18 de novembro de 2013

Deus Ex: Human Revolution [Collector's Edition]


A grande caixa.
Desenvolvido por: Eidos Montreal, Snowed In Studios
Publicado por: Square Enix
Director: Jean-François Dugas
Produtor: David Anfossi
Artista(s): Jonathan Jacques-Belletête, Visual Works (CGI)
Argumentista(s): Mary DeMarle, James Swallow
Compositores: Michael McCan
Motor Gráfico: Crystal Engine (Modificado)
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 23-08-2011 (EUA), 26-08-2011 (EU), 20-10-2011 (JP)
Género: Acção, Stealth
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (2908MB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, DLC adicional.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez na dificuldade máxima. Falta um troféu para platinar, coisa a fazer futuramente.

(Está frio.)

E a mesma, vista de trás.
Com a quantidade de jogos que existem hoje em dia, é muito difícil conseguir jogar todos e dar um bom parecer dos mesmos. Mais difícil é começar a seguir sagas que nos passaram ao lado no passado, devido aos mais diversos motivos. Mas eventualmente lá há um ou outro jogo que nos entra na colecção, muito por força do preço baixo em contraste com o que a edição nos oferece. O jogo que trago até aqui hoje ilustra este exemplo perfeitamente. Esta Collector's Edition de Deus Ex - Human Revolution começa por trazer o jogo num bonito digipak onde comporta tanto o disco do jogo como o DVD de extras que incluí o Making Of, a banda sonora, um motion comic e outros extras como trailers e storyboards. Está também incluído um DLC para começarmos o jogo com alguma vantagem sob a forma de armas e dinheiro, bem como uma missão extra. Mas os grandes atractivos são mesmo o artbook de 40 páginas e a figura da personagem principal, Adam Jensen, produzida pela PlayArts Kai. E o porquê deste exemplo ser bom foi mesmo o preço ter sido 20 euros, na MediaMarkt de Benfica.


O digipak em toda a sua glória.
Fora o preço que foi, todo este jogo me surpreendeu pela positiva. E foi daquelas surpresas que tão cedo não vou esquecer. Mas comecemos pelo início. A história pode parecer complexa, com muita conspiração, questões éticas e morais mas não é nada mais do que uma realidade que tem tendência a tornar-se cada vez mais presente. Num futuro próximo, mais concretamente em 2027, cerca de 25 anos após os eventos de Deus Ex, assumimos o papel de Adam Jensen, um agente de segurança privada na Sarif Industries, uma empresa de biotecnologia especializada em "augmentations" em seres humanos, ou se preferirem em bom Português, aumentos ou próteses xpto. Apesar de humano, é "forçado" a ser um augmented após um ataque à empresa que o deixou em bastante mau estado. E assim começa esta trama que em muito se assemelha a Ghost in the Shell ou até mesmo Blade Runner, não só pelo ambiente mas também por todas as questões que coloca.

O respectivo conteúdo.
Lembro-me que pouco tempo antes do jogo sair e até mesmo depois, corria um trailer pelas internetes que deixava todos boquiabertos com a qualidade visual. Como é de calcular era em CG e não grafismo in-game mas ainda assim mostrava que Deus Ex HR tinha uma equipa que sabia o que fazia. E neste campo posso afirmar que o CG é de facto muitíssimo bom. Mas mais importante são os visuais in-game serem igualmente bons, sobretudo porque conseguem conferir um ambiente brutal com todo aquele requinte e encanto do cyberpunk, que tal como referir acima, me levam a deambular mais uma vez pelas memórias latentes de Ghost in the Shell e Blade Runner, certamente dois pontos fortes de referência na concepção deste jogo. Passear pelas cidades e demais localizações do jogo é uma experiência fabulosa pois somos presenteados com um festival de luz e cor extremamente bem conseguido e com um balanço subtil entre  uma atmosfera flashy e outra gloomy. Algo que é necessário dada a natureza do jogo em si. As personagens destacam-se bastante umas das outras, cada qual com os seus pormenores, mas todas elas bastante bem animadas.

O artbook.
A sonoridade é também um ponto de referência onde a música vai e vem consoante a situação, adaptando-se e proporcionando a ambiência ideal. Por algum motivo teve diversas nomeações para os BAFTA e Spike TV VGA, entre outros. Importante é também a utilização dos efeitos sonoros, coisa que neste jogo é feita com bastante competência e precisão, visto tratar-se durante grande parte do tempo de um jogo onde o stealth é o nosso melhor amigo. E digamos que na dificuldade máxima, os inimigos tendem quase a ter audição de morcego. Para além disso, o voice acting é algo que predomina com qualidade ao longo de toda esta experiência com muitas e muitas conversas para serem ouvidas, visto quase todas as personagens terem algo a dizer, com mais ou menos pertinência para o caso. E há conversas longas, bem longas mas não tão extensas como as que o senhor Kojima nos presenteia de vez em quando, se é que me percebem.

