1 de outubro de 2014

Skate or Die: Bad 'N Rad

Estas capas da Konami são bestiais.
Desenvolvido por: Konami
Publicado por: Konami (EUA), Palcom Software (EU)
Compositor: Hidehiro Funauchi
Plataforma: Game Boy
Lançamento: Setembro de 1990 (EUA), Algures em 1990 (EU)
Género: Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 1-megabit
Funcionalidades: Nenhuma
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o bastantes vezes após conseguir dominar o controlo.

(Este tempo africano dá cabo de qualquer pessoa...)

Informação sempre útil.
Nos anos 90 qualquer coisa que envolve skate era fixe. Se soubéssemos andar de skate éramos os maiores da escola, da rua e até quem sabe, do mundo. Eu bem tentei andar de skate mas aquilo não era para mim por isso, dediquei-me à patinagem. Pelo menos com quatro rodas extra apanhei-lhe os jeito e safava-me lindamente. Porém, não era suficientemente fixe o que me levou a jogar jogos de skate, os poucos que existiam na época. E depois de experimentar um pouco, lá encontrei um em que me tornei bom e passei a ser fixe. Esta história toda, ainda que um pouco exagerada da minha parte para divertimento de quem lê, serve para introduzir o jogo de hoje: Skate or Die: Bad 'N Rad. Um jogo diferente do que estava à espera mas que ficou eternamente na memória por vários motivos. Embora o tivesse jogado imenso em puto, este exemplar só chegou à minha colecção em 2013, oriundo do eBay por menos de 20 euros, completo e em muito bom estado.


Manuais, cartucho e ficha do Club Nintendo.
Era comum os jogos de skate nos anos 90 terem quase todos o mesmo aspecto. Um half pipe onde andávamos a tentar fazer manobras. O Skate or Die original era um pouco assim com mais uns níveis de competição pelo meio. Mas a Konami, tendo ficado com os direitos para fazer as versões de consola (todas as outras eram da Electronic Arts), decidiu fazer algo diferente da versão NES, quando chegou a altura de passar para o Game Boy. O resultado foi Bad 'N Rad, um jogo de skate com plataformas e uma história. Não muito original, diga-se de passagem. Apostando na cultura hip 'n cool dos anos 90, começamos com o rapto da Miss Aerial, filha do maior campeão de skate da Costa Oeste. O responsável por isto é El Rad (nome original...), um vilão que quer dominar a mente dos melhores skaters dos Estados Unidos, quiçá do mundo. Cabe-nos a nós, o herói anónimo que por acaso é o fã número 1 de Miss Aerial, resolver o problema.

No fundo da rampa há sempre um buraco.
Para um jogo que surgiu no início de vida da consola, Bad 'N Rad apresenta uns visuais bastante simples e não muito detalhados, algo que era normal nos primeiros jogos da Konami. Ainda assim, os sprites são funcionais e os bosses sobretudo, são vistosos. Isto a troco de algum slowdown, como seria de calcular mas no geral a acção é bastante fluída e rápida. A variedade em termos de cenários não é muito grande pois tudo está inserido num ambiente muito urbano.

A música é provavelmente um dos melhores pontos deste jogo pois é bastante agradável e fica-nos na memória por algum tempo. Neste departamento tiro o chapéu ao senhor Hidehiro Funauchi. Já os efeitos sonoros são redundantes e alguns reciclados do catálogo da Konami, algo que após jogarmos alguns títulos, é impossível não notar.

Um dia normal junto à costa.
Se há alguma coisa que Bad 'N Rad nos recorda é da sua extrema dificuldade. Este jogo é estupidamente difícil, daí ter apenas sete níveis. Mas são sete níveis de dor e sofrimento. Contudo, os programadores foram simpáticos em nos deixarem escolher onde começar mas só nos quatro primeiros. Os outros só ficam acessíveis nesta escolha se lá chegarmos, sem desligar a consola ou volta tudo ao zero. O design destes lembra um pouco Probotector pois temos níveis de perspectiva horizontal e outros vistos de cima. Ambos implicam reflexos rápidos e memorização de inimigos e caminho a seguir, pois one hit death são frequentes neste jogo, mesmo com uma barra de vida presente. Isto também se deve à jogabilidade, que por si só não ajuda. Controlar o nosso skater exige tempo e paciência pois ele desliza, literalmente, por estar em cima do skate. Os saltos também requerem habilidade quando toca a despachar inimigos pois estes só morrem à la Super Mario style e timing no que concerne a saltar buracos. Por outro lado, o botão B serve para nos agacharmos, algo que vamos fazer com frequência.

Uma visão rara neste jogo.
Os bosses aparecem apenas nos níveis de perspectiva horizontal e vão desde o fácil ao frustrantemente difícil. Até se apanhar a manha, pois os padrões são sempre os mesmos. Mas acredito que muito boa gente tenha desistido de tentar terminar este jogo após chegar ao nível cinco e na melhor das hipóteses ao seis que é sem dúvida o mais difícil. Uma coisa que me irrita solenemente são os créditos logo ao início do jogo, que não dão para passar à frente e fazem scroll mais lentamente do que um caracol em hora de ponta. Fora isso, é um clássico.

Este boss é literalmente um palhaço!
Embora os primeiros jogos da Konami não fossem proezas técnicas, foram certamente divertidos e acima de tudo marcaram uma época. Este Skate or Die: Bad 'N Rad foi um deles e ficou para sempre neste coração de gamer. Isso torna-o um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um JRPG na PS3 para "corrigir" outro que saiu antes.




MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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