25 de abril de 2011

Metroid - Zero Mission

O preço estava colado ali...
Desenvolvido por: Nintendo R&D1
Publicado por: Nintendo
Director: Yoshio Sakamoto
Produtor: Takehiro Izushi
Compositor(es): Kenji Yamamoto, Minako Hamano
Plataforma(s): Nintendo Game Boy Advance
Lançamento: 09-02-2004 (EUA), 08-04-2004 (EU), 27-04-2004 (JP)
Género(s): Aventura, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 64-megabit
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartucho (3 Slots), Compatível com Metroid Fusion para troca de dados.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes, duas delas a 100%.

(E a PlayStation Network continua em baixo...)

Ainda antes de ter tido a ideia de fazer um blog sobre a minha colecção de jogos, escrevi alguns artigos, nomeadamente análises para alguns sites e fóruns da especialidade, tendo até mesmo participado em passatempos em revistas, tendo ganho um jogo num deles. Não sei se foi sorte ou se gostaram mesmo do texto mas a ideia era uma análise sucinta e pequena sem grande hipótese para devaneios. Ora assim o fiz, embora prefira levar as coisas mais além. Mas esta "conversa" toda serve apenas para vos alertar que o resto deste texto é adaptado de uma review que fiz para o jogo de hoje, há uns anitos atrás. Achei que o que escrevi anteriormente faz todo o sentido mas creio que necessita de uma ligeira mudança. Ah, e o jogo em questão entrou na colecção em 2008 se não estou em erro, tendo custado cerca de 12 euros na Vobis do Almada Fórum.


Autocolantes horríveis!
Vamos a factos históricos. 1986. Os Metroid fazem a sua primeira aparição na Famicom Disc System. Samus Aran é convocada pela Galactic Federation para perseguir os Space Pirates até ao planeta Zebes e pôr fim aos seus planos diabólicos de usarem os Metroid contra o universo. 2004. Samus Aran é incumbida da mesma missão. Paradoxo Temporal? Certamente não, é apenas mais um remake, excelente por sinal. 20X5. Os Metroid são uma espécie de predadores, oriundos do planeta SR388 de onde foram recolhidos e que se alimentam da energia vital de outras criaturas, constituindo assim uma ameaça enorme para toda a galáxia. Reproduzem-se através de uma rainha que coloca os ovos, passando por diversos estágios de evolução até atingirem a forma adulta. Os Space Pirates roubaram os espécimes recolhidos de uma estação espacial e encaminharam-se para o planeta Zebes onde se encontra a sua base controlada pela poderosa Mother Brain. Cabe a Samus impedir que levem a melhor os seus planos e é aqui que esta "nova" aventura começa...

Manual, papelada e cartucho.
Metroid - Zero Mission é um remake do original de NES e conta com diversas novidades face ao seu antecessor. Para começar, o grafismo sofreu uma remodelação completa que se assemelha muito ao velhinho Super Metroid, visto que ambos decorrem no mesmo local, embora existam logo à partida diferenças notórias a nível de localizações e inimigos, sendo que existem também novas áreas, como Chozodia, que não estavam presentes no original e nem mesmo em Super Metroid. Contudo não deixamos de sentir uma certa nostalgia ao passar por certos locais, que tantas vezes visitámos na versão de NES. Samus e os demais inimigos estão extremamente bem animados, com sprites grandes e coloridos, dotados de uma fluidez impecável e sem solavancos. Mesmo os gigantes Ridley e Kraid movem-se convincentemente no pequeno ecrã do GBA, isto já para não referir os novos mini-bosses. Para melhorar ainda mais esta experiência e demonstrar o excelente trabalho da equipa que cuidou do grafismo, esta versão foi presenteada com cutscenes, assim a tirar um pouco para o estilo anime, onde ficamos a conhecer bocados da história e vários eventos, como as memórias de Samus.

No campo sonoro, MZM é muito bom. Os temas são praticamente os mesmos da versão original, adaptados e remixados para o hardware superior do GBA. A um nível geral os efeitos sonoros estão excelentes como seria de esperar e um bocado superiores aos que pudemos constatar em Metroid Fusion, ainda que essa diferença seja mínima e não perturbe em nada a experiência de jogo.

