20 de janeiro de 2013

DooM³ [BFG Edition]


Sleeve em cartão fica sempre bem!
Desenvolvido por: id Software, Splash Damage (Multiplayer)
Publicado por: Bethesda Softworks
Director: Tim Willits
Designer: Tim Willits
Programador(es): John Carmack, Robert A. Duffy
Artista(s): Adam Carmack, Kevin Cloud
Argumentista: Matthew J. Costello
Compositor: Chris Vrenna, Clint Walsh
Motor Gráfico: id Tech 4 (modificado)
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 16-10-2012 (EUA), 19-10-2012 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online (2-4 jogadores)
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido (10MB mínimo), HD 720p, 1080i e 1080p, Compatível com 3D, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, incluindo as expansões e os jogos antigos. Segunda ronda em progresso a longo prazo.

(Inverno, como te detesto!)

E brilha! Mas na foto não se nota.
Clássico. Uma palavra utilizada de forma comum para descrever certos e determinados jogos que alcançaram um estatuto que muitos outros almejaram mas decididamente falharam em conseguir. E existem imensos com este título, que se destacam uns dos outros por diversos motivos, e claro, géneros. Desde plataformas a RPG's, passando pela acção e pelos puzzles, sem deixar de culminar nos FPS que é um dos géneros mais famosos de sempre neste universo da jogatana. O clássico que trago até aqui hoje, não é apenas um mas sim três. Três clássicos todos juntos numa única edição para que não se perca pitada. Mas valerá a pena? Já lá vamos. Este exemplar chegou-me à colecção em Outubro de 2012 tendo sido adquirido na Zavvi por cerca de 30 euros, no seu lançamento.


Manual e disco.
DooM³ [BFG Edition] começa por ser uma versão actualizada do clássico DooM 3, incorporando diversas novidades em todos os campos. Mas não se fica por aqui e ainda nos oferece versões de DooM e DooM II - Hell on Earth para completar o circulo. Como se isto fosse pouco, remata com duas expansões para DooM³, a conhecida Resurrection of Evil e a novíssima The Lost Mission. As versões clássicas também trazem as expansões Thy Flesh Consumed e No Rest For The Living, um pack de níveis para DooM II que só existia na Xbox360. Infelizmente nada de Final DooM está presente nem os Master Levels. Passemos então ao habitual lore, onde a trama de DooM³ nos leva até ao ano 2145, ao planeta Marte, onde um enorme conglomerado militar-industrial anda a fazer pesquisa no campo da teletransportação e desenvolvimento biológico. Como é de esperar, a coisa corre muitíssimo mal e demónios começam a aparecer na base, fruto de se ter aberto um portal para o Inferno. Cabe-nos a nós, o típico marine mudo, resolver o assunto da única maneira possível e imaginária. Sim, ao tiro. É de ressalvar que DooM³ é um reboot e não um remake do original, ignorando a história deste último e da sequela, o que faz com que o futuro DooM 4 siga este novo, se tivermos de especular um pouco.

E o sempre bonito inlay.
Não sendo a primeira vez que a saga DooM aparece em consolas, é certamente a primeira vez que o faz em alta definição. DooM³ apresenta-se com uns visuais agradáveis e com uma fluidez bastante notória, especialmente porque corre a 60 frames durante grande parte da sua duração. O look HD não é mais que um lifting ao grafismo original (os carecas continuam a não ter cabeças redondas) pois em certas instâncias, o olho mais atento vai reparar que apesar de algumas texturas terem sido modificadas para parecerem melhores (o motor id Tech 4 tem algumas melhorias do id Tech 5), certas partes do jogo parecem cortadas. Isto deve-se sobretudo ao facto do original ser 4:3 e esta versão ser 16:9, coisa que se destaca particularmente em algumas cutscenes, onde as personagens são cortadas pela cabeça ou pelos pés, resultando em planos visuais estranhos. As sombras são também inferiores às da versão original, que se destacava por isso e o sangue foi também, inexplicavelmente, reduzido. Como referi, a fluidez é algo que chama logo à atenção mas eventualmente alguns solavancos irão seguir-se, sobretudo nas partes onde há muita coisa ao mesmo tempo no ecrã, mas é raro de acontecer. O jogo tem suporte para 3D, algo que não pude testar mas o que me faz uma certa confusão é o facto de os originais correrem a 1080p, e DooM³ correr apenas a 720p. E por falar nos originais, estes retêm o mesmo aspecto da versão PC, a 4:3 mas com algumas diferenças no grafismo que já irei abordar mais à frente.

