17 de janeiro de 2016

Destiny

Gosto desta capa.
Desenvolvido por: Bungie
Publicado por: Activision
Artista: Christopher Barrett
Argumentista: Joseph Staten
Compositor(es): Martin O'Donnell, Michael Salvatori, C Paul Johnson, Paul McCartney
Plataforma(s): PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox360, Xbox One
Lançamento: 09-09-2014 (EU/EUA), 11-09-2014 (JP)
Género(s): First Person Shooter, MMO
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer Online com vários modos de um a doze jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (20GBMínimo), Compatível com função de vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei a história em cerca de cinco horas (não contabilizando o grind necessário) e gastei mais de cinquenta a vaguear pelos planetas à procura de algo novo.


(Hoje está frio, não gosto de frio.)

Legend? Not for long...
Quem acompanha o blog já tem mais ou menos uma ideia dos meus gostos relativamente a videojogos e sabe bem que sou um bocado (por vezes até bastante) avesso a jogos online. Primeiro por que temos de estar ligados à net visto o jogo depender disso, por outro porque apanhamos toda a espécie de criaturas estúpidas e selvagens sem que queiramos. Obviamente, este segundo ponto pode ser contornado se construirmos uma base de amigos/conhecidos competentes para jogar como deve ser. Mas eu, em especial, não tenho paciência para isso quando apenas quero jogar ao meu ritmo, sem compromissos, sem gente a dar ordens e acima de tudo sem ter de aturar pessoas. Para isso já me basta o dia a dia. Bom, mas adiante. Sendo assumidamente avesso a MMO's, decidi dar uma oportunidade a este Destiny, uma vez que me pareceu ser um bom jogo misturando elementos de outros jogos como por exemplo Halo e Borderlands, com a promessa de poder ser jogado sozinho e opcionalmente com outros. Ora isto tem tanto de verdadeiro quanto de falso mas já lá vamos. Este exemplar chegou à colecção entre Setembro e Outubro de 2014 por cerca de 35 euros, oriundo de uma loja online.


Disco e papelada.
Destiny começa por se apresentar como um FPS, sem dúvida nenhuma. Mas indo um pouco para além da cobertura descobrimos que afinal tem mais do que isso, a começar por certos elementos RPG e posteriormente o seu interior revela ser um MMO. Ora bem, eu não gosto de MMO's mas decidi dar uma chance a este pelo facto de gostar de FPS. A história é no mínimo uma salganhada sem pés nem cabeça. Começamos a aventura na Terra sendo um Guardian cuja tarefa é encontrar o Traveler, a única hipótese de salvação do que resta da raça humana e que se encontra na última cidade da Terra, originalmente chamada The Last City. Contamos com a ajuda de um amigo chamado Ghost, que se traduz num objecto voador que passa a vida a debitar texto. Portanto, um começo atribulado.

Um dos primeiros ecrãs...
Com um jogo desta magnitude em mãos, é de esperar algo grandioso na parte visual. Destiny consegue surpreender em certas partes mas no seu todo é um jogo que considero banal graficamente. Destaca-se pelas paisagens, com um amplo campo de visão e profundidade, sendo que algumas são mesmo muito boas. Outras nem por isso, como por exemplo a Lua que é bastante insípida. Apesar de ter alguma variedade cénica, esta perde-se rapidamente devido à natureza repetitiva do jogo e ao fim de algumas visitas, já estamos enjoados de ver sempre a mesma coisa. Em termos de performance, o jogo corre a 30 frames constantes, sem quebras de espécie alguma, mesmo durante confrontos com bosses corpulentos e hordas de inimigos. Gostei da arte e particularmente dos modelos das armas, com uma larga escolha e das personagens, tanto as jogáveis como os NPC's.

Criando uma lenda... *cof, cof*
A banda sonora, como seria de esperar, tinha de ser um dos pontos fortes. Prima por não se tornar enjoativa como o resto do jogo por ser apenas utilizada em pequenas doses, nomeadamente em pontos chave da história e durante os confrontos mais acesos, sendo que durante o resto da acção/exploração o som ambiente preenche esse espaço de uma forma harmoniosa. O voice-acting não surpreende em nenhuma instância e até foi muito criticado inicialmente devido à fraca performance de Peter Dinklage como Ghost. Posteriormente, o seu trabalho foi substituído pelo de Nolan North (via patch), coisa que ainda não tive oportunidade de ouvir visto nunca mais ter jogado isto desde então. Todo o restante áudio é bastante comum, desde os tiros, explosões e demais efeitos sonoros.

