2 de abril de 2011

Final Fantasy X

Aquele selo borra a pintura toda.
Desenvolvido por: Square
Publicado por: Square (JP), Square Electronic Arts (EUA) SCEE (EU)
Director(es): Motomu Toriyama, Takayoshi Nakazato, Toshiro Tsuchida
Produtor: Yoshinori Kitase
Designer: Tomoyoshi Miyazaki
Artista(s): Tetsuya Nomura, Yusuke Naora, Shintaro Takai
Argumentista: Kazushige Nojima
Compositor(es): Nobuo Uematsu, Junya Nakano, Masashi Hamauzu
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 19-07-2001 (JP), 20-12-2001 (EUA), 24-05-2002 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB), DVD Vídeo
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (64KB mínimo), Compatível com comando analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, penso que chega.

(Tempinho feio, hein? A Primavera anda a pregar-nos partidas...)

Dança Yuna, dança...
E cá estamos nós para mais um RPG, coisa que não falta nesta colecção, estando espalhados um pouco por todas as consolas, particularmente nas da Sony. Estas tiveram um excelente começo com a primeira PlayStation, para a qual foram lançados alguns dos melhores e mais memoráveis RPGs de sempre. Já na PS2, bons títulos surgiram mas não tão apelativos na minha opinião. Com a PS3, o caso mudou de figura e é raro o RPG japonês que me consiga encher as medidas. Aliás, até agora nenhum o fez. Mas para o caso, por agora isso não importa pois o jogo de hoje destina-se à PS2. Não sei ao certo como cá chegou mas penso que deve ter sido prenda por algum motivo especial. Sinceramente por mais que me esforce para me lembrar nada me ocorre. Mas está cá e isso é que conta. Sendo uma das primeiras edições, veio incluído o DVD Beyond Final Fantasy que contém vários vídeos desde entrevistas, trailers, uma art gallery entre outras coisas.


Manual, DVD e DVD de bónus.
Final Fantasy X marca o debut da saga na PS2. Até à data nada da série tinha saído e este era sem dúvida um dos jogos mais esperados para esta consola. Será que correspondeu às expectativas? Já vamos ver isso. A história recai na linearidade já típica desta saga, colocando-nos desta vez na pele de Tidus, um jovem jogador de um desporto chamado Blitzball, que vê a sua cidade de Zanarkand ser destruída por Sin, uma criatura gigantesca, durante um torneio. Antes que aconteça algo a Tidus este é salvo por Auron e ambos são transportados para o mundo de Spira, onde são abordados por um grupo de pessoas que se intitulam como Al-Bhed. Uma destas pessoa, Rikku, informa Tidus que Zanarkand foi destruída mil anos antes o que torna ainda as coisas mais confusas. No entanto Sin volta a atacar e ambos são separados, acabando Tidus na ilha de Besaid onde conhece Wakka e posteriormente Yuna, cuja missão é ir numa peregrinação com vista a destruir Sin de uma vez por todas. Mal sabe Tidus aquilo que o espera ao fundo deste "túnel"...

Uma povoação bem catita.
Muitos esperavam um jogo do outro mundo quando se ouviu pela primeira vez falar de Final Fantasy X e a hype instalou-se. Muitos rumores e vídeos depois, eis que nos apresentam um jogo completamente em 3D, com um grafismo bastante bom para a altura e que realmente era um passo em frente relativamente à primeira consola da Sony. Finalmente podíamos ver no ecrã personagens que pareciam realmente estar vivas, com expressões faciais minimamente credíveis e movendo-se fluidamente pelos bonitos e vistosos cenários que povoam este título. Contudo, ainda assim, alguns menos cépticos acharam que não estavam perante um verdadeiro jogo "next gen" (seja lá o que isso for). A essas pessoas podemos chamar estúpidos com palas nos olhos. O jogo é sem dúvida um dos que mais impressionou na PS2 e não se pode negar que os visuais são de facto fantásticos, incluindo como não poderia deixar de ser, as cutscenes em CG ainda que algumas utilizem o motor de jogo.

