20 de janeiro de 2020

Blaster Master Zero II

Quando não há capa...
Desenvolvido por: Inti Creates
Publicado por: Inti Creates
Director: Satoru Nishizawa
Produtor: Takuya Aizu
Designer(s): Tomokazu Ohnishi, Mio Yamaguchi
Artista(s): Yuji Natsume, Shin Nakamura
Argumentista: Masato Okudaira
Compositor(es): Ippo Yamada, Hiroaki Sano, Aoi Tanaka, Kotaro Yamada
Plataforma(s): Nintendo Switch (eShop), PC (Steam)
Lançamento: 20-03-2019 (Lançamento Mundial)
Género(s): Acção, Plataformas, Metroidvania
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Formato Digital (197MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória da consola, DLC adicional
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez a 100%

...eu faço-a!
Actualmente existe uma predilecção por tudo quanto seja retro o que provocou uma onda de revivalismo sem precedentes. Desde consolas mini a relançamentos de jogos antigos, existe de tudo um pouco e para todos os gostos. Mas não só disto vive o homem e como seria de esperar, há quem opte por criar jogos retro de raiz, tal como eram nos tempos idos mas aproveitando a tecnologia actual e sem os limites típicos da época. Em suma, consegue-se o melhor dos dois mundos sem comprometer nada. O jogo que trago até aqui hoje é um bom exemplo disso, ainda que seja uma sequela, coisa que não estava nada à espera depois de ter jogado o primeiro título. É também o meu primeiro jogo de Switch, embora seja digital pois não existe físico, marcando assim a estreia desta excelente consola aqui no blog. Foi adquirido no final de Dezembro de 2019, numa promo da eShop por 6.99€.


Esta nova habilidade é bastante útil.
Blaster Master Zero II marca assim o regresso de Jason e companhia, decorrendo alguns meses após o original onde a Terra foi salva graças à sua intervenção mas sem que houvesse alguns contratempos. É aqui então que se dá o ponto de partida para uma nova aventura onde o objectivo é salvar Eve, que foi infectada pelos mutantes e cuja vida está em risco. Jason tem assim que explorar os confins do universo de forma a encontrar o planeta natal de Eve, Sophia, e assim arranjar uma cura para a infecção. Uma trama simples mas que funciona na perfeição sem grandes reviravoltas nem nada de complexo que nos faça ficar a pensar. Tal como os bons jogos de antigamente eram, simples e eficazes.

O Blaster Counter é um salva vidas.
A parte visual de Blaster Master Zero II continua a primar pela simplicidade do original, com cenários variados e bastante coloridos, sprites bastante bem animados, imensos pormenores e claro, uma performance sólida na acção que mantém os 60 frames do jogo original (na 3DS era metade disto mas não afectava em nada a acção em si). Um dos pontos fortes neste título continuam a ser os bosses, que aparecem em vários tamanhos e feitios mas sobretudo gostam de se apresentar em grandes dimensões, algo que sempre gostei de ver nesta saga.

Este boss é gigantesco.
A banda sonora apesar de boa não é tão memorável quanto a do primeiro jogo, cujas faixas ainda hoje perduram na memória. Podiam ter incluído uma ou outra, nem que fosse um remix mas optou-se por composições novas e sinceramente nenhuma delas ficou no ouvido. Já os efeitos sonoros são praticamente iguais aos do jogo anterior com alguns tantos novos e no geral funcionam perfeitamente sem se tornarem monótonos.

Temos diversos locais a explorar.
Blaster Master Zero II prima por ter uma jogabilidade excelente que volta a repetir a fórmula do primeiro jogo, onde podemos controlar o nosso tanque numa perspectiva lateral, combatendo inimigos e explorando as redondezas, bem como controlar Jason numa perspectiva top-down onde por norma vamos encontrar itens importantes e claro, bosses. Mas para as coisas não estagnarem, foram introduzidas algumas novidades que tornam o jogo bem melhor mas também mais fácil, na minha modesta opinião. Agora ao cairmos de sítios elevados com o tanque, o choque do impacto recarrega um pouco da nossa energia usada para as armas secundárias (e também algumas primárias), power-ups e afins, algo que vamos usar em abundância. Por outro lado, enquanto Jason temos uma nova habilidade chamada Blaster Counter, que pode ser usada quando os inimigos estão prestes a disparar contra nós, algo que é indicado visualmente, tornando a acção mais fácil. Isto resulta num contra ataque que danifica e imobiliza os inimigos a troco de gastar energia, sendo que esta recarrega ao final de algum tempo. Isto torna o combate no geral bem divertido mas também mais fácil, sobretudo nos bosses. Outra novidade é podermos usar o Fred, o nosso amigo sapo para nos teleportar para fora das grutas, caso seja necessário evitando assim passeios extra.

Está de chuva...
Algo que mudou um pouco foi a exploração. No primeiro jogo tínhamos um mundo enorme interligado, onde podíamos indo explorando à medida que a historia progredia e íamos encontrado os itens adequados para avançar. Nesta segunda aventura a fórmula base mantém-se mas temos diversos planetas e planetóides a explorar, em diferentes regiões da galáxia pelo que o jogo pode parecer um pouco desconexo inicialmente. Assim andamos a saltar de planeta em planeta, seguindo a trama e indo descobrindo outras pistas pelo caminho, com algum backtracking a ser necessário, se quisermos ver o melhor final. Pessoalmente gostei desta mudança mas preferia que os planetas fossem um bocado maiores e os planetóides maiores ainda pois alguns são bastante pequenos sem nada de relevante a descobrir.

Blaster Master Zero II foi sem dúvida uma óptima surpresa mas confesso que esperava um jogo maior do que o original. Ainda que em termos de tamanho demore o mesmo tempo a terminar, dá a sensação de que é um jogo mais pequeno talvez por esta nova maneira de explorar os níveis. Quem sabe se lançarem um terceiro jogo, melhorem este aspecto. Mas como já se sabe, é daqueles que recomendo vivamente e como tal é um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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