Toscaria na Lua.
Tratando-se essencialmente de um FPS, a jogabilidade de Destiny é bastante standard. O controlo é preciso e fluido, sem grandes dificuldades de adaptação para qualquer tipo de jogador. Indo mais a fundo, existem três classes que podemos escolher sendo elas Hunter (mobilidade e agilidade), Warlock (magia) e Titan (tanque), todas elas com os seus altos e baixos. Também podemos escolher três raças: Human, Awoken (uma evolução dos humanos) e Exo (robots humanóides). Ainda que existam diferenças entre as classes, a experiência é praticamente idêntica tornando a nossa escolha um pouco irrelevante. Isto foi mais a pensar na jogabilidade em equipa como forma de cooperação pois certas habilidades complementam outras. A evolução, inicialmente, dá-se através de ganhos de XP ao derrotar inimigos e por aí adiante mas chegados a nível 20 esta evolução pára por completo. Para continuarmos a subir, precisamos de níveis de Light, apenas conseguidos pelo equipamento que usarmos. Isto é apenas um dos pontos que considero negativos neste jogo.

Compreendem Russo? Eu não.
O equipamento que nos permite aumentar o nível de Light, nesta versão Vanilla, até nível 32 torna todo o anterior equipamento obsoleto, mesmo aquele que pensávamos ser o melhor. Por outro lado, quando temos uma peça boa, podemos achar ainda um upgrade da mesma com stats melhores ainda, não saindo assim deste circulo vicioso. O pior mesmo é que o equipamento bom, que nos permite subir de nível, não se encontra com facilidade. Embora algumas peças sejam recompensas das inúmeras escaramuças, as melhores têm de ser adquiridas a um NPC que aparece semanalmente, com uma unidade monetária específica (igualmente difícil de adquirir). Isto a meu ver, é uma forma nojenta de prolongar um jogo e que nos leva ao ponto seguinte.

É disto que a malta gosta!
A história, ou o modo que nos permite segui-la, dura cerca de cinco horas, sem grandes dificuldades. Obviamente, obriga-nos a evoluir a personagem visto cada missão ter um nível mínimo para ser jogada a menos que queiramos ser massacrados. Mas se fizermos as coisas como deve ser, rapidamente chegamos ao final. Após este, temos uma panóplia de extras para fazer como missões onde temos de matar um determinado inimigo, apanhar um determinado item e por aí fora. Rapidamente se tornam aborrecidas e servem apenas como um pretexto para grinding/farming. Por outro lado, existem as Strikes e as Raids. Estas, claramente material de MMO, permitem-nos objectivos iguais mas bastante mais difíceis devido ao número de jogadores (três nas Strikes e seis nas Raids). Ainda assim são material reciclado e após a sua conclusão, a maioria delas torna-se redundante pois nem os itens que oferecem já são bons. E no caso de algumas Strikes, até as podemos fazer sozinhos sem grande esforço. O que mais gostei no meio disto tudo, foram os Public Events, que podem surgir a qualquer altura, durante a história ou em Free Roaming, onde temos ou proteger algo ou destruir um inimigo enorme. Mas também isto se torna... repetitivo.

Um bug engraçado no jogo original.
Para apimentar as coisas, um dos primeiros patches do jogo introduziu missões diárias e semanais, bem como as Nightfall Strike. As diárias eram fáceis mas as semanais conseguiam ser desafiantes com boas recompensas. Já as Nightfall pecavam por dois motivos: não tinham matchmaking, obrigando-nos a recrutar manualmente uma equipa e por serem, por vezes, excessivamente difíceis devido ao spawn infinito de inimigos. Voltando um pouco atrás, as Raids eram um dos grandes atractivos do jogo mas a única que existia nesta versão (antes dos DLC's) sabia a pouco e era um tanto fácil. Complementando estes modos PvE, o PvP contém diversos modos já conhecidos onde podemos testar o poderio do nosso Guardian conta outros. Por vezes surge o Iron Banner, um evento periódico com a possibilidade de ganharmos itens exclusivos e sem o balanço do PvP normal.