Kraid faz o checkup dentário.
A jogabilidade não podia ser melhor. Samus responde de forma precisa a todos os nossos inputs e conta com diversos movimentos já conhecidos de jogos anteriores como a Morph Ball, Speed Booster, Screw Attack, Space Jump e Power Grip, sendo que os botões se encontram dispostos para as mesmas funções que encontramos em Metroid Fusion. Facilmente qualquer jogador novato consegue habituar-se aos controlos e tirar o maior partido possível do jogo sem grandes dores de cabeça. Alguns movimentos exigem porém uma certa perícia como por exemplo uma técnica avançada que dá pelo nome de Shinesparking e que não vem referido no manual de instruções mas é um movimento indispensável se estiverem com ideias de conseguir arrecadar 100% em itens ou os saltos com as bombas infinitas quando estamos no modo Morph Ball. Novidades nesta versão incluem um mapa, que apesar de se manter tal e qual o de Metroid Fusion, permite-nos aceder aos mapas de qualquer área mesmo sem que estejamos fisicamente presentes na mesma. É agora também possível utilizar as estátuas Chozo para recarregar a energia de Samus, caso estejamos em apuros. Como manda a tradição, o jogo encontra-se dividido em sete áreas que requerem o máximo possível de exploração e claro, só estarão acessíveis por completo à medida que se vão apanhando power-ups e outros items que permitem abrir portas ou chegar a pontos inicialmente inacessíveis. Para os mais hardcore, o jogo apresenta três níveis de dificuldade que não afectam o final, portanto é mesmo uma questão de escolherem o vosso "veneno".

Estátuas já nossas conhecidas.
E ainda dentro da dificuldade, MZM não é de todo um jogo fácil. Aliás, provavelmente é dos jogos mais difíceis desta saga mas curiosamente os bosses são fáceis demais, especialmente quem jogou o original ou até mesmo o Super Metroid, certamente vai notar diferença. A dificuldade deste jogo prende-se justamente em conseguir todos os itens, visto que muitos deles parecem estar em sítios completamente impossíveis de se alcançar. Isto em Metroid Fusion já tinha sido um facto mas em MZM é sem dúvida a confirmação.

Uma característica interessante neste jogo é o facto de podermos chegar a certas áreas muito antes do tempo, visto que é o primeiro Metroid que foi desenhado para Sequence Breaking, ou seja, podemos chegar a sítio X sem ter o item Y para tal. Ora isto é um atractivo para quem gosta de Speed Runs e pretende acabar o jogo no menor tempo possível para conseguir um dos vários finais disponíveis, mas é certo que maioria dos jogadores prefere "curtir" a paisagem e desfrutar plena e lentamente toda a diversão que o jogo tem para oferecer. E eu concordo totalmente com esta última parte.

Um cérebro num frasco controla tudo!
Se nunca pegaram num Metroid, este sem dúvida devia ser o primeiro pois é o início de tudo contado de forma explícita e agradável. Se jogaram o original, este é uma boa desculpa para revisitar novamente toda a experiência, pois oferece excelentes surpresas para os fãs. Creio que não é preciso muito mais para ser um JOGALHÃO DE FORÇA!

Voltamos com porrada no Game Boy, já amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

3 comentários:

  1. Este jogo é um belo exemplo de como um remake deve ser feito. Gostei bastante de o ter jogado.

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  2. Parece um pouco estranho nunca terem lançado também uma reedição do Super Metroid para o GBA. Se o Fusion e Zero Mission angariaram novos jogadores, se o ZM é um remake e se ambos têm um "look" que vai buscar muito ao Super Metroid, parece-me um bocado parvo não reeditarem o jogo.

    http://www.youtube.com/watch?v=ftgFSKYur4I

    E agora que estou a pensar nisto... Não seria um espectáculo se a Nintendo lança-se Metroids 2D para a 3DS com gráficos ao nível do Symphony of the Night ou Dawn of Sorrow? Parece que houve um grande oportunidade perdida aqui.

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    1. Na altura do GBA, era para ter saído uma versão do Super Metroid, tal como saiu do TloZ - A Link to the past e outros tantos, com algumas novidades. A ideia foi descartada a partir do momento em que se falou no Metroid Fusion, a sua sequela directa. Quanto ao um novo Metroid 2D, falou-se nisso ainda no tempo da DS, sendo que a dica começou por ser dada num dos Metroid Prime (onde se lia num documento, "Project Metroid Dread"). Depois saiu o MP Hunters, uma nódoa na série e agora na 3DS a ver vamos. Já se falou nisso mas a Nintendo sempre se mostrou reticente quanto a esta saga pois não tem muita fama no Japão (coisa inversa no resto do mundo). Eles é que sabem, espero é que saia um à antiga. :)

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