|
Quem não conhece este logo? |
Desenvolvido por: Probe Ent.
Publicado por: Acclaim
Designer(s): Ed Boon, John Tobias
Compositor: Dan Forden
Plataforma(s): Nintendo Game Boy, Super Nintendo, Arcade e todas as que se lembrarem.
Lançamento: 13-11-1993 (EUA), 24-12-1993 (JP), Algures em 1994 (EU)
Género: 2D Fighting
Modos de jogo: Modo torneio para um jogador, Multiplayer para dois jogadores via Game Link.
Media: Cartucho de 1-megabit
Funcionalidades: Compatível com o cabo Game Link.
Estado: Completo.
Condição: Impecável.
Viciómetro: Acabei-o demasiadas vezes, mesmo sendo um mau jogo no geral.
(Sol e bom tempo deixa qualquer um bem disposto!)
|
Eu tentei arrancar este autocolante... confesso. |
Nos anos 90, quem tinha uma consola era bem capaz de ser o herói da turma devido aos elevados preços que estas custavam. Muitos de nós provavelmente só tínhamos uma pois os nossos pais assim o entendiam, não só pelo custo do hardware e posteriormente do software mas também porque éramos miúdos e devíamos brincar uns com os outros em vez de estarmos agarrados a jogatanas ou a computadores. Claro que sempre que tinha hipóteses para tal, lá estava eu de volta das máquinas mas até acho bem que hoje em dia não se dê este tipo de coisas aos miúdos desde cedo. Têm de aprender a esfolar joelhos primeiro e a cair da bicicleta antes de passarem aos aparelhos electrónicos. Esta conversa toda é apenas para servir de introdução ao jogo de hoje que faz parte dessa época. Não sei ao certo quando chegou, deverá ter sido em 1994 e possivelmente foi prenda de aniversário. Não consigo descortinar mais nenhuma informação...
|
O conjunto completo. |
Mortal Kombat no
Game Boy é apenas mais uma conversão do famoso êxito dos salões de jogos. Famoso não por ser mais um jogo de porrada mas sim pela sua extrema violência e o seu grafismo digitalizado que tanta controvérsia gerou, especialmente quando chegou às casas de família para as consolas caseiras e portáteis. Um jogo deste tipo por norma não precisa de uma grande narrativa e este não é excepção.
Shang Tsung, um feiticeiro do
Outworld decidiu organizar na Terra um torneio de artes marciais, conhecido como
Mortal Kombat onde os participantes de defrontam até à morte para chegar ao pódio onde o actual campeão os espera para o derradeiro confronto. Nesta versão de
Game Boy, apenas 6 dos 7 participantes originais fizeram a transição deixando de fora
Johnny Cage e até mesmo
Reptile (personagem secreta não jogável), bem como no geral o jogo sofreu muitos cortes. Mas já lá vamos.
|
Uma ronda que vai demorar. |
No que concerne à parte gráfica, tentou-se manter o mesmo
look das versões de arcada e consolas caseiras, resultando num misto um tanto estranho. Apesar das personagens até parecerem seres humanos e darem ares às originais, estas mexem-se tão lentamente que uma corrida de lesmas consegue ser mais empolgante. É incrível como é que conseguem fazer
sprites bons tão lentos, isto já para não falar na animação que sofre de quebras e falta de
frames, especialmente se jogarem com o
Scorpion que a animação da
Spear se resume a um murro baixo! Os cenários são talvez parte que mais sofre pois ficaram reduzidos a apenas três... sim TRÊS! E nenhum dos três é particularmente interessante.
Sonoramente este MK é lástima. Os feitos sonoros são ridículos e nada acrescentam ao jogo. Nem o som dos uppercuts tem aquela violência do original e da versão de SNES. Não há vozes para ninguém, até porque nesta época ainda não se tinha descoberto que o Game Boy era capaz disso. A música resume-se a duas faixas que tocam ad eternum, alternadas entre os combates. Apesar de não ser do piorio, a dada altura torna-se de tal forma irritante que acabamos por desligar o som.
|
Até nisto o jogo é lento. |
Na parte que realmente interessa em qualquer jogo,
MK deita tudo a perder. Apesar de ter um número decente de lutadores à escolha, a jogabilidade é tão lenta e tem tanto
delay nos movimentos, que é preciso mesmo um curso para conseguir jogar decentemente. Quanto muito, é preciso ter paciência e ganhar o hábito de fazer as combinações de botões em câmara lenta. Para piorar e complicar ainda mais a situação, os senhores programadores deviam estar tão *
fdp* de drogados, que resolveram alterar os golpes das personagens! E quando digo os golpes refiro-me a todos os golpes de todas as personagens. Para terem uma pequena ideia, o
Fatality do
Scorpion sempre foi defesa, cima, cima ou somente cima, cima muito rapidamente, à distância de uma rasteira. Nesta versão, é frente, frente, frente, defesa! Ah, e nem sempre resulta pois temos de colocar a personagem no canto do cenário para andar 3 passos em frente, que neste jogo parecem 3 quilómetros pois as personagens deslizam, e depois carregar em A+B que é a combinação genial que acharam para a defesa. Se carregarem depressa demais, sem um ligeiro atraso entre o
D-pad e os botões A+B, o golpe não é assumido. Penso que não preciso dizer mais nada.
|
Os cenários são pouco inspiradores. |
O jogo em si não é difícil mas torna-se como tal devido a esta jogabilidade terrível e claro, ao
Goro que não sei porquê é estupidamente mais chato que qualquer outra personagem, incluindo
Shang Tsung. Curiosamente é a única versão de
Mortal Kombat (se não considerarmos o
Trilogy) onde podemos jogar com
Goro através de um código. Ainda assim temos primeiro de acabar o jogo, deixar os créditos correrem e quando aparece a dizer
"The End" carregar em cima/esquerda,
select e A ao mesmo tempo, aguentando até o ecrã de título aparecer. Mal este apareça temos de largar tudo e se a coisa correr bem, aparece uma imagem do
Goro e podemos jogar com ele até que a nossa paciência se esgote. Como seria de esperar, não há sangue, os
Fatalities foram travestidos de maneira pior do que a versão
SNES e o
Johnny Cage não existe, apesar de existirem dados da personagem na
ROM do jogo. Mas isso já são pormenores a mais.
E penso que disse tudo o que há para dizer deste jogo. É mau mas naquela época era um espectáculo pois éramos miúdos e queríamos era porrada. Joguei-o muitas vezes, tanto sozinho como a dois, onde os combates pareciam um jogo de xadrez, por demorarem tanto tempo. Por estas razões, ainda que más mas nostálgicas, é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã vamos até ao espaço, revisitar uma guerra famosa. É aqui portanto apareçam... :D
MURRALHÕES DE FORÇA:
Clones de MK é coisa que não falta. :D Destaco particularmente o Kasumi Ninja na Atari Jaguar que é muito mas muito mau! Não deixa de ser cómico ver um jogo tão mau.
ResponderEliminar