21 de fevereiro de 2019

Far Cry 4

O vilão de serviço em destaque.
Desenvolvido por: Ubisoft Montreal, Ubisoft Toronto, Red Storm Entertainment, Ubisoft Shanghai, Ubisoft Kiev
Publicado por: Ubisoft
Director(es): Alex Hutchinson, Patrik Méthé
Produtor(es): Cedric Decelle
Artista: Jean-Alexis Doyon
Argumentista(s): Mark Thompson, Li Kuo, Lucien Soulban
Compositor: Cliff Martinez
Plataforma(s): PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox360, Xbox One, PC
Lançamento: 18-11-2014 (Lançamento Mundial)
Género(s): Action-Adventure, First-person shooter, Open world
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Co-op para dois jogadores em splitscreen e Multiplayer online até 10 jogadores, Editor de mapas
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação de 10.5 GB no disco rígido, Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, HD 720p, 1080i e 1080p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e penso que chega. Platina alcançada.

(Fun fact: na série Seinfeld, há um Super Homem algures em todos os episódios. Also, os screenshots são de PS4.)

Em espanholês.
Provavelmente já vos aconteceu seguirem uma determinada saga de jogos e ao final de uns quantos chegarem a um ponto de saturação tão elevado que simplesmente desistiram de continuar a seguir a mesma. Aconteceu-me com Assassin's Creed, que a meu ver atingiu o topo com o Brotherhood (e com o II para não ser injusto) mas depois tornou-se tão enfadonha com o Revelations que desisti de jogar os restantes, embora tenha noção que há pelo menos dois que são decentes. Mas esgotei o limite de paciência para essa saga e do que vou vendo e lendo, aquilo não evoluiu muito e a história é a maior trapalhada de sempre. Mas não vou comentar acerca disso mas sim de outra saga, que apesar de ser uma aventura a cada jogo, também estagnou e levou-me a desistir da mesma após o quarto jogo, que é o que aqui apresento hoje. Este exemplar foi adquirido na Fnac do Almada Fórum, tendo custado algo como 29.90€ algures entre Julho e Agosto de 2015.


Papelada, manual e disco.
Far Cry 4 é mais um episódio nesta série que não tenta minimamente ser diferente do anterior a não ser a nível cosmético e introduzindo uma ou outra coisa nova que não é de todo relevante para justificar um full price neste jogo. Mas saiu a full price, essa é que é essa, com várias edições à escolha para espremer bem o consumidor alheio a tudo isto mas que se deixa encantar por uma caixa grande com montes de tralha lá dentro. A história leva-nos até Kyrat, uma zona ficcional na região dos Himalaias, onde decorre uma guerra civil entre o exército de Kyrat controlado pelo demente Pagan Min e um grupo de rebeldes chamado Golden Path. A nossa personagem, Ajay Ghale, é apanhado no meio disto tudo onde somente queria depositar as cinzas da mãe na sua terra natal mas agora vai ter de tomar uma decisão e resolver o problema pelas suas próprias mãos.

Só gente manhosa.
Visualmente não achei que houvesse grande diferença do jogo anterior para este mas o certo é que Far Cry 4 consegue ser superior neste campo proporcionando um grafismo bonito e muito detalhado, fazendo uso de diversos efeitos visuais e com uma performance decente (30 frames) considerando o hardware datado onde corre. Para uma PS3 penso que este jogo esteja mesmo a esticar as coisas o máximo possível. Contudo é tudo muito semelhante ao anterior pois o design open world segue a mesma base com locais vastos a explorar, outposts com inimigos e bases de dimensão maior que podemos ou não atacar, consoante a nossa disposição. Os pormenores são mais que muitos e é daqueles jogos que dá gosto apreciar com calma visto que o resto já sabemos como se desenrola. As animações das personagens, sobretudo as faciais estão muitíssimo boas e isto é algo que perdura ao longo da acção. Longe vão os tempos daquele desastre em consola chamado Far Cry 2.

Cai fora bicho do demónio!
Tal como se viu, ou nesta caso ouviu anteriormente, Far Cry 4 utiliza uma banda sonora dinâmica com diversos temas que se fazem sentir nas cenas mais tensas, de história ou acção, deixando o som ambiente tomar o palco durante todo o resto do tempo o que, como é óbvio, proporciona um ambiente mais realista e adequado. O som no geral é excelente, com imensos efeitos sonoros dos mais diferentes tipos e este tem um papel fundamental na acção, sobretudo se andamos no meio do mato e há bicheza selvagem por perto. É sempre giro e horrível ao mesmo tempo ouvir o rugido de um tigre e não fazer puto de ideia onde ele se encontra para descobrir que estava atrás de nós. Tiros e explosões incluídos, tudo funciona de forma competente e sem problemas. O voice-acting continua a ser um ponto forte da série com sólidas performances por parte dos actores e com destaque para Pagan Min, que é daquelas personagens que por mais malvado que seja é impossível não se simpatizar com a sua causa. E curiosamente esta é inspirada em personagens de filmes japoneses, tais como Ichi The Killer e Brother, algo que notei desde cedo.

They see me flyin'...
Mas quanto a mim, Far Cry 4 podia ter sido melhor e diferente na parte que compreende a mecânica, design e jogabilidade. O jogo é virtualmente idêntico ao anterior, com um controlo igual em praticamente todos os aspectos, seja em exploração ou combate, um sistema de upgrades semelhante, literalmente o mesmo tipo de quests e por aí fora. Algumas novidades incluem um veículo de nome Buzzer que não é mais do que um mini helicóptero e permite tornar as coisas mais interessantes pois a voar consegue-se obter uns resultados giros, seja a explorar ou a combater. Por outro lado, introduziu algo que sempre prezei: a habilidade de podermos pegar nos corpos e escondê-los, algo que torna as partes de stealth muito melhores, sobretudo se andamos a matar tudo com armas brancas. E por falar em armas, o mesmo sistema se aplica aqui, com diversos tipos de armas e complementos que podemos ir desbloqueando e comprando à medida que progredimos.

Rebentar coisas é sempre divertido.
O meu problema com este jogo é que achei tudo tão igual que mais parecia estar a jogar uma enorme expansão de Far Cry 3. As missões são mais do mesmo, as side quests são literalmente as mesmas onde atacamos outposts, subimos a antenas para desbloquear o mapa, caçamos animais com recompensas específicas, andamos a conduzir de um lado para o outro, se for caso disso temos imensos collectibles para descobrir e pouco mais do que isto. É exactamente a mesma fórmula com uma pintura nova. E foi isto que me fez ficar farto da série, por agora. Existe ainda um modo multiplayer online de nome Battles of Kyrat, que não experimentei porque como já devem saber não sou fã, um modo co-op chamado Guns for Hire onde dois jogadores podem explorar o vasto mundo de Kyrat e fazer coisas em conjunto e ainda um Map Editor que permite criar e partilhar mapas. Curiosamente o modo co-op dá para jogar com amigos que não tenham o jogo.

Ataque à fortaleza.
Embora Far Cry 4 seja um bom jogo, a meu ver repetiu demasiado a fórmula e fez-me desistir desta série por não inovar muito onde devia. A experiência que tive foi sem dúvida divertida mas não passou disso e ficou sempre no ar aquela sensação de dejá vu. Pode ser que um dia volte a pegar na série mas até lá apenas recomendo este jogo caso não tenham jogado os dois anteriores (não vou considerar sequer o primeiro pois é muito diferente). E como sempre temos aqui mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um shmup clássico na PS2.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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