Esta lanterna ajuda bastante.
À componente sonora desta BFG Edition, foi adicionado suporte para 5.1 mas manteve-se a mesma ambiência do original, com música adequada a todos os momentos e optando-se pelo som ambiente que proporciona sem dúvida alguma a melhor atmosfera possível. Os efeitos sonoros também não apresentam grandes diferenças e são excelentes se tiver que os definir numa única palavra. Afinal DooM³ vive disto e sabe bem como utilizar o som. O voice-acting é decente e cumpre o seu dever sem grandes cerimónias. No que concerne os originais, tudo se encontra na mesma, sem alterações.

A arma da diversão.
Para os mais cépticos, DooM joga-se no PC mas o facto é que esta transição para consolas foi feita da melhor maneira no que diz respeito à jogabilidade. O controlo é bastante preciso e de fácil aprendizagem, aliado à fluidez de jogo o que resulta numa experiência bastante agradável tanto para veteranos como para novatos. E isto tanto se aplica a DooM³ como aos clássicos. Para quem já jogou o original, já se sabe que a mecânica deste título não prima pela originalidade pois no fundo o objectivo é ir do ponto A ao ponto B e limpar tudo pelo caminho, cumprindo um ou outro objectivo. Afinal DooM sempre foi isso. O modo campanha tem a duração média de 10 horas, se feito sem pressas, com muito para descobrir e após terminado, as duas expansões dão para mais umas 6 horinhas. É de destacar que a nova expansão (que são apenas oito níveis) segue a história de uma equipa que vimos a sofrer um final menos feliz na campanha, embora um dos membros tenha sobrevivido para contar o que aconteceu. Não é de todo a melhor. Já a Resurrection of Evil, a meu ver ganha a taça. As pequenas novidades, como a arma que é uma cópia descarada da Gravity Gun de Half Life 2 e o novo artefacto, fazem toda a diferença nos confrontos com os inimigos. Quanto ao multiplayer, não o joguei mas os jogos antigos têm também opção para tal e melhor ainda, jogos em LAN.

Houve aqui molho...
Algumas novidades foram introduzidas nesta edição, como forma de correcção de antigos problemas da versão original. Em termos de mecânica, substituiu-se a lanterna por uma montada na armadura que podemos ligar e desligar quando bem entendermos. Isto tanto é bom como é mau. No original, o grande problema para algumas pessoas era ter de, por exemplo, dobrar uma esquina de lanterna na mão e de repente ter de mudar para uma arma pois um inimigo tinha surgido da plena escuridão. Na minha opinião foi isto que tornou DooM³ no clássico que é hoje, pois a tensão era sempre a 100%. Para outros, isto era mau pois um jogo onde a escuridão imperava não era de todo uma experiência única. Nesta BFG Edition, para além de tudo ser nitidamente mais claro, a lanterna quebra um pouco a tensão pois estamos sempre minimamente seguros de arma na mão. Algo que não gostei foi o facto de terem alterado alguns gráficos de DooM e DooM II, nomeadamente removerem a cruz vermelha dos Medkits (agora é um círculo vermelho e branco) e tudo o que é simbolismo nazi, ou seja, aqueles dois níveis secretos de DooM II deixaram de ter o encanto de outrora. É verdade, eles tiveram a audácia de fazer isto, em parte porque o jogo conta apenas com uma edição para toda a Europa e visto ter sido lançado na Alemanha, comemos todos por tabela. Outra coisa que também me deixou de pé atrás são os tempos de loading, um bocadinho grandes demais e que me afastam de jogar o jogo em Nightmare pois morrer de 10 em 10 segundos e levar com loadings de 40 segundos, leva-me a crer que vamos ver mais ecrãs de loading do que propriamente jogar.

Chamem a desinfestação.
Com esta breve análise penso que já terão resposta para a pergunta que coloquei inicialmente. Valerá a pena? Sim, sem dúvida, especialmente se não tiverem nenhum dos jogos anteriores. E mesmo que tenham, este é um JOGALHÃO DE FORÇA que vale a pena revisitar.

