24 de março de 2020

Gears of War

Homem grande a impor respeito.
Desenvolvido por: Epic Games
Publicado por: Microsoft Game Studio
Produtor: Rod Fergusson
Designer: Cliff Bleszinski
Artista(s): Jeremiah O'Flaherty, Chris Perna 
Argumentista(s): Susan O'Connor, Eric Nylund
Compositor: Kevin Riepl
Plataforma(s): Xbox360, PC, Xbox One
Lançamento: 07-11-2006 (EUA), 17-11-2006 (EU)
Género: Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores, Multiplayer Online para até 8 jogadores
Media: DVD-ROM
Funcionalidades: Instalação opcional no disco rígido com redução de pop-in de texturas (6.3GB), Gravação de progresso no disco rígido/Memory Card, HD 720p, 1080i, 1080p, Leaderboards Online, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Muito boa, poucas marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Casual (o Normal neste jogo).

Em bom inglês!
A saga Gears of War deve ter sido das poucas que sempre me fez ter inveja de quem tinha optado por uma Xbox360 em vez de uma PS3 na época em que estas davam cartas na história dos videojogos. Fosse pela história que se revela mais complexa do que à partida parece, ou pela violência desenfreada que o jogo nos proporciona, o certo é que o primeiro Gears é sem dúvida um marco histórico. E após o seu sucesso inicial mais jogos se seguiram, fazendo com que esta saga perdure até aos dias de hoje. Após esta geração ter chegado ao seu término, foi então altura de começar a procurar todos aqueles jogos que me passaram ao estreito devido a minha decisão de me manter fiel à marca da Sony e porque no fundo não é de todo comportável ter as consolas todas numa só geração a menos que tenhamos dinheiro para estoirar sem pensar. Mas sempre preferi optar por esperar e fazer bons negócios anos mais tarde, algo que só neste ano se revelou bastante proveitoso pois em menos de dois meses reuni uma boa maquia de jogos de Xbox360 (8 no total), bem como a consola por um valor total que provavelmente nem chega aos 80 euros. Este jogo em particular custou 3 euros, algures em Fevereiro de 2020.


Manual e DVD.
Gears of War é daqueles jogos que dispensa toda e qualquer apresentação dado o seu estatuto mas de qualquer forma não me custa nada fazer uma pequena introdução para quem possa estar desinformado acerca do mesmo. A trama decorre no planeta Sera, 14 anos após aquilo que ficou conhecido como o Emergency Day (E-Day), onde a horda Locust emergiu das profundezas do planeta dizimando milhares de civis e soldados COG, declarando assim guerra à humanidade. É deste modo que Marcus Fenix volta à acção após ter passado 4 anos preso por ter abandonado o seu posto numa tentativa de salvar o seu pai, Adam Fenix. Assim, juntamente com o seu companheiro Dominic "Dom" Santiago, vai ter pela frente uma longa e árdua missão que o vai levar a muitos locais de modo a tentar acabar com esta ameaça iminente.

Tempo de ir para a guerra!
Algo que saltou particularmente à vista na época foi toda a parte visual deste Gears of War, que mostrava não só o poderio da Xbox360 mas também o que ainda estaria para vir. Visualmente, Gears of War é um jogo fantástico onde o ambiente e destruição quase que se sente à medida que vamos avançando na história e visitando imensos locais onde apesar de parecerem idênticos em diversas instâncias, existe bastante variedade para manter os nossos olhos ocupados e acima de tudo interessados naquilo que podemos vislumbrar. Para um jogo de 2006, isto foi uma evolução tremenda e ainda hoje penso que se aguente bem a nível gráfico, com a Xbox360 a fazer upscale para 1080p nesta televisões mais modernas e isso é algo que se nota tanto pela parte positiva como negativa. Em parte, os visuais ficam mais limpos mas por outro lado, nota-se a baixa resolução de certas texturas em sítios específicos. Mas outras tantas apresentam uma qualidade bastante boa para um título desta época. Já a performance do jogo é bastante variável tentando manter os 30fps mas por vezes com algumas quebras em zonas de maior acção sem que tenha sido afectado de forma alguma por estas ocorrências. O detalhe das personagens e cenários é também excelente com imensos pormenores que podemos apreciar um pouco por todo o lado.