O senhor Jensen a posar.
Onde realmente Deus Ex HR me deixou completamente rendido foi na jogabilidade, mais concretamente na mecânica e todos aqueles pequenos pormenores que o tornam delicioso. Pode parecer um FPS, por se jogar na primeira pessoa mas desenganem-se pois não o é. Aliás, jogá-lo a pensar que é um FPS é um erro tremendo pois nem sequer vai resultar muito bem. O controlo é feito na primeira pessoa e a acção idem aspas, o que engloba disparar e abordar inimigos mas não é forçoso que assim seja pois basta utilizar o sistema de cover deste jogo, para passarmos para a terceira pessoa e assim termos uma perspectiva do senhor Jensen. O próprio jogo incita a que sejamos discretos e recompensa-nos por isso. Entrar à Captain Price aqui não nos traz glória, quanto muito traz-nos um ecrã de retry. Entrar à Solid Snake (ou Sam Fisher se preferirem), traz-nos um gostinho especial e um gozo tremendo de passar um complexo cheio de inimigos sem uma única alminha ou máquina dar pela nossa presença. Deus Ex HR é isto, stealth no seu melhor.

Uh-oh! Parece que entrámos na festa errada.
E como conseguiram? Não complicaram aquilo que é simples! E obviamente, muniram Adam dos gadgets e augmentations necessárias para o trabalho. Tudo isto pode ser adquirido em sítios específicos como NPC's que negoceiam no mercado negro de armas, ou clínicas onde podemos modificar as nossas augmentations. Para tal ganhamos experience points que podemos depois trocar por Praxis Kits para o efeito. As armas podem ser modificadas e disparam vários tipos de munição, pelo que devemos gerir bem o nosso stock de acordo com a situação. As augmentations disponíveis permitem-nos modificar Adam consoante o nosso estilo de jogo, seja ele entrar em confronto directo ou entrar de mansinho, hackar os computadores todos e sair sem deixar rasto. A nossa vida regenera sem auxílio de medkits, até certo ponto pelo que dá sempre jeito trazer algo que lhe dê algum boost, caso as coisas dêem para o torto. À semelhança de outros jogos do género, podemos matar tudo ou simplesmente sermos o ser mais pacífico à face da terra e não tirar a vida a ninguém.

Um menu que vamos ver muitas vezes.
A exploração é um dos pontos fortes de Deus Ex HR pois as diversas cidades e demais localizações, sejam elas Detroit, Hengsha (cidade fictícia perto de Shangai), Montreal ou Singapura, estão cheias de pequenos segredos, isto para não referir todos os interiores dos demais cenários. Embora seja percorrida por um fio condutor, a história vai-se desdobrando em várias side quests que podemos ou não fazer, mas que influenciam eventos futuros e a relação com certas personagens. Algumas side quests estão dependentes das Social Battles, outro dos grande atractivos na mecânica de Deus Ex HR. Estas basicamente traduzem-se em longas conversas onde vamos ter de dar certas respostas ou fazer certas perguntas, tendo sempre em consideração a disposição, temperamento e relação que a personagem tem para connosco. Como é de calcular, de início poderá não ser pêra doce conseguir os resultados que desejamos, mas com as augmentations que vamos desbloqueando vamos tendo ajudas adicionais que nos permitem ler melhor a pessoa e as suas reacções levando-nos assim a um desfecho mais favorável. Este é sem dúvida um dos pormenores que mais gostei.

Decisões complicadas.
Atravessar o mundo de Deus Ex HR é uma tarefa que vai demorar à vontade mais do que 12 horas, muito mais sobretudo se quiserem ver e fazer tudo o que é possível no jogo. Mais ainda se forem daqueles teimosos (como eu) que querem apanhar os troféus todos depois de terem terminado o jogo a primeira vez. Os deste jogo requerem algum tempo e paciência, apesar de não serem difíceis. Existe ainda um DLC intitulado The Missing Link, com cerca de mais 5 horas de jogo e que colmata o período de tempo onde Adam viaja de Hengsha para Singapura. Infelizmente não o joguei. Aconselho vivamente jogarem-no na dificuldade máxima pois torna a experiência bem mais tensa e interessante. A versão a jogar cabe-vos a vocês escolherem pois existe em tudo quanto é plataforma, a um preço estupidamente acessível (já o vi a 4 euros para PC) e agora com a nova Director's Cut, também disponível na WiiU e restantes plataformas, é difícil passar ao lado. Esta corrige algumas falhas do original, inclui o DLC e melhora alguns dos visuais. Portanto, e sem mais demoras, resta-me dar-lhe o selo de JOGALHÃO DE FORÇA!

Brevemente, um dos primeiros títulos para a PS2 vai aparecer por aqui. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Rectificando o que disseste da versão PC, está a 3€ na Mediamarkt de Alfragide já há uns bons meses e ainda tem lá bastates, pelo que é um jogo imperdível.
    Agora tempo de o jogar é que é outra conversa...

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