3 de abril de 2013

Bayonetta


Posição sugestiva...
Desenvolvido por: Platinum Games (Team Little Devils), Nex Entertainment (PS3)
Publicado por: Sega
Director: Hideki Kamiya
Produtor: Yusuke Hashimoto
Designer(s): Hiroshi Shibata, Masaaki Yamada
Artista: Mari Shimazaki (char design)
Compositor(es): Hiroshi Yamaguchi, Masami Ueda, Erina Niwa, Takayasu Sodeoka, Naoto Tanaka, Rei Kondoh, Norihiko Hibino, Takahiro Izutani, Yoshitaka Suzuki, Hiroshi Kawaguchi, Mitsuharu Fukuyama
Motor Gráfico: Platinum Engine
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 29-10-2009 (JP), 05-01-2010 (EUA), 08-01-2010 (EU)
Género: Acção, Hack 'n Slash, Beat 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola (561KB mínimo), Suporte HD 720p, 1080i e 1080p, Compatível com Função de Vibração, Leaderboards online
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal, segunda ronda em Hard em progresso a longo prazo.

(Estou farto deste tempo...)

Autocolantes... blergh!
Ports ou conversões, se assim preferirem, é algo muito comum neste mundo dos videojogos desde sempre. Ainda era miúdo e esta coisa já existia trazendo até casa os jogos que faziam furor nas arcadas ou até mesmo outros que só existiam em determinadas plataformas como por exemplo os PC's. Hoje em dia continua-se a apostar nesta prática, por vezes com bons resultados mas também com alguns mauzinhos. Actualmente a prática não é converter jogos de arcada mas sim jogos de outros sistemas o que por vezes acarreta complicações devido à arquitectura dos mesmos. O jogo que trago hoje até aqui ao meu humilde espaço é um bom exemplo disto que acabei de referir. Este exemplar foi adquirido no Jumbo do Almada Fórum, algures em 2012 por €9.90, um preço bem simpático e amigo da carteira.


Manual, papelada e disco.
Bayonetta é um daqueles jogos que sempre me suscitou algum cepticismo relativamente ao seu género. Inicialmente comecei por vê-lo como um clone de Devil May Cry, na tentativa desesperada de o igualar em termos de qualidade. Mau julgamento, admito. Mais tarde, depois de ter experimentado a demonstração, não fiquei mais impressionado por isso mas confesso que a impressão inicial alterou-se para melhor. Após inúmeras críticas bastante positivas e de ouvir a opinião de outros jogadores, também eles fãs de DMC, decidi que estava na altura de deixar de ser fanboy de uma vez por todas e considerar analisar o jogo como devia ser, ou seja, jogá-lo. Foi sem dúvida a melhor coisa que fiz.
Levar com um salto alto deve doer...
Bom, em termos de plot, trama, história, o que vocês quiserem, Bayonetta começa com uma personagem a sofrer de amnésia, que partilha o mesmo nome que o jogo e se traduz numa bruxa sexy, com um sotaque no mínimo delicioso e que não deixará ninguém indiferente não só pelo seu visual sugestivo mas também pelo reportório de movimentos e manhas que traz consigo. Encontrando-se num mundo que tem tanto de conhecido como de novo, Bayonetta começa aos poucos a lembrar-se dos eventos que a levaram ao seu sono de 500 anos e algumas personagens vão levá-la a descobrir um pouco mais sobre o seu passado e porque razão tem tanto poder.

Bicho grande e feio!
Passando a coisas mais técnicas, Bayonetta apresenta-se com uns visuais cuidados, onde os cenários saltam à vista não deixando de lembrar um pouco os jogos da saga Devil May Cry. Afinal de contas foi produzido por alguns elementos que o fizeram. Estes cenários são também eles bastante variados, não se ficando apenas pela cidade de Vigrid mas levando-nos até outras bandas para nosso deleite visual, pois o detalhe é fabuloso. Detalhadas são também as personagens, não me referindo unicamente à nossa bela bruxa mas também aos seus ajudantes e inimigos, todos eles dotados de excelentes animações e fluídas q.b., algo que é uma constante no jogo, sobretudo nas cutscenes que são brutais. Mas sendo um port da versão de Xbox360, o grande mal que surge é um corte na frame rate que nesta versão de PS3 anda quase sempre pelos 30 frames, coisa que na 360 se vai mantendo nos 60 frames e lhe confere uma vantagem superior em termos de acção e performance. Por outro lado notei que as sombras na PS3 são inferiores, culpa do hardware mas nada que afecte o decorrer da acção, a meu ver.

