24 de setembro de 2014

Super Mario Land 2: Six Golden Coins

Artwork brutal!
Desenvolvido por: Nintendo R&D1
Publicado por: Nintendo
Director(es): Hiroji Kiyotake, Takehiko Hosokawa
Produtor: Gunpei Yokoi
Compositor: Kazumi Totaka
Plataforma(s): Nintendo Game Boy, 3DS Virtual Console
Lançamento: 21-10-1992 (JP), 02-11-1992 (EUA), 28-01-1993 (EU)
Género: Aventura, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 4-megabit
Funcionalidades: 3 slots para gravação de progresso no cartucho
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o imensas vezes.

(escrever algo aqui)

Sem autocolantes fatelas.
Nos anos 90 era comum ver Game Boy's por todo o lado. Onde quer que fossemos, havia sempre alguém, na sua grande maioria miúdos, com um. E percebe-se este fenómeno de popularidade, pois a consola em questão tinha tudo para ser um sucesso, incluído claro está, excelentes jogos. A Sega também estava nesta frente com a sua Game Gear, tecnicamente superior segundo eles, mas a verdade é que hoje o meu Game Boy ainda funciona a 100% e a Game Gear precisa de condensadores novos. Mas adiante. Esta lengalenga toda serve apenas para apresentar o jogo de hoje, Super Mario Land 2: Six Golden Coins, um dos melhores títulos do canalizador que tive o prazer de jogar e agora manter na colecção. Apesar de o ter jogado até à exaustão quando era miúdo, só algures em 2013 é que consegui arranjar um exemplar completo e em óptimo estado, através do eBay por cerca de 20 euros.


Cartucho, manuais e papelada.
Como todos os títulos da saga Mario, este tem uma história. Contudo não envolve andar a resgatar princesas como aconteceu nos títulos anteriores. Nesta iteração a história é bastante diferente. Enquanto Mario andava pelas terras de Sarasaland atrás da princesa Daisy, um vilão de nome Wario apoderou-se de toda a Mario Land colocando os seus habitantes sob um feitiço e apoderando-se do castelo de Mario. Como seria de esperar, ao regressar da sua demanda, Mario vê-se atacado pelos seus conterrâneos e percebe que é hora de se fazer à estrada e recuperar o seu espólio, nomeadamente as seis moedas que os bosses de cada zona têm, para abrir a porta do seu castelo. Este é também o primeiro jogo onde Wario aparece, tornando-se depois no meu antagonista favorito com alguns dos melhores jogos de plataformas que a Nintendo produziu.

Ratos malvados...
Visualmente estamos perante um dos melhores títulos no Game Boy. Super Mario Land 2 é um salto brutal daquilo que vimos no primeiro jogo, apresentando agora um grafismo excelente onde os sprites são enormes e facilmente reconhecíveis, extremamente bem animados e acima de tudo com bastante detalhe, oscilando um pouco entre os visuais de Super Mario Bros. 3 e Super Mario World. Obviamente, e apesar de se tratar de um cartucho de 4-megabit, existe um pouco de slowdown quando há muitos sprites em simultâneo no pequeno ecrã embora não atrapalhe a acção. Estamos também perante um jogo variado a nível cénico, pois o mesmo é composto por diversas áreas cada qual com a sua temática.

Mario tem muito por onde andar.
Quem é fã de Mario rapidamente reconhece o nome Kazumi Totaka como um dos mais sonantes nesta área pois o senhor para além de ter composto para imensos jogos Nintendo, tem por hábito esconder a sua música conhecida por Totaka's Song dentro de alguns. Bom, ainda que não seja o caso neste título, pelo menos que se saiba, a banda sonora composta é muito boa, com músicas catchy e bastante memoráveis ao ponto de ainda hoje as cantarolar sem dar conta. Os efeitos sonoros também são um passo acima daquilo que vimos no jogo anterior, com muita variedade e sem se tornarem enfadonhos ou irritantes.

Um boi na gelatina...?! WTF?!
No departamento jogável, a clássica fórmula continua a ser utilizada e resulta na perfeição. O controlo é preciso, sem grandes dificuldades e processa-se da mesma maneira que outros jogos da série. Como é de calcular, existem novidades e diferenças. Mario continua a fazer uso do Super Mushroom, Fire Flower e Starman mas conta agora com a Magic Carrot, que lhe dá umas orelhas de coelho e lhe permite não só saltar mais alto mas também flutuar por algum tempo se premirmos repetidamente o botão correspondente. Contudo, este powerup sacrifica a habilidade de executar o salto em rodopio, reminiscente de SMW, que pode ser executado ao saltar e premir baixo no D-pad quando estamos em Super Mario ou Fire Mario. Por outro lado, existem blocos somente destruíveis com fogo e as vidas são agora representadas por corações em vez de cogumelos, devido à palete monocromática do Game Boy. Mario conta ainda com um fato de astronauta exclusivo de uma das zonas. É também possível fazer panning para cima e para baixo quando estamos parados, permitindo-nos ver o que está por cima ou por baixo de Mario, algo que é particularmente útil na hora de saltar para o vazio.

O regresso de um velho conhecido!
O que realmente mudou bastante face ao jogo anterior foi o facto de agora contarmos com um mapa mundo, onde podemos mover-nos entre as diferentes áreas, começando pela que mais gostarmos. Estas áreas são: Mario Zone, Tree Zone, Pumpkin Zone, Macro Zone, Turtle Zone, Space Zone e por fim Mario Castle. No total existem 32 níveis por explorar mais os níveis secretos para os mais persistentes, sendo que no final de cada área temos um boss diferente para derrotar. No meio disto surgem mini-jogos no final de cada nível que nos permitem ganhar powerups e vidas, se tivermos sorte e ainda uma pequena zona no mapa que nos permite utilizar as nossas moedas em slot machines com diversos valores. Uma delas, custa 999 moedas e podemos ganhar 99 vidas. Porém, o jogo é bastante fácil, diria mesmo o suficiente para nem sequer termos de gastar moedas nisto pois os mini-jogos de final de nível por norma dão-nos sempre 3 vidas se acertarmos com o timing.

Mario é tão rico quanto as princesas.
Já deu para ficarem com uma boa ideia do quão bom Super Mario Land 2: Six Golden Coins realmente é. Apesar de ser fácil é surpreendentemente viciante e divertido, dando para repetir a dose várias vezes e acima de tudo, provando que a Nintendo sabe mesmo como fazer excelentes jogos de plataformas. Quanto a mim, este é um dos meus favoritos e só por isso é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: pinguins condenados a uma vida de escravidão e dor na PSP. 

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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