21 de abril de 2011

Galerians

Jovem, a droga consome-te!
Desenvolvido por: Polygon Magic, ASCII
Publicado por: Crave Entertainment
Director: Hiroshi Kobayashi
Artista: Shou Tajima
Compositor: Masahiko Hagio
Plataforma: PlayStation
Lançamento: 26-08-1999 (JP), 29-03-2000 (EUA), 18-06-2000 (EU)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: 3x CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco), Compatível com o Comando Analógico, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas duas vezes.

(Jogo novo em casa, mais uma para meter na lista...)

Aquela frase é bem verdade!
Survival Horror é sem dúvida alguma um dos meus géneros preferidos dentro dos videojogos. O clima de tensão, o ambiente sombrio e altamente atmosférico, sem descurar o som que nos faz um arrepio percorrer a espinha, tudo isto é algo que em conjunto me faz vibrar sempre que pego num jogo deste tipo. E há muitos, uns melhores que outros, mas variados apelando a todos os gostos com histórias bastante diferentes. No entanto, hoje em dia é um género que talvez já não tenha a mesma aura de antigamente mas consegue ser de facto mais realista. Mas como eu gosto é de coisas à antiga, o jogo de hoje é mesmo desses, assim muito 1999/2000 e foi comprado muito depois de ter saído, por cerca de 5 mil escudos, na Fnac do Chiado. Foi claramente uma compra de impulso.


Galerians é um Survival Horror que em nada se assemelha aos restantes desta época. Aqui não temos zombies, nem enfermeiras deformadas mas sim inimigos estranhos com consciência e alguns andróides. A história deste jogo centra-se no jovem Rion, que acorda numa sala de observação de um hospital sem se lembrar de nada, muito menos de quem é. Lá nos confins da sua mente, ouve a voz de uma rapariga a chamá-lo e a pedir-lhe ajuda pelo que decide sair dali e ir à procura dela. Descobrindo que tem poderes de psychokinesis, usa-os para sair do quarto deparando-se com os funcionários do estabelecimento aos quais oferece resistência. Sem que tenha consciência disso, vai descobrir que muita coisa se passa naquele hospital, nomeadamente experiência ao nível psíquico, ao qual chamam G Project...

Manuais e disco 1.
Como bom Survival Horror que é, à antiga, Galerians apresenta-se numa perspectiva tridimensional, onde os cenários 2D pré-renderizados desempenham perfeitamente o seu papel, com bastante detalhe e todos aqueles pormenores possíveis a 2D. Nestes mesmos controlamos um Rion a 3D, bem como lutamos contra toda a espécie de inimigos, igualmente desenhados do mesmo modo. Embora os cenários sejam variados pois não a acção não está limitada somente ao hospital, os modelos 3D não são os mais bonitos que vi até hoje e dada a altura do campeonato em que Galerians foi lançado, pedia-se algo melhor neste campo. Não estão maus mas não são de topo. Contudo cumprem a sua função com a fluidez necessária e sem solavancos, ainda que as animações pareçam um bocado arcaicas. Partes da história são contadas nas cutscenes em CG mas estas tem um aspecto muito incompleto e demasiado simples, tendo em conta as de outros jogos da época.

Disco 2 e 3 em azul nojo.
A música em Galerians serve essencialmente para criar ambiente, um pouco como algumas faixas da saga Resident Evil, sem que haja nenhuma memorável em particular. Está lá, funciona perfeitamente e é isso que interessa num jogo assim. O som não é nada de espectacular mas é igualmente funcional. Já o voice-acting é um bocado a puxar o mauzinho, sem que as personagens tenham carisma ou convicção nos diálogos, fazendo com que o jogador não ganhe empatia suficiente por nenhuma delas, mesmo os vilões que por norma costumam cativar.

BAM! Mesmo na bochecha!
Na onda de Resident Evil está a jogabilidade, utilizando o mesmo esquema de tank controls que é mais do que arcaico mas funciona relativamente bem. A grande diferença é que em Galerians, Rion não utiliza armas de fogo ou de outro tipo. Em vez disso utiliza os seus poderes psíquicos que lhe permitem imolar os inimigos, ou para leigos, pô-los literalmente em chamas, bem como arremessá-los com telekinesis. Para os poder utilizar tem de tomar drogas, ou como lhe chamam neste jogo, Psychic Power Enhancement Chemicals (PPEC). Estas existem espalhadas pelo jogo em quantidades limitadas pelo que devemos tentar racionar ao máximo, evitando para tal confrontos desnecessários. Exploração é algo que não existe muito mas puzzles há com frequência, obrigando-nos a pensar um pouco. Rion tem uma barra de energia, uma para controlar o nível de droga que permite o uso de poderes e uma que se designa por AP. Esta última vai enchendo à medida que levamos dano, usamos os poderes ou estamos em situações de stress. Quando atinge o máximo, Rion entra num estado de descontrolo e consegue matar qualquer inimigo com um só golpe, excepto os bosses, como é óbvio. Contudo isto deve ser usado com cautela pois pode matar Rion se exceder o limite. E falando em bosses, as lutas podem ser longas e até um pouco difíceis tendo em conta as limitações de Rion a atacar e a própria mecânica de jogo.

Droga para acalmar.
Galerians não teve muito sucesso mais ainda assim escreveram-se duas novels acerca do jogo e foi lançado um OVA (Original Video Animation) de três partes (no Japão, pois nos EUA saiu em formato filme) em CG chamado Galerians: Rion e que conta a história do jogo. Mais tarde saiu a sequela Galerians: Ash, na PS2 mas a critica foi severa com este jogo e más notas se seguiram. Não tive contacto com o mesmo pelo que não posso de todo fazer juízos ou análises.

Não deixando de ser um jogo interessante, Galerians perde por aspectos de jogabilidade mas tem uma história suficientemente curiosa para ser jogado até ao final, pelo menos uma vez. Como tal é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Zombies e crónicas de eventos passados, amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

2 comentários:

  1. Representou no jogo, sensacional! Por mais que a jogabilidade não seja uma das melhores, esse jogo é foda, e quando se começa a jogar a curiosidade toma conta! Boa dica!

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  2. Obrigado pela visita e pelo comentário! :) De facto foi um jogo cheio de surpresas.

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