12 de abril de 2018

Code of the Samurai

A capa não é lá muito apelativa.
Desenvolvido por: Red Entertainment / Tose
Publicado por: Sega (JP), Midas Interactive Entertainment (EU)
Artista: Nobuhiro Watsuki
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 10-02-2005 (JP), 25-05-2007 (EU)
Género: Hack 'n slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (47KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração
Outros nomes: 新選組群狼伝 - Shinsengumi Gunrou Den (JP)
Estado: Completo
Condição: Boa, com algumas marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, Normal e Hard.

(Quero sol, calor e mar.)

Em PT e espanhol.
Uma das minhas demandas no mundo videojoguístico é conseguir encontrar alguns títulos de PS2 assim mais para o obscuro, daqueles que poucos ou ninguém conhece e mais ainda nunca ouviram falar. E já fiz uma lista generosa com títulos que me parece interessantes e com qualidade suficiente para fazerem parte da minha colecção. Mas é coisa que vai demorar a completar, se é que algum dia o farei pois um ou outro jogo para além de raro começa a atingir preços pouco simpáticos para um simples jogo de PS2. Mas a grande maioria custa o preço da chuva praticamente portanto não me preocupo muito. Um caso curioso que é comum a alguns destes jogos é que só viram lançamento no Japão e na Europa, tornando-os muito mais apetecíveis a meu ver. O jogo que trago até aqui hoje é um desses mesmos, bastante obscuro por sinal e facilmente confundível com outros jogos devido ao nome ser semelhante. Este meu exemplar veio da Play 'N Play (como já vem sido hábito de há uns tempos para cá), algures entre Setembro e Outubro de 2016, por 4.95€ se a memória não me atraiçoa.


Manual e DVD.
Code of the Samurai tem um nome tão genérico que só mesmo que goste de samurais e afins é que vai olhar para a capa duas vezes. E por falar em capa, já repararam no quão preguiçosa é a arte da capa europeia que nem sequer se deram ao trabalho de colocar a personagem principal? Pelo menos isso era o mínimo que podiam ter feito mas usaram uma das secundárias (que neste caso é o líder dos Shinsengumi). E a arte da capa japonesa nem sequer é usada em parte alguma, nem no manual. Mas adiante. A trama deste jogo é baseada na história dos Shinsengumi, assim muito vagamente e com bastante liberdade criativa onde assumimos o papel de Okita Souji e contamos com ajuda do resto do grupo, na tentativa de impedir que o Japão mergulhe no caos, algo fruto de um grupo de vilões com uma agenda bastante reservada. Isto é desculpa para distribuir espadeirada por tudo quanto é sítio e para mim funciona.

Bait, Jailbait.
Embora tivesse sido comercializado como budget title, algo no qual a Midas é especialista, o certo é que Code of the Samurai apresenta visuais bastante decentes e atmosféricos, onde a variedade cénica é também bastante variada. Desde dojos, passando por cidades e castelos da época, não descurando as típicas florestas japonesas, o jogo conta com com diversos níveis se nunca nos cansarmos do que vemos. Contudo, o design dos níveis é bastante simplista, sem grandes voltas a dar ou exploração intensiva ainda que tenha a sua quota parte de coisas a descobrir. As personagens são também detalhadas o suficiente para serem bastante distintas umas das outras, sobretudo os nossos rapazes, cada um com o seu look específico, resultante do trabalho de Nobuhiro Watsuki, conhecido por Rurouni  Kenshin. Aliás, o Okita parece o Kenshin sem tirar nem pôr! Isto sem esquecer os inimigos também que aparecem em várias formas e feitios e os bosses que a meu ver estão bastante bem conseguidos (um deles é o irmão bastardo do Shishio, aposto). As habituais cutscenes desta época aparecem quando assim é requerida a sua presença. Algo que não apreciei muito foi a animação das personagens, que me parece um bocado rígida mas isso é também fruto da própria mecânica de jogo mas já lá vamos.

O Saito é sempre o maior badass.
A sonoridade de Code of the Samurai é algo que todos os jogos que se passam no Japão deviam ter. Boa música, com tons tradicionais a misturarem-se com melodias mais modernas e ritmadas, que resultam muito bem com a acção e claro, o voice acting que é todo em japonês. Não é pedir muito mas é assim que todos os jogos dentro deste tema deviam ser em vez de terem dobragens manhosas em inglês. Os efeitos sonoros também resultam muito bem, com os habituais sons das espadas, gritos e muita coisa dita em japonês durante a acção.

No mato, resolve-se tudo à espadada.
Onde Code of the Samurai pode não agradar a todos é sem dúvida na jogabilidade. Embora seja um hack 'n slash, não estamos perante algo na linha de Ninja Gaiden, Devil May Cry ou God of War. Este jogo funciona na base de fazer lock on aos inimigos e depois esperar pelo momento certo para atacar, algo que nos é indicado no ecrã através de dicas visuais. A ideia é quase sempre contra atacarmos para obter o máximo de dano possível, algo que resulta dos vários combos que podemos fazer. Estes podem ser aprendidos com a experiência que vamos ganhando nos combates ao longo dos diversos níveis, que se dividem em história e missões opcionais.

Este gajinho é bem rápido.
Os níveis podem ter diversos objectivos, desde seguir até ao boss, ou simplesmente eliminar um determinado número de inimigos. Há também alguns em que temos de achar um determinado objecto para o concluir, sendo que todos eles podem ter tempo para serem concluídos. O nosso desempenho depende não só dos combos mas também do dodges, inimigos derrotados, pérolas recolhidas e tempo que levamos a acabar um nível. No final somos recompensados e é-nos atribuído um ranking, estilo de combate e experiência. Esta pode ser distribuída por ataque, defesa e vida subindo assim o nosso nível. Outra componente interessante é que podemos levar sempre um companheiro connosco para nos ajudar quando enchermos a barra que se encontra debaixo da nossa barra de vida. Isto resulta num devastador ataque especial, que difere consoante o membro que elegermos e alguns são verdadeiros salva vidas em certos níveis. A sua utilização aumenta o seu nível de confiança connosco e assim  os ataques melhoram mais ainda.

Nope, não são lightsabers...
Embora não seja uma hidden gem, Code of the Samurai é um jogo bastante curioso, com uma jogabilidade peculiar que requer um bocado de habituação para se tirar o melhor partido possível pois de outra forma o jogo torna-se difícil e frustrante, sobretudo em Hard. Se forem fãs de samurais e afins, dêem-lhe uma oportunidade e pode ser que se surpreendam (mas não criem demasiadas expectativas). Com isto, temos presente mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um clássico de NES, em 3D na 3DS.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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