Volto em breve na PSP e numa cidade bem conhecida. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

15 comentários:

  1. levei pequenos infartes jogando esse jogo :P kkkk

    hey Pedro, tu nunca comprou um Monster Hunter, tava procurando aqui e não vi nenhum review seu sobre alguma edição.

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    1. Estive para comprar (tanto na PSP como na Wii) mas não gosto do estilo de jogo. O mais parecido que tenho é o Lord of Arcana na PSP, que é do mesmo género mas comprei porque a edição era tentadora (trazia um artbook e um mini-cd com músicas do jogo).

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    2. Lord of Arcana e God Eater são cópias horríveis de Monster Hunter. Apesar de eu estar viciado no jogo, eu só te aconselho a experimentar se tiver buscando um novo nível de dificuldade, caso contrário esse jogo suga toda a sua vida, e lhe vicia. :S

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    3. Nah, eu não gosto mesmo do estilo de jogo, é sempre a mesma coisa e a dificuldade também não me atrai muito pois não tenho nem tempo nem paciência para coisas assim. :)

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    4. Aí tenho que discordar de você Pedro, não dá para matar nenhum monstro com a mesma estratégia de outro. Mesmo que sejam da mesma espécie, tipo wyverns, todos vão ser diferentes de lutar, PRINCIPALMENTE nas edições mais recentes onde cada um está muito mais personalizado. Pega um MH Tri emprestado de um amigo seu, só para experimentar. :)

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    5. Eu não quis dizer isso, o que quis dizer é que o jogo é só isso: matar monstros. Por isso é que não acho piada. O Lord of Arcana é a mesma coisa, daí nem sequer o ter concluído. O meu pessoal não aprecia esse tipo de jogos também, são mais de FPS e acção.

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  2. Entendo o que quis dizer. Mas essa é a temática do jogo, é sempre recopensante derrotar monstros difíceis.

    Mas falando em FPS, qual vc preferiu entre os mais recentes Call of Duty, o MW3 ou o BO2?
    Não curti em nada aquele futurismo exagerado no BO2, gostei mais do MW3 mesmo.

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    1. Muito sinceramente? O Call of Duty 4 - Modern Warfare. Foi o melhor de todos até hoje. O primeiro Black Ops também gostei bastante. Já o Black Ops II, enfim... deixou muito a desejar. Em breve escrevo sobre esse, os outros já os analisei anteriormente.

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    2. Entendo, não me lembro desse exatamente, mas lembro do MW2, dizem q a campanha dele é ótima. O meu preferido é o 2 mesmo, o de PS2 hahaha' Uma coisa que me enche a paciência no BO2 é o barulho das granadas no multiplayer. È muito irritante aquele foguetório.

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  3. Nem experimentei o multiplayer do BO2, o jogo crasha a consola segundo relatos de diversos jogadores, mesmo com o patch 1.03 instalado.

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    1. Nunca vi dando um crash, mas os lags são frequentes e absurdos.

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    2. Crasha até no single player e no modo zombies. A mim crashou-me uma vez no single player, fiquei incrédulo a olhar para a televisão. O lag é normal, não tem servidores dedicados logo temos de levar com as ligações de porcaria das restantes pessoas. Aqui em Portugal até temos internet decente e se jogarmos localmente não há lag praticamente nenhum mas com outras zonas do planeta, a história muda de figura.

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    3. No single player? Caramba, isso eu não tinha visto.
      Devo dizer que a internet aqui no Brasil deixa muito a desejar, principalmente no interior aonde eu moro, que caem quase todos os provedores diante da chuva.

      Tendo o MW3 e o BO1, acho que não há necessidade de jogar o BO2, nem no single, nem no multiplayer.

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    4. O BO1 é bom em tudo, nem há necessidade de jogar mais nenhum mesmo.

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  4. Eh lá, não sabia que o jogo trazia os originais Doom 1 e 2, juntamente com os níveis que até à altura eram exclusivos das versões Xbox do Doom 3. Já estava algo interessado neste jogo, mas agora estou mais. Comprarei a versão PC assim que encontrar um bom negócio. :)

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