25 de fevereiro de 2020

Shantae: Half-Genie Hero [Ultimate Edition]

As respectivas caixas.
Desenvolvido por: WayForward Technologies
Publicado por: WayForward Technologies (Digital), PQube (EU), Xseed Games (US), Oizumi Amuzio Inc. (JP)
Director: Matt Bozon
Produtor(es): Christopher Shanley, Glenn Seidel
Designer(s): Matt Bozon, James Montagna
Compositor(es): Jake Kaufman
Plataforma(s): PlayStation 4, Xbox One, PC, PlayStation Vita, WiiU, Nintendo Switch
Lançamento: 20-12-2016 (Lançamento Mundial), 08-06-2017 (Nintendo Switch)
Género(s): Plataformas, Metroidvania
Modos de jogo: Modo história para um jogador,
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (2.87GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Suporte Remote Play com PSVita, PS4 Pro Enhanced
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei cada modo uma vez.

E as traseiras.
Para quem aprecia o género Metroidvania, Shantae é daqueles nomes que certamente não vos é desconhecido. Tendo começado a sua vida no Game Boy Color, rapidamente se tornou numa série de aventuras, cada uma melhor que a anterior, repleta de momentos divertidos, excelente jogabilidade, proezas técnicas no hardware onde corre e claro, um elevado replay value uma vez que nos permite explorar em busca de segredos e afins. E com cada jogo novo, a série foi evoluindo culminando por agora naquilo que irei abordar mais à frente. Este meu exemplar foi adquirido algures em Janeiro de 2019, oriundo de uma loja online por cerca de 20 euros. A edição em si vem numa caixa de cartão, que comporta o jogo com todo o DLC que foi lançado (no disco, felizmente), um CD com a banda sonora ao longo de 30 faixas e ainda um artbook que é daquelas coisas que nunca dispenso e fica sempre bem em qualquer colecção.


Disco e banda sonora.
Shantae: Half-Genie Hero leva-nos de volta a Sequin Land onde as coisas andam sempre em alvoroço dado que os seus habitantes não regulam muito bem da cabeça. Após os eventos do jogo anterior Shantae é agora uma half-genie, ou seja, os seus poderes são limitados. Certa noite é acordada por uma voz que a leva até uma gruta secreta onde um mensageiro da Genie Realm a informa de um mal que se aproxima e que só ela conseguirá derrotar. Ao acordar dá-se conta que era apenas um sonho. Mais tarde, numa visita ao louco Uncle Mimic que está a construir um Dynamo para proteger a cidade, Risky Boots resolve aparecer para estragar a festa. Após uma breve escaramuça, Shantae impede Risky de roubar os planos de construção mas de nada serve pois o Mayor Scuttlebug despede-a da posição de protectora da cidade por ter deixado Risky escapar. Numa tentativa de ajudar Shantae, o Uncle Mimic informa-a que precisa de componentes para acabar o Dynamo e é aqui que a verdadeira aventura começa.

Artbook e banda sonora.
Várias foram as mudanças neste novo título e uma das mais notórias foi a nível visual. Shantae: Half-Genie Hero deixou para trás a pixel art que tão bem caracterizava esta série para dar lugar a um misto de 2D com 3D onde podemos apreciar sprites 2D vectorizados em alta definição, com excelentes animações em cenários completamente 3D mas tudo numa perspectiva 2.5D. A meu ver esta mudança pouco abona a favor do jogo pois preferia de longe pixel art do que isto embora confesse que a fórmula nova funcione. Como seria de esperar tudo está dotado de uma fluidez irrepreensível, com imensa variedade em termos de locais, inimigos e efeitos visuais. Dá-se destaque aos bosses com tamanhos deveras colossais e que nem nos jogos anteriores tínhamos visto. A arte do jogo continua excelente, com um character design atractivo e simples onde as meninas têm lugar de destaque.

Risky tenta uma vez mais fazer das suas...
Uma vez mais, Jake Kaufman é homem encarregue da banda sonora que continua a ser excelente, com imensos temas que nos ficam na memória, alguns deles reminiscentes de jogos anteriores mas sempre com aquela sonoridade característica da série. Os efeitos sonoros cumprem as suas funções em pleno, com imensos para cada ocasião. Algo que me deixa curioso é o facto do voice-acting ser parco, algo que por agora podia ser bastante expandido, sobretudo nos diálogos mais importantes para a trama. O máximo que se ouve são pequenas frases aqui e ali, com os nomes das personagens a serem os mais utilizados. Com a quantidade de diálogo que existe, seria de esperar que houvesse mais conversa.

Um dia quente no deserto.
Onde as coisas me mantêm praticamente idênticas é na jogabilidade. Shantae pode correr, saltar e atacar com o seu cabelo, tendo ainda uma multitude de transformações ao seu dispor que tanto podem ser usadas para combate como para exploração, incluindo algumas que são completamente novas. Por outro lado, a barra de magia volta à ribalta (algo visto antes em Risky's Revenge) o que lhe permite usar magias ao seu ritmo sem necessidade de serem adquiridas individualmente. O que realmente mudou foi a maneira como o mundo se apresenta. Em jogos anteriores estava tudo interligado, como em qualquer bom Metroidvania mas em Shantae: Half-Genie Hero existe a cidade principal que é como uma espécie de hub e depois podemos a partir daqui escolher qualquer um dos outros locais para explorar, sendo que cada um é um nível. Isto já tinha sido experimentado no jogo anterior, de certa forma.

Duelo de titãs, bom... mais ou menos.
Cada nível pode ser explorado vezes sem conta, até porque existem muitas coisas que só podem ser descobertas com os power-ups adequados. Contudo e a meu ver, o backtracking neste jogo é bastante inferior ao de qualquer um dos outros jogos da série e a exploração dos níveis é bastante linear fazendo com que perca um bocado aquilo que gosto num Metroidvania. Certos níveis são mesmo quase sempre a andar para a frente sem verticalidade nenhuma. Mas ainda assim existe muita coisa para apanhar e descobrir, pelo que a nossa persistência é altamente recompensada no final o que por sua vez se traduz num jogo nitidamente mais fácil do que qualquer outro na série. Para complementar (ou compensar) o modo história, o DLC deixa-nos ainda jogar com Risky e desfrutar o seu lado da história bem como com os amigos de Shantae. Contudo, estes são apenas os mesmos níveis com ligeiras diferenças para acomodar as mecânicas destas personagens. O mesmo se aplica aos outros modos onde temos o Ninja, Jammies, Bikini e Officer, com novas mecânicas a serem usadas que conferem alguma novidade mas em última análise são exactamente os mesmos níveis e bosses. Destes, o mais divertido é o Officer pois é baseado na jogabilidade de Mighty Switch Force e tem alguns momentos giros. Algo curioso é na PS4 a lista de troféus ser completamente diferente da lista do jogo base (e é pior na minha opinião).

Embora não seja uma evolução estelar da série, Shantae: Half-Genie Hero é sem dúvida um bom jogo e esta edição é algo que recomendo vivamente a terem na colecção até porque actualmente é barata tanto na PS4 como na Switch. E como tal, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

Sem comentários:

Enviar um comentário