13 de janeiro de 2020

Wonder Boy In Monster World

A arte não é a melhor mas...
Desenvolvido por: Westone
Publicado por: Sega
Director(es): Yutaka Hirata, Yoshihisa Shimizu
Compositor: Shinichi Sakamoto
Plataforma(s): Mega Drive, Master System, PC Engine, PlayStation Network, Xbox Live Arcade, Wii Virtual Console, PC
Lançamento: 25-10-1991 (JP), Fevereiro de 1992 (EUA), Abril de 1992 (EU) (Mega Drive)
Género(s): Plataformas, Acção, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Não se aplica
Funcionalidades: Um slot para gravação de progresso
Outros nomes: Wonder Boy V: Monster World III (JP)
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

A info habitual das capas de MD.
Embora tenha tido bastante contacto com a Mega Drive durante os seus tempos áureos, a verdade é que foram muitos os jogos que me passaram ao lado. Estava limitado em parte aos jogos que me iam emprestando sempre que tinha a Mega Drive da vizinha do lado em casa e mesmo os dela já os conhecia de trás para a frente. Com o advento da emulação, seguiu-se uma série de jogos que nunca tinha experimentado, alguns bons, outros nem por isso. E eis que chegamos a 2019 e a Mega Drive Mini aparece para satisfazer os fãs ávidos por uma consola mini da Sega que não fosse o lixo cuspido pela AT Games. Aqui encontrei diversos jogos já bem conhecidos e outros tantos que não joguei ainda, pelo que o ando a fazer com regularidade e nas calmas, desfrutando assim de cada um como deve ser. O jogo que trago até aqui hoje foi uma boa surpresa e ainda que não seja perfeito é sem dúvida uma experiência agradável no vasto catálogo desta excelente consola.


E assim começa a nossa demanda.
Wonder Boy In Monster World é mais um jogo nesta conhecida saga, sendo o quinto mais precisamente e também o terceiro visto pertencer à sub-saga Monster World. Confusos? Não há motivo para tal. Desta vez a trama leva-nos até ao Monster World, onde o nosso herói Shion tem a tarefa de salvar tudo e todos da ameaça de Biomeka. Na verdade a trama não precisa de ser complexa para o jogo ser divertido e rapidamente nos esquecemos do nosso propósito, algo que aprecio especialmente nos jogos antigos. O objectivo é sempre o mesmo: derrotar os mauzões e o resto é paisagem. Este jogo saiu para uma diferente panóplia de plataformas, desde as mais antigas até outras mais modernas, pelo que não é difícil ter acesso a um exemplar, físico ou digital.

Os primos dos Goombas.
Em termos visuais, Wonder Boy In Monster World é um jogo bastante agradável de se ver, com sprites grandes e coloridos, ainda que as animações sejam bastante simples mas acima de tudo funcionais. Existe uma boa variedade de locais a visitar e explorar, com cidades florestas, masmorras e castelos que podemos desbravar enquanto avançamos na nossa demanda contra o mal. O jogo é também bastante fluido na acção sem entraves no decorrer da mesma que tivesse dado conta.


A sério? Não me digas...
Na parte audível, temos uma excelente banda sonora que podemos ouvir ao longo da aventura, com temas bastante catchy e sobretudo memoráveis, perfeitamente adequados a cada parte onde se enquadram. Os efeitos sonoros também cumprem a sua parte com distinção e competência embora um ou outro possa soar demasiado estridente, sobretudo as moedas ao derrotarmos os inimigos. Mas é sempre bom poder apreciar o chip sonoro da Mega Drive a ser utilizado com mestria para proporcionar uma boa experiência, algo que em muitos jogos não era o caso por pura incompetência de quem os programava.

O dragão sabe tudo.
A jogabilidade de Wonder Boy In Monster World é também bastante simples lembrando em parte Zelda II devido à perspectiva lateral onde a acção decorre. Mas aqui tudo é bastante melhor pois o controlo é bastante sólido, onde podemos atacar os inimigos com a arma que tivermos equipada bem como usar magia com efeitos variados. O único senão a meu ver é o salto que não é de todo o mais preciso e em certas zonas do jogo pode resultar em desastre devido também ao impulso que Shion ganha ao começar a andar. À nossa disposição temos um inventário ao qual podemos aceder e assim mudar as nossas armas, escudos e equipamento que podemos ir apanhado ou comprando ao longo da aventura. E este é um jogo bastante grande para a sua época com algum backtracking a ser feito se quisermos apanhar tudo pois algumas coisas não estão desde logo ao nosso alcance. Daí podermos gravar o nosso progresso nas INNs dentro das cidades.

Este boss tem a sua piada.
Embora pareça grande em dimensão e um mapa pudesse fazer falta, o certo é que após começarmos a abrir os atalhos que ligam as diferentes zonas, concluímos que não havia necessidade disso. Por outro lado as masmorras são bastante divertidas no geral ainda que algumas delas tenham um design dúbio e frustrante, sobretudo a final que tem uma parte de arrancar cabelos. Já os bosses oscilam entre o divertido e o frustrante, uma vez mais com especial destaque para os três últimos, sendo que o final convém ter o maior número de corações possível para se ter uma chance de o derrotar. E claro, existe algum grind a fazer para ter dinheiro e comprar as melhores coisas sem ser intensivo mas um dos itens (que serve para trocar por outras coisas) custa uma pequena fortuna embora existam mais destes (mais um ou dois) que se apanham algures no jogo.

Wonder Boy In Monster World é sem dúvida um óptimo jogo com algumas falhas menores que se ultrapassam por no seu todo ser bastante divertido de explorar. E sendo um jogo de fácil acesso nos dias que correm, não há motivo para ignorar este JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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