Esta pequena é um mistério.
A banda sonora deste Bayonetta é excelente. É-me difícil descrever o estilo musical pois abraça vários e é isto que gosto de ver num jogo deste género, várias musicas, todas elas cativantes. Sem dúvida que o tema das batalhas é o que mais me ficou na memória até pela letra da música mas outras como o "Fly me to the moon", conhecidíssimo por esse mundo fora, neste jogo tem direito a uma versão especial. O voice acting é também muito bom, desde a performance dos actores, especialmente da Bayonetta que tem aquela voz hipnótica, com diálogos muito bons entre as diversas personagens e as habituais tiradas cómicas. O som, no geral, é impecável sem falhas de espécie alguma que possa assinalar.

Eu sempre disse que ela era uma gata.
O que distingue este Bayonetta do mencionado Devil May Cry é sem dúvida a jogabilidade e a mecânica construída para este jogo. Embora se utilize o mesmo tipo de armamento, em Bayonetta as armas de fogo são algo muito secundário focando-se a acção no corpo-a-corpo e nas armas brancas e afins. A nossa bruxa tem à sua disposição inicialmente os seus punhos e saltos altos mas a dada altura poderá fazer uso de uma katana e até de um chicote que lhe dá um ar completamente S&M mas que faz as delícias de qualquer jogador masculino. E a quantidade de combos é imensa ao ponto de não os fazermos todos. Por outro lado, Bayonetta conta ainda com o seu próprio poder, que a permite invocar certos demónios em certas alturas ou em certos eventos, como por exemplo com bosses. O curioso é que isto tudo vem do seu longo cabelo, visto este tomar estas formas todas nas devidas alturas, deixando a nossa menina quase nua. Sim, o fato dela é o próprio cabelo. E sim, também ela se pode transformar em certos animais.

Com beijinhos resolve-se tudo.
Bom, mas falando de coisas sérias, o combate é frenético e mantém-nos sempre em constante movimento pois não existe botão de defesa pelo que temos de recorrer ao dodge e ao Witch Time, uma pequena nuance que é activada quando evitamos um ataque inimigo mesmo naquele milésimo de segundo antes de nos atingir. Isto faz com que o tempo abrande para os inimigos e assim podemos infligir o máximo de dano antes que eles tenham tempo de retaliar. Por outro lado, contamos ainda com diversos movimentos especiais que se traduzem em execuções, com pequenos QTE's e que têm efeitos devastadores. Como é habitual neste género, podemos ir fazendo upgrades ao arsenal, aos movimentos e claro, à nossa personagem, bem como comprar artefactos que nos conferem habilidades especiais. Um deles permite-nos fazer parry aos ataques dos inimigos para logo a seguir contra atacar em força, um pouco como o sistema do recente Metal Gear Rising - Revengeance (que irei trazer até aqui a médio prazo). Isto confere uma diversidade enorme à acção pois não precisamos de estar sempre a fazer dodge para entrar em Witch Time, bastando-nos para tal fazer parry aos ataques. Tudo isto é muito bonito e tal, fácil de aprender mas é difícil de dominar. Muito difícil mesmo e requer jeito, treino e paciência para se tirar partido das potencialidades da personagem. Daí que não vos recomendo jogar logo em Hard pois o Normal já é desafio que chegue para o início.

Mortes na estrada, um drama real.
Não pretendo esticar-me mais nesta exposição pois já deu para terem uma ideia do quão bom este jogo é. E não só bom é também suficientemente longo, levando ainda umas boas horinhas a passar todos os níveis, derrotar todos os bosses e claro, dominar a coisa. O seu replay value é alto pois adquirir todos os upgrades não se consegue de uma só assentada e os mais persistentes irão ter aqui um desafio. Portanto, estão à espera do quê? Se o acharem baratinho não hesitem, peguem nele, paguem e vão jogar este JOGALHÃO DE FORÇA! Merece cada segundo do vosso tempo.

Em breve trago mais "zombies" portáteis! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário: