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Facto: esta capa é feia mas apelativa. |
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Produtor: Yoshiki Okamoto
Compositor(es): Yoko Shimomura, Isao Abe, Yoshihiro Sakaguchi
Plataforma(s): Nintendo Game Boy, Super Nintendo, Mega Drive, Arcade e muitas outras.
Lançamento: Setembro de 1995 (EUA, EU, JP)
Género: 2D Fighting
Modos de jogo: Modo torneio para um jogador, Modo Vs. para dois jogadores via Game Link
Media: Cartucho de 4-megabit
Funcionalidades: Compatível com cabo Game Link, Compatível com Super Game Boy
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes, mesmo sendo uma versão inferior.
(Esta Primavera anda muito tímida...)
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Mais um autocolante na colecção. |
Os jogos de luta sempre fizeram as delícias de todos os fãs de pancada, quer fosse nas arcadas ou no conforto do lar, numa consola caseira. Mas a dada altura chegaram às portáteis, que sendo de
8-bit na altura, não eram de todo as máquinas indicadas para correrem certos jogos que requeriam mais poder do hardware. No entanto conseguiram-se algumas proezas tecnológicas e certos jogos apareceram na sua versão portátil, não só com bom aspecto mas retendo tudo ou quase tudo aquilo que os tornaram num sucesso, nas outras plataformas. Mas, como é de calcular, nem todos tiveram essa sorte, se assim se pode dizer e alguns caíram na desgraça e posteriormente no esquecimento. O jogo de hoje ilustra bem esse cenário. O meu exemplar foi-me oferecido, por um motivo qualquer, o qual não me recordo, pela minha mãezinha que tanto cultivou a parte
Nintendo que existe em mim. :)
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Manual, cartucho e papelada. |
Street Fighter II no
Game Boy era algo impensável e até certo ponto, impossível de concretizar, devido às limitações técnicas do próprio
hardware da pequena máquina da
Nintendo. Contudo esta mesma máquina era uma autêntica caixinha de surpresas e as suas limitações conseguiam ser sempre ultrapassadas de um modo ou outro, surpreendendo-nos a cada episódio.
Street Fighter II foi de facto uma surpresa pois ninguém estava à espera que tal fosse possível mas se regressarmos um bocado atrás no tempo,
Mortal Kombat II fez com que as nossas esperanças ganhassem uma nova força. E assim, este apareceu. A história de
Street Fighter é mais do que complexa para estar a tentar resumir em algo que se perceba portanto, não o vou fazer. Só precisam de saber que é um torneio para ver quem é o campeão do mundo e há um mauzão por trás a controlar tudo.
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Zanfieg não defende, aguenta o impacto! |
A nível gráfico e visual,
Street Fighter II é dos melhores jogos de luta que o
Game Boy tem. Os cenários, ainda que não tão pormenorizados quanto os das versões superiores, estão bons, mantendo muitos dos elementos que os popularizaram. Os
sprites das personagens são grandes
q.b. mas conseguem reter o detalhe e assim torná-las bem distintas umas das outras, sem parecem atabalhoadas. Neste campo aproveitou-se o trabalho feito em
Super Street Fighter II, dado que os
sprites e imagens dos lutadores são todos oriundos deste mesmo jogo. Contudo, em termos de fluidez, não é de todo o melhor jogo do género, deixando muito a desejar.
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Os 9 magníficos! Hmm, espera aí... |
A parte sonora de
SFII no
Game Boy é algo de reminiscente do original, com algumas músicas conhecidas re-arranjadas de forma a caberem dentro do pequeno cartucho de
4-megabit. Estas são facilmente identificadas e o trabalho feito neste departamento é algo de espantoso. Já na parte dos efeitos sonoros nota-se que há um pequeno desleixo pois os sons são um pouco a tirar para o monótono e repetitivo, sem terem grande qualidade também. Como seria de esperar não existem vozes de espécie alguma, embora o
Game Boy conseguisse essa proeza, como já se ouviu em outros jogos, com bastante clareza.
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Blanka a fazer gracinhas... |
Realmente onde
SFII falha e não devia é na jogabilidade. Apesar de se ter conseguido com apenas dois botões de acção manter quatro golpes que se traduzem em dois murros e dois pontapés de intensidades diferentes, controlar qualquer um dos lutadores é uma pequena dor de cabeça, pois as animações estão bastante incompletas e de certa forma quebradas. Apesar de bonitos, os
sprites estão um bocado mal animados e a fluidez é algo que não existe neste jogo. Para piorar a situação, sofre do mesmo mal de
Mortal Kombat, no
Game Boy, visto existir um
delay considerável entre o nosso input e o golpe ser executado, ainda que isto não seja tão mau quanto esse jogo. Mas que afecta a jogabilidade no geral, é um facto mais do que comprovado. Continuando nos pontos negativos, a
hit detection é estranha pois os nossos golpes nem sempre parecem acertar o alvo e para quem já tem calo das outras versões vai achar isto um descalabro. Na dificuldade,
SFII no
Game Boy é provavelmente umas das versões mais difíceis de sempre, pois tudo o que for acima de
Normal, é uma valente dor de cabeça potenciada não só pelo computador ser irascível mas também pela jogabilidade não ajudar. Mas nem tudo é mau no meio disto tudo. O jogo consegue oferecer 9 personagens das 12 originais, tendo
E. Honda,
Vega e
Dhalsim ficado a ver navios. Todas as outras mantêm os seus golpes e respectivos cenários, sendo possível ver tudo com melhor aspecto se jogarmos o jogo na
SNES, via
Super Game Boy, onde este ganha 16 cores para colorir a palete monocromática. Se tiverem um amigo com o jogo também podem jogar via
Game Link mas isto é algo que ninguém fará tendo uma versão superior à disposição.
A única conclusão que se pode tirar é que Street Fighter II no Game Boy foi uma desilusão de todo o tamanho. Tinha um enorme potencial em todos os aspectos que foi trucidado pela jogabilidade manhosa e mal concebida, algo que arruína qualquer jogo. Contudo foi uma proeza curiosa e nesta colecção tem um valor sentimental que o torna um JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã vamos fazer uns afundanços. :D
MURRALHÕES DE FORÇA:
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