Não há palavras para descrever estes momentos.
Uma das coisas que menos gostei foi a banda sonora que muito sinceramente não me lembro de todo devido ao facto de ser daquelas bandas sonoras dinâmicas que se revelam na zonas de acção ou de história dando depois lugar ao som ambiente durante o resto do tempo. Foi nesta altura que isto passou a ser moda nos jogos considerados high profile, algo que pessoalmente nunca apreciei mas confesso que resulta bem em certos títulos conferindo um bom ambiente no geral. Já em termos de efeitos sonoros, o jogo é soberbo com muitos tiros e explosões a serem ouvidas, com um impacto que quase se sente, bem como os gritos e grunhidos viscerais dos inimigos que são sempre satisfatórios. O voice acting é também algo de destaque, com excelentes performances por parte dos actores que dão voz aos nossos heróis e bastante conversa para se ir ouvindo ao longo da trama, destacando alguns diálogos de personagens que com o tempo se tornaram bastante carismáticas para os fãs da saga.

Qualquer cover é a vossa melhor amiga.
Gears of War também se destaca de muitos outros jogos do género devido à sua jogabilidade e mecânica. Embora não tenha sido o primeiro a adoptar o sistema de cover, foi certamente o jogo que mais o popularizou levando imensos outros dentro do género a fazer exactamente o mesmo com resultados variados. Mas em Gears of War, o sistema de cover está enraizado na sua jogabilidade fazendo parte intrínseca da mesma, o que significa que se não o usarmos de todo não iremos longe. Por outro lado, o chamado gunplay é soberbo com diversas armas a serem usadas na acção e cujo o resultado é imensamente satisfatório mesmo quando rebentamos com o mais pequeno e insignificante dos inimigos. Melhor só mesmo quando serramos alguém ao meio com a nossa Chainsaw Bayonet e o ecrã fica sujo de sangue e bocados de carne. O jogo oferece-nos ainda a possibilidade de jogarmos em co-op, algo que se nota em certas zonas onde as escaramuças foram concebidas para o efeito, algo que também se sente pela IA dos aliados não ser a melhor, mesmo quando lhes damos ordens para fazer ou não algo.

Este tipo é... lixado com F!
A meu ver o único pequeno defeito deste primeiro jogo é o facto de ser demasiado linear e com um design demasiado "geométrico". Passo a explicar, os níveis em grande parte são todos muito quadrados, como se tivessem sido concebidos numa grelha e isso nota-se em especial nas partes citadinas, o que aliado à linearidade da acção que é sempre em frente, pode tornar a experiência um pouco sensaborona em certas áreas. Contudo, existem partes onde há alguma variedade como por exemplo conduzirmos um veículo por uma zona devastada enquanto vamos despachando alguns inimigos. Outro problema a meu ver é a falta de mais escaramuça em diversas áreas que parece terem sido concebidas para tal mas esqueceram-se de colocar lá inimigos. É algo estranho e que prevalece ao longo do jogo mas que felizmente foi colmatado nos jogos que se seguiram. Já o multiplayer não experimentei nenhum modo pois não existem bots para jogar offline, algo que nos títulos vindouros também foi corrigido.

Gears of War é sem dúvida um óptimo jogo que introduziu imensos conceitos novos, que futuramente evoluíram e deram origem a jogos ainda melhores. Este primeiro jogo não deixa de ser um clássico e pode ser jogado na sua forma original a baixo custo (viva o desconto Microsoft) ou então numa versão remasterizada e melhorada na Xbox One que dá pelo nome de Ultimate Edition. Seja qual for a vossa opção, sabem que estão perante um JOGALHÃO DE FORÇA! 

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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