4 de fevereiro de 2014

DmC - Devil may Cry


Dante em destaque.
Desenvolvido por: Ninja Theory
Publicado por: Capcom
Director: Tameem Antoniades
Produtor(es): Motohide Eshiro, Alex Jones
Designer: Alessandro Taini
Argumentista: Tameem Antoniades
Compositor(es): Noisia, Combichrist
Motor gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 15-01-2013 (EU/EUA), 17-01-2013 (JP)
Género: Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: BluRay
Funcionalidades: Instalação no disco rígido da consola (2467MB), Gravação de progresso no disco rígido da consola, Suporte HD 720p, Compatível com DualShock 3, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes, faltando apenas mais uma ronda em Hard para garantir a platina.

(Está frio e continuo a não gostar.)

É mesmo isso!
A palavra reboot é certamente algo que já leram e ouviram um pouco por todo o lado, especialmente se passarem o dia de volta de um computador. Mas quando aplicada noutro contexto como por exemplo no cinema ou nos videojogos, tanto pode ser sinónimo de coisa boa como coisa do demónio. No caso do jogo que trago até aqui hoje, fez correr muita tinta por essas internetes fora, com os fãs mais acérrimos da saga a ficarem piursos da vida devido às óbvias e necessárias mudanças. DmC - Devil may Cry marca assim o merecido reboot que muitos continuam a dizer que não era necessário e conseguiu surpreender-me pela positiva pois eu também não estava muito satisfeito com algumas das mudanças. Mas lá me conformei. Este exemplar chegou à colecção oriundo de uma loja online algures em 2013, por cerca de 20 euros, uns meses após o seu lançamento.


Manual, papelada e disco.
DmC começa por nos introduzir um novo Dante, com um visual completamente diferente daquele ao qual nos habituámos ao longo destes anos todos. Um visual que, contudo, não agradou a grande percentagem dos fãs da série, devido à sua temática um tanto emo e bastante arrogante, diga-se de passagem. Mas o interessante no meio disto tudo, é que funciona e consegue aquilo que realmente a Capcom estabeleceu como premissa para este jogo: aproximá-lo da realidade ocidental e distanciá-lo das suas raízes orientais. Mas o que realmente interessa é a história e esta é nada mais nada menos que uma reinvenção da história do primeiro jogo, aproveitando algumas das personagens e descartando outras. O mundo é controlado por demónios sem que os humanos saibam disso, ou pelo menos grande parte deles não sabe. No meio destes pérfidos seres está Mundus, dono e senhor de tudo, mestre na lavagem cerebral que assola Limbo City pelo que existe uma organização que dá pelo nome de The Order, liderada por Vergil cujo objectivo é expor estes demónios perante o mundo. É assim que após encontrarem Dante, com a ajuda de Kat, uma rapariga que consegue ver o Limbo com os seus poderes, vão tentar por tudo acabar com esta pouca vergonha.

À roda, à roda...
Visualmente, DmC é um jogo bonito apesar das aparentes imperfeições que apresenta tais como algumas texturas low res e as sombras não serem da melhor qualidade mas isso é algo que nota em grande parte dos jogos de PS3. Ultrapassadas estas pequenas inconveniências, DmC é daqueles jogos em que paramos para apreciar o design dos níveis porque estes está recheados de pequenos pormenores que nos saltam à vista, já para não referir algumas influências oriundas de certos e determinados filmes. O jogo decorrer todo na cidade, tanto em exteriores como em interiores, com algumas incursões por planos mais demoníacos, algo que facilmente se reflecte na arquitectura. Não só bonito de se ver, é também bastante fluido embora corra apenas a 30 frames, algo que poderá ser negativo para alguns mas que em nada afecta a acção do jogo. Os 60 frames só mesmo na versão de PC. As animações das personagens e demais inimigos estão também bastante bem conseguidas não apresentando qualquer tipo de falhas relevantes.

