16 de junho de 2014

Siren: Blood Curse

Capa vermelhinha...
Desenvolvido por: Project Siren (SCE Japan Studio)
Publicado por: Sony Computer Entertainment Inc.
Director: Keiichiro Toyama
Produtor: Takafumi Fujisawa
Artista: Isao Takahashi
Argumentista: Naoko Sato
Compositor(es): Hitomi Shimizu, ikd-sj
Motor gráfico: Havok Physics
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 24-07-2008 (PSN - EUA e EU, PS3 - JP), 31-10-2008 (PS3 - EU), 11-12-2008 (PSN - JP)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação no disco rígido, Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Compatível com Sixaxis, HD 720p
Outros nomes: (サイレン:ニュー トランスレーション - Siren: New Translation) (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e chega.

(A praia tem estado óptima e recomenda-se.)

Informações habituais.
Já é conhecida a minha predilecção pelo género Survival Horror caso sejam frequentadores assíduos aqui do blog. Como tal, hoje trago um jogo do género, jogo este que passou ao lado de muito boa gente. O mesmo é uma espécie de remake do original que foi lançado na PS2 e dava pelo nome de Forbidden Siren. Este mudou o nome para Siren: Blood Curse, tendo sido inicialmente lançado apenas na PSN sob a forma de episódios que podiam ser adquiridos em pacotes ao longo de várias semanas. Por fim, após o lançamento de todos, lá lançaram o jogo em formato físico para gáudio dos adeptos do suporte físico. O jogo é um tanto ou algo incomum nos tempos que correm e este exemplar foi adquirido em segunda mão por cerca de 12 euros, algures no Verão de 2013. Está impecável, quase como se nem tivesse tido uso.


Manual e disco.
Siren: Blood Curse começa com uma história tenebrosa que aborda a aldeia de Hanuda, nas montanhas do Japão, que segundo reza a lenda, desapareceu em 1976. As circunstâncias são no entanto bastante estranhas e quem lá morre regressa à vida como Shibito, uma espécie de morto-vivo. A trama é seguida sob a perspectiva de várias personagens, começando por uma equipa de televisão americana que lá se encontra a fazer um documentário sobre o sucedido, passando por alguns nativos da região, uma família americana e até outras personagens mais obscuras. Não é propriamente a história mais interessante de sempre mas até certo ponto cumpre o seu propósito.

Um idílico inlay.
Lembro-me de ter jogado a demo deste jogo logo nos primeiros dias em que tive a minha primeira PS3 e uma das coisas que me agradaram desde logo foram os gráficos. São escuros, grotescos, de certa forma até rudes mas conferem o ambiente perfeito ao jogo e no que toca a personagens, estas estão bastante boas visualmente, com animações decentes e uma fluidez sem percalços. Ao final destes anos todos, continuo a achar que visual este Siren: Blood Curse mantém o nível, embora já se note a idade em certos aspectos.

Pára ou o Papá dispara!
Sonoramente, este jogo é bem capaz de proporcionar uns valentes sustos aos mais susceptíveis. A componente sonora é muitíssimo boa, mantendo o jogador sempre em alerta e transmitindo uma boa sensação de terror quando assim é necessário. Não é que isto tenha tido efeito na minha pessoa mas para o jogador normal, vai certamente produzir resultados. Os Shibito são no mínimo arrepiantes. O voice-acting é aquilo a que se chama um mixed bag, tem algumas partes boas, outras nem por isso. De notar que tanto falam em inglês como em japonês, dependendo das personagens e isto é algo que fica sempre bem num jogo. A música passa bastante despercebida durante a maioria do tempo mas quando resolve dar um arzinho da sua graça, desempenha o seu papel correctamente.

Sight jacking done wrong...
Seria de esperar que este título seguisse o original mas de facto vai buscar mais à sequela do que outras coisa. O jogo é composto por 12 episódios, onde seguimos a história segundo a perspectiva de diversas personagens, todas elas ligadas por pontos em comum, sendo que estes episódios tanto são paralelos como se intersectam a dada altura, em termos de desenvolvimento da trama. A mecânica do jogo aposta essencialmente em não sermos detectados pelos Shibito, portanto, obriga-nos a assumir uma postura de Solid Snake. Por norma as personagens começam a sua aventura desarmadas, tornando-as alvos fáceis pelo que devemos procurar por armas ao longo da nossa demanda, armas estas que se traduzem em vários objectos do quotidiano até às habituais armas de fogo. Contudo só podemos levar uma arma de cada vez e no caso das armas de fogo, não há miras no ecrã para nos ajudar a apontar, bem como a munição é muito escassa.

Bella joga às escondidas.
Mas o ponto mais interessante do jogo é sem dúvida o Sight Jacking, uma habilidade inerente a todas as personagens, que nos permite ver através dos olhos dos Shibito. A parte boa é que o ecrã se divide em dois, dando-nos a perspectiva do inimigo mas deixando-nos prosseguir com a nossa personagem, permitindo assim várias abordagens estratégicas. Os Shibito são praticamente imortais e o confronto com estes deve ser feito apenas em último recurso, sendo que a única coisa que os mete a "dormir" permanentemente são as armas de fogo. Para evitarmos estes confrontos devemos não ser visto e aproveitar tudo quanto seja sítio onde nos possamos esconder. No caso de Bella, uma criança, é imperativo que isto aconteça senão é Game Over directo. O jogo disponibiliza ainda uma opção denominada Archives, onde podemos ir vendo todas as armas, gravações de áudio, vídeos e documentos que vamos recolhendo ao longo da aventura, sendo que alguns obedecem a certos parâmetros dentro de um episódio.

"Sair do armário", não é propriamente isto.
Isto teria piada de recolher tudo se o jogo tivesse troféus, algo que não está presente e que na grande maioria dos casos invalida uma segunda playthrough pois não ganhamos nada de especial em revivermos a trama novamente. Por outro lado, à semelhança de outros jogos da PSN lançados em suporte físico, o jogo tem de ser instalado obrigatoriamente no disco rígido, algo que não faz sentido algum e só vai ocupar mais uns 4GB. Porém, hoje em dia isso já não é problema.

Embora não seja perfeito dentro do género, Siren: Blood Curse é daqueles jogos que pode proporcionar alguns bons momentos de tensão, sobretudo para os facilmente impressionáveis. De resto, não há muito mais a salientar excepto o facto de ser um JOGALHÃO DE FORÇA! Mas isso já vocês calculavam.

Em breve regresso com um jogo sobejamente conhecido dos PC's, na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário:

  1. O sight jacking em split screen parece-me muito bem!
    Mas de resto pelo que dizes parecem-me ter "americanizado" muita coisa, vou passar longe.

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