15 de abril de 2011

Final Fantasy IX

Mais uma capa aprovada pela simplicidade.
Desenvolvido por: Square
Publicado por: Square
Director: Hiroyuki Ito
Produtor(es): Hironobu Sakaguchi, Shinji Hashimoto
Artista(s): Hideo Minaba, Shukou Murase, Toshiyuki Itahana
Argumentista: Hironobu Sakaguchi
Compositor: Nobuo Uematsu
Plataforma(s): PlayStation, PlayStation Network
Lançamento: 07-07-2000 (JP), 14-11-2000 (EUA), 16-02-2001 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: 4x CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco), Compatível com o Comando Analógico, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Muitas horas de jogo mas ainda não o acabei, para grande vergonha minha.

(Decidi, daqui para a frente, incluir algumas imagens dos jogos para tornar a coisa visualmente mais apetecível.)

Sem autocolantes!
Muitos jogos nascem de conceitos simples onde o essencial é que cativem o jogador através de dois elementos muito básicos: história e jogabilidade. Ambos não são de todo uma tarefa fácil pois requerem muita imaginação, dedicação, trabalho e acima de tudo conhecimento. E assim nascem grandes títulos que consoante o sucesso vão mudando para melhor ou para pior. Há casos em que mudam para ambos os lados mas há sempre aqueles que decidem regressar às origens, muitas vezes por uma questão de agradar os fãs, que são não só o público-alvo mas também os maiores críticos do trabalho destes senhores que fazem jogos. A saga Final Fantasy é conhecida por enumeras coisas e uma delas é sem dúvida o regresso às origens, ao ambiente dos primeiros jogos. O jogo de hoje é um desses casos onde o regresso ao passado resultou bem. Este meu exemplar chegou à colecção por volta de 2001 mas não sei ao certo aonde o adquiri. O preço deve ter rondado os 9.990$, preço normal para um jogo de PlayStation naquela época.


CD1, CD2 e manual.
Final Fantasy IX é mais um RPG saído das cabecinhas pensadoras da Square, onde seguimos a história de Zidane Tribal, um ladrão que viaja juntamente com os seus companheiros da Tantalus Theater Troupe, situando-se no mundo de Gaia, onde coabitam diversas espécies desde humanos à criaturas mais curiosas. A dada altura, Zidane e o seu bando raptam a princesa Garnet, na sua festa do 16º aniversário e ficam a saber que esta jovem está mais preocupada com as acções negativas da rainha Brahne de Alexandria do que propriamente com o facto de ter sido raptada. Não ignorando a situação Zidane, juntamente com Garnet e o resto do bando ao qual também se juntaram Vivi, um pequeno Black Mage e Steiner, guarda pessoal de Garnet e fiel servente de Alexandria, decide pôr um fim à guerra iniciada pela rainha Brahne para que tudo volte a ser como dantes. Mas mal sabem eles que a rainha não passa de um mero fantoche nas mãos do pérfido Kuja. Muito mais está para vir no meio disto tudo...

CD3, CD4 e papelada diversa.
Se achavam os anteriores títulos bons a nível gráfico, FFIX consegue esticar os limites da PlayStation um pouquinho mais trazendo-nos uns excelentes ambientes pré-renderizados em 2D e uns modelos poligonais 3D para as personagens, que primam pelo detalhe e pela animação, sendo como é de calcular suficientemente fluidos em todos os seus movimentos. E tendo falado de "regresso às origens", rapidamente nos apercebemos que este Final Fantasy tem parecenças com os antigos de SNES, sendo que a fantasia se faz realmente sentir um pouco por todo o jogo, começando nas cidades e acabando nas próprias personagens. Perdeu o ambiente cyberpunk de FFVII, o look realista e ocidental de FFVIII mas ganhou-se toda a fantasia inerente à saga. É de referir que as cutscenes mais uma vez demonstram o trabalho e dedicação da Square a esta saga, proporcionando bons momentos visuais. O motor gráfico também demonstra o seu enorme potencial pois voltamos a ter quatro personagens em batalha, ao contrário das três dos anteriores jogos de PlayStation, não havendo quebras nem tão pouco slowdowns.