Os nossos frangos com nitrofuranos.
Aliada a este grafismo está uma imensa banda sonora que não é menos fantástica. Ainda que desta vez Nobuo Uematsu não tenha sido o único a assumir o comando neste campo, a ajuda que teve dos restantes membros foi sem dúvida preciosa para nos trazer mais um conjunto de excelentes e memoráveis faixas. O som no geral consegue fazer o seu trabalho sem problemas mas é aqui que surgem os primeiros pontos negativos deste título. O voice-acting é terrível. Quando digo terrível não me refiro só à dobragem em inglês mas também ao péssimo trabalho que fizeram visto o lip synch estar completamente descoordenado com as vozes. Isto deve-se unicamente ao facto das personagens terem sido programadas e animadas de acordo com as vozes dos actores japoneses. Se a Square tivesse mantido o áudio original com as legendas em inglês, o resultado teria sido perfeito. Mas por questões de localização, a dobragem em inglês está sempre lá. Ainda hoje isso ocorre, sendo FFXIII o caso mais flagrante mas felizmente o lip synch está óptimo (depois de FFX, aprenderam a fazer a coisa bem) ainda que não tenham desculpa para não incluírem o áudio original, pelo menos na versão de PS3 visto um BluRay ter espaço de sobra para informação.

A pancada habitual.
Em Final Fantasy X, um dos aspectos que melhoraram a meu ver foi toda a jogabilidade em geral. O jogo tornou-se mais fluido quando percorremos os cenários e chegando às batalhas, estas são extremamente divertidas e rápidas, tendo adoptado um novo sistema baseado no Active Time Battle (ATB), que se chama Conditional Time Battle (CTB). No fundo, a base é a mesma mas sempre que temos de escolher um comando seja atacar, defender, usar magia e afins, a batalha mantém-se em pausa, ou seja, os inimigos não nos atacam enquanto não fizermos algo. É sem dúvida um sistema muito user friendly e em especial para que nunca jogou um jogo desta saga. Os fãs mais ferrenhos poderão achar coisa de novatos mas a meu ver, que já jogo isto há muito, foi um sistema muito bem conseguido. Para manter as coisas amigáveis, temos acesso a uma barra lateral com a ordem dos turnos onde podemos ver tanto as nossas personagens como os inimigos, o que nos permite ter uma ideia de qual o melhor curso de acção tornando o jogo muito táctico. A qualquer altura do combate podemos trocar qualquer uma das personagens em jogo, pelas que estão na reserva, permitindo assim que evoluam todas uniformemente, coisa que não acontecia nos jogos anteriores a este e resultava em coisas como personagens em nível 99 e outras que gostássemos menos, em 20.

Faltava-lhe só uma caninha de pesca.
O sistema de evolução obedece agora a uma grelha denominada Sphere Grid, onde podemos desbloquear imensas coisas como habilidades, powerups e outros elementos que permitem aumentar as estatísticas e poderes de cada personagem, com AP, que se obtém ao lutarmos e evoluirmos. A versão PAL inclui o modo Expert para esta grelha, onde as personagens começam no meio e podem seguir o caminho que bem entenderem. Por outro lado, ainda no que concerne às batalhas, os comandos continuam a ser os tradicionais, sendo que temos o modo Overdrive e que pelo nome já devem ter percebido que faz o mesmo que o Limit Break do VII, por exemplo. Existem ainda os Aeons, que são os Summons deste jogo, obtidos depois de os termos derrotado em combate. A única diferença é que quando os chamamos, eles combatem por nós ainda que sejamos nós a controlar as acções. Somente Yuna pode invocar Aeons. Um ponto negativo a meu ver, e que desde já se alia a outro que é o facto de não existir uma mapa mundo para explorarmos. Em vez disso, a dada altura temos acesso a uma airship que nos permite aceder a qualquer ponto de Spira. Menos mal mas ainda assim, perdeu-se um elemento clássico. Mas como bom Final Fantasy que é, existe muito para se fazer para além da história, como por exemplo os torneios de Blitzball (que detestei), imensos mini-jogos, imensas side quests como por exemplo para achar Celestial Weapons de cada personagem e uma que é bastante morosa e difícil envolvendo derrotar todos os Dark Aeons, versões negras dos nossos Aeons, estupidamente abusadas. É possível derrotá-las mas é uma tarefa árdua e se conseguirem, Penance espera-vos. Se isso não vos bastar há sempre um local onde podem lutar contra as piores criaturas do jogo...

E fico-me por aqui. Final Fantasy X é um jogo bem grande mas com uