de uma vez ou em pequenas doses. Sem dúvida alguma, é daqueles jogos que recomendo vivamente a qualquer pessoa que tenha PS3, Xbox360 ou PC e que tenha gostado de Fallout. Escusado será referir que é também um dos que mais me surpreendeu actualmente e que só por isso é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Brevemente, não sei bem quando, irei trazer uma crise algures numa ilha remota. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Este vou querer jogar, sem duvida! Sempre gostei da temática pos-apocalíptica, mas ainda tenho o Fallout 3 e o RAGE com o mesmo tema também em fila de espera. A comprar a versão PC um dia destes!

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