Nobuo Uematsu encerra assim o ciclo de ser o compositor exclusivo da saga, tendo composto cerca de 160 faixas para este jogo, das quais aproveitou 140. Sendo este Final Fantasy virado para um ambiente medieval, foi-lhe concedida uma pausa para viajar pela Europa procurando assim a inspiração necessária para o trabalho. O resultado foi excelente, com uma larga selecção de memoráveis músicas e algumas reminiscências de obras anteriores, como por exemplo, o tema da cerimónia de boas vinda de Rufus em FFVII! Mas sem dúvida, a música deste jogo transmite todo o ambiente de fantasia e caracteriza muitíssimo bem o talento de Uematsu enquanto compositor. O som acompanha os padrões de qualidade como sempre, não tendo portanto que referir nenhum tipo de pontos positivos ou negativos.

Quatro contra um a nossa favor.
Novidades surgem no campo da jogabilidade, começando logo pelos quatro elementos em simultâneo nas batalhas. Isto permite-nos uma maior diversidade de acções, bem como evoluir mais rapidamente as personagens mas não torna de todo a tarefa de combater mais fácil, pois os inimigos também foram programados para equilibrarem a situação. Claro que alguns poderão requerer algum grinding mas não é nada ao qual não estejamos já habituados. As nossas personagens obedecem agora a uma espécie de Jobs, como visto em outros jogos anteriores a este, sendo que cada um tem acção exclusivas e é necessário constituir uma equipa equilibrada para todo o tipo de situações. Zidane é o ladrão, Steiner o cavaleiro lutador do grupo enquanto Vivi por exemplo se encarrega da Black Magic. Garnet por seu lado é um misto de White Mage com Summoner, podendo invocar os Eidolons (equivalentes dos Summons e GFs) para ajudar em combate. Obviamente existem mais personagens jogáveis com funções semelhantes às destas.

Que vergonha, a roubar a avó...
Voltando às origens, o combate desenrola-se sob o sistema Active Time Battle (ATB), com muitos ataques físicos, magia q.b., summons e afins. Contudo podemos a dada altura utilizar duas magias num turno e como já é hábito, soltar o "monstro" dentro das personagens utilizando o Trance (equivalente ao Limit Break), para ataques devastadores. O equipamento volta a ter um papel preponderante na evolução das personagens afectando estatísticas e até futuras habilidade e acções. Este mesmo pode ser combinado entre si o que nos permite, a título de exemplo, criar novas armas com as que já temos. Existindo diversos tipos há que escolher o que melhor se adequa à classe das nossas personagens pois isso terá impacto na experiência ganha, bem como em tudo o resto, quando subimos de nível. Um novidade curiosa é o Active Time Event (ATE), que nos permite viver dois acontecimentos em simultâneo, tendo impacto nas personagens, desenrolar da história e outros aspectos. Muitas das vezes também serve para vermos o que se passa quando temos de separar o grupo em duas equipas, indo cada uma para seu lado. Uma vez mais a exploração pode ser feita a pé, de Chocobo, barco e claro, Airship havendo um imenso mapa mundo a ser explorado. De FFVIII aproveitaram o jogo de cartas que agora se chamada Tetra Master e é bem mais pormenorizado, recompensando aqueles que o jogarem avidamente. Os Moogles voltam a fazer parte deste universo ajudando-nos a guardar o progresso e operando a conhecida Mognet que permite o envio de mensagens para outros Moogles. Novas tecnologias...

Os seus desejos são ordens!
Em termos de curiosidades, FFIX teve imensa promoção no Japão, nomeadamente através de um acordo entre a Square e a Coca-Cola, que resultou num spot publicitário de 30 segundos, onde víamos Zidane e o resto do pessoal a correr pela cidade atrás de uma carica. A palavra Tsu-na-ga-ru era o remate final que se traduz em algo como "Estar ligado". Não menos interessante é o facto de se poder ligar um segundo comando à consola, para se controlar parte da equipa resultando numa espécie de Co-Op. Isto pode ser modificado nas opções de jogo.

Em suma Final Fantasy IX é isto, um excelente regresso à origens em todos os aspectos. Bom ambiente, história típica mas agradável, várias side quests e personagens mais viradas para a fantasia, que tantas horas nos "roubou" no passado. Poderá não agradar a todos mas é isso que faz deste título um JOGALHÃO DE FORÇA! Agora tenho é de o terminar pois nem falta assim muito...

Voltamos à pancada, amanhã. Sem falta! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. As pessoas criticam muito os personagens do FFIX, e eu acho injustamente, são todos bem divertidos ao meu ver. Só não gostei do nome do Zidane.

    Lembro que não conhecia o jogo ainda e fui na casa de um amigo meu, e ele tava jogando o ff9, e vi o nome do líder Zidane, e pensei nossa que nome esquisito que o cara colocou :S hahahaha'

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