Aranhas gigantes! Adoro-as!
Apesar de todas as promessas, a versão original de Destiny revelou ser um pãozinho sem sal. Inicialmente há aquela sensação de descoberta, o tal wow factor mas após isso vem tudo o resto: habituação; o jogo não passa disto, desespero; tentamos explorar tudo, descobrir coisas novas, até bugs e exploits, aceitação; já fiz o que tinha a fazer neste jogo, já chega. A última edição que traz o conteúdo todo lançado até à data poderá ser um novo ponto de partida para antigos jogadores mas não me vejo a jogar isto novamente a não ser por motivos de comparação aqui no blog. E com tudo isto, temos mais um JOGALHÃO DE FORÇA.

Próximo jogo: uma trilogia em formato digital na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

6 comentários:

  1. Destiny foi um jogo que adquiri na altura de lançamento. A preço de lançamento, versão normal, PS4. Aquilo que me cativa e cativou foi a sua jogabilidade. É magnífica: fluida, simples, dá imenso gozo. Infelizmente o mundo que a rodeia, apesar de visualmente espectacular, por vezes, bem como a forma como este é apresentado deixou algo a desejar. Sinto a falta de um verdadeiro Single Player com história e com objectivos mais significantes quer para nós como personagens, quer para o mundo.
    Sei que o jogo sofreu melhorias mas nunca mais voltei a ele, mas a jogabilidade, isoladamente, fez com que tivesse gasto umas 30-40 horas.
    Bom jogalhão, merece os 3 punhos :D

    ResponderEliminar
  2. Dizem que agora está bem melhor e até já tem corridas de sparrow (coisa que no lançamento fazíamos só para o gozo). O problema é que não vou pagar mais para jogar o conteúdo adicional a menos que arranje a nova versão a 10 euros. Acho bastante injusto para quem suportou isto desde a versão beta mas é assim que funciona o mundo.

    ResponderEliminar
  3. Estava a pensar em orientar isto usado para a PS4, pois apesar de já ter aqui o Bloodborne, não me quero aventurar nele sem antes ter pegado nos Souls. Estava a pensar em comprar a versão Vanilla do Destiny precisamente por querer jogar algo de forma descompromissada e a seu tempo. No entanto, com todas estas influências de MMOs não sei se vai ser assim tão linear... o que dizes?
    E esta nova edição, é apenas uma expansão e requer o jogo base ou é uma espécie de GOTY com DLCs incluídos?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Na PS4? Estás disposto a pagar PSPlus só para jogar online? É que na PS3 jogas à borla (precisas de estar ligado online mesmo que queiras jogar apenas a main story sozinho) e a experiência é a mesma. Se comprares a Vanilla, vais ter de instalar tudo o que saiu até agora, ou seja, patches e expansões embora não tenhas acesso às mesmas a menos que pagues por elas. Se comprares a The Taken King, tens direito a tudo o que saiu até agora (Vanilla e o resto) mas se sair mais conteúdo, vais desembolsar mais. O Bloodborne hei-de jogar, mesmo sem ter jogado os Soul's visto aquilo só partilhar o sistema de jogo/dificuldade insana. xD

      Eliminar
  4. Eish, nem me lembrava da PSN ser paga na PS4. PS3 version it is then!
    Esse The Taken King tinha mesmo a impressão que precisava da versão Vanilla... bom, o jeito é esperar então! Pode ser que saia uma versão ainda mais XPTO daqui a uns tempos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pelo full price que pedem seria criminoso não ter a vanilla incluída. Aliás já é um crime ser tão caro, especialmente para quem começou a jogar desde a vanilla (tal como eu, feito burro). Mas o jogo está a morrer, de acordo com as internetes, já não há nada de interessante para fazer e novidades são apenas rehash e recycle de merdas antigas. Bungie ftw...

      Eliminar