15 de abril de 2019

Mega Man 2

Fantástica arte de Marc Ericksen.
Desenvolvido por: Konami
Publicado por: Konami
Director: Akira Kitamura
Produtor: Tokuro Fujiwara
Artista(s): Yasuaki Kishimoto, Naoya Tomita, Keiji Inafune, Akira Kitamura
Compositor: Takashi Tateishi
Plataforma(s): Nintendo Entertainment System, NES Classic Mini, Famicom e uma data de outras plataformas
Lançamento: 24-12-1988 (JP), 11-06-1989 (EU), 14-12-1990 (JP) (Versão NES/Famicom)
Género: Acção, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades(s): Sistema de passwords
Outros nomes: RockMan 2: Dr. Wily no Nazo (JP)
Media: Não se aplica
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o duas vezes.

Quem será aquele tipo?!
Apesar de não ser uma das minhas sagas favoritas, Mega Man sempre teve o seu lugar algures na minha colecção por ser daquelas séries de jogos onde vamos sempre encontrar algum do qual gostamos. Invariavelmente, a minha história com Mega Man não começou no original de NES mas sim na versão de Game Boy, que comporta o subtítulo Dr. Wily's Revenge e é uma espécie de adaptação do jogo original com algumas concessões e diferenças no geral. Não foi jogo que tivesse adorado na época até porque consegue ser mais difícil que o da NES pelas razões erradas mas havia ali qualquer coisa que me fazia voltar sempre à carga. Eis que surge a sequela e foi jogo que desde logo quis experimentar. E gostei tanto que ainda a tenho na colecção (cuja análise podem ler aqui no blog). Mais tarde seguiu-se Mega Man X2 na SNES (que também podem ficar a conhecer por estas bandas) e desde então nunca mais toquei em nenhum jogo até chegar a NES Mini com o famoso Mega Man 2, tido em conta por imensos fãs como um dos melhores jogos da saga.


Os mais procurados.
Mega Man 2 marca assim o regresso do Blue Bomber à NES, onde já tinha anteriormente presenteado os seus fãs com uma aventura sem precedentes. A história é a mesma de sempre, com poucas ou nenhumas alterações onde um ano após a aventura original, Dr. Wily decide criar o seu exército de Robot Masters, construir uma nova fortaleza e assim aterrorizar a galáxia. Dr. Light envia uma vez mais Mega Man para combater esta ameaça visto que ele é o único à altura de tal tarefa. Muito sinceramente acho que deve ser a primeira vez que dei especial atenção à trama pois nos anos 90 não me recordo de ter seguido nada visto que apenas queria era derrotar os mauzões. E penso que fosse assim o caso com a maioria das pessoas que jogavam.

Assim não vais longe...
Embora hoje seja uma saga reconhecida, o certo é que Mega Man 2 não foi daquelas sequelas planeadas desde logo pois o original não tinha tido assim tanto sucesso que justificasse lançar outro jogo na série logo assim de seguida. Apesar disso, as coisas foram a avante e como seria de calcular houve uma clara evolução no geral em termos técnicos. Visualmente a fórmula é muito parecida ao original mas agora temos coisas que foram omitidas deste tais como novos inimigos e afins. Por outro lado a variedade de cenários é também um ponto forte pois temos bastante para apreciar com imenso pormenor por todo o lado. Os sprites continuam a ser bastante bem animados, com detalhes minuciosos e alguns dos inimigos maiores são um verdadeiro feito nesta era de 8-bit, onde se utilizam técnicas e truques inteligentes para conseguir proporcionar este tipo de experiência aos jogadores. Existe contudo algum sprite flickering típico do hardware bem como slowdown ocasional mas nada disso afecta a experiência no seu todo.

Olha um sapo!
A sonoridade em Mega Man 2 é daquelas coisas intemporais muito devido à sua banda sonora que ainda hoje é de uma qualidade excelente, com temas ritmados e que nos ficam no ouvido desde a primeira vez que os ouvimos. No meu caso foi com a versão de Game Boy que não é de todo uma réplica exacta mas que usa no entanto as mesma faixas. Na versão NES estas mesmas são ainda melhores e dão gosto serem ouvidas mesmo sem ser no contexto do jogo, onde como é óbvio assentam que nem uma luva. O mesmo se pode dizer dos efeitos sonoros que são bastante agradáveis de serem ouvidos, contando com a sua utilização repetida em alguns casos, algo que por norma se torna cansativo mas não é de todo o caso aqui.

Estas carantonhas são icónicas.
Quem jogou o original sabe bem o que esperar em termos de jogabilidade e mecânica com este Mega Man 2. O controlo continua com a sua fórmula de simplicidade e fácil aprendizagem mas que exige algum talento e tempo para se dominar na perfeição. Dois botões e um d-pad são tudo o que é necessário para se fazer um excelente jogo de acção e plataformas, mesmo agora no século XXI. A fórmula mantém-se a mesma, com diversos níveis para conquistarmos onde cada um deles termina com uma batalha contra o Robot Master que aí se encontra. Cada um destes tem os seus truques e manhas como é de se esperar. As novidades incluem os Energy Tanks, item este que nos permite recuperar energia perdida e um sistema de passwords para podermos voltar à carga em qualquer outra altura. Estas foram incluídas de forma a mitigar a dificuldade que tornou a saga famosa e que era uma das principais queixas que quem jogou o primeiro jogo.

Até aqui há morcegos...
Contudo a dificuldade em Mega Man 2 segue um pouco a tendência da época e é praticamente idêntica à de tantos outros jogos. Inimigos que fazem respawn infinito, com padrões imprevisíveis de movimento e ataque ou demasiado rápidos, bem como armadilhas e decisões de level design que pouco abonam a favor do jogador são algumas das coisas mais comuns. Mas é aqui que entra a parte de memorizar o layout das coisas e que sempre funcionou à mistura com um pouco de persistência e paciência por parte do jogador. Já os bosses podem ser uma dor de cabeça ou extremamente fáceis se usarmos as armas correctas visto todos eles terem fraqueza a uma determinada arma.

Mega Man 2 pode parecer um jogo difícil mas acreditem que na sua geração há exemplos muito piores nesse campo. No geral achei um jogo divertido e acessível onde as passwords ajudam bastante o progresso e o save state da NES Mini é mais que vosso amigo caso não sejam muito bons neste género de jogos. É sem dúvida uma excelente sequela do original e portanto é também um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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