Já fizemos isto muitas e muitas vezes.
Mantendo a boa tradição da saga, a banda sonora de DmC é composta por um misto de música electrónica a tender um pouco mais para o pesadote, tendo estado a cargo de grupos como Noisia e Combichrist, sendo que não sou particularmente apreciador deste último mas, de facto, tiro-lhes o chapéu quando se trata das composições presentes no jogo. A sonoridade de ambos encaixa perfeitamente no ambiente e na acção de DmC, sendo um deleite para o nosso sentido auditivo. Não só boa é a música como também todo o voice-acting das personagens envolvidas, com um Dante muito cocky, sempre a provocar inimigos revelando o melhor (ou pior) destes. Notei que há mais palavreado obsceno do que em qualquer outro dos títulos da série e creio que isso reflecte também um pouco desta ocidentalização pretendida.

Obesidade? Qué isso?!
Mas DmC brilha é na sua jogabilidade. Neste campo, a Ninja Theory provou ter estudado bem os antigos e conseguiu acertar em cheio naquilo que realmente interessa num jogo. O controlo é muito semelhante aos jogos antigos, com espadada, tiros e dodges, proporcionando uma rápida aprendizagem dos movimentos base mas com um grau exponencial de dificuldade no que toca a aprender os combos mais espalhafatosos. Contudo, podemos ir trocando as nossas armas on-the-fly, sendo estas a nossa espada Rebellion, um machado demoníaco que dá pelo nome de Arbiter e uma foice angelical chamada Osiris. E com estas duas últimas surge uma das novidades: o Demon Mode e o Angel Mode que basicamente formam grande parte da base do jogo. Um aposta na força bruta e outro aposta na defesa e velocidade, introduzido outros movimentos como o Demon Pull e o Angel Lift que nos permitem puxar inimigos e objectos, ou ir ter com eles, respectivamente.

Dante é mesmo uma meretriz do social.
Contudo isto não se fica por aqui, pois ainda podemos usar as Eryx, umas luvas do inferno que permitem combos brutalmente esmagadores ou as Aquila, um par de lâminas angelicais para combos estupidamente rápidos. Digamos que isto tudo misturado e devidamente encadeado proporciona alguns dos momentos mais gratificantes neste jogo. Mas Dante também é conhecido pelo seu arsenal bélico e não podia deixar de fora as suas Ebony & Ivory que sempre ajudam a intercalar os ataques o simplesmente a evitar que sejamos atingidos por um inimigo sorrateiro. Se preferirem, a Revenant é uma boa opção para close quarters ou não fosse esta uma caçadeira, ou então a Kablooey, uma pequena pistolinha que dispara dardos, os quais podemos detonar à distância. A mecânica do jogo em geral é um pouco como os antigos, estando este dividido em vários níveis, com algum backtracking, lutas com bosses enormes (e até caricatos), a sua dose de puzzles (bastante inferior à dos jogos anteriores), evolução da personagem e demais armas/habilidades e os habituais segredos. As diferentes dificuldades ajustam-se na perfeição a todo o tipo de jogadores, com as mais elevadas a debitarem diferentes ondas de inimigos para surpreenderem até os mais batidos.

O par de Dante no baile de finalistas.
E pronto, DmC é isto mesmo. Um reboot que surpreendeu bastante e se tornou num dos melhores jogos do género nesta geração. Se ansiarem por mais sempre podem gastar alguns trocos no DLC intitulado Vergil's Downfall, sendo que este dá continuidade ao final do jogo. Ou então tiram à borla o Bloody Palace e andam horas a bater em hordas de inimigos para vosso grande contentamento. Recomendo a versão de PC por ser tecnicamente superior e correr a 60 frames mas as de consola também fazem o trabalho bem feito. E assim sendo, este DmC é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Volto brevemente, outra vez na PS3 com um exclusivo de peso.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

2 comentários:

  1. Sou obrigado a discordar. Achei esse novo Dante sem personalidade. Sem falar nos diálogos escrotos do jogo. Sem falar do clichê "isso vc quebra com arma de anjo pq é do mal e isso vc quebra com arma de demônio pq é do bem". Pff

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    1. Bem, é a tua opinião e não te posso convencer do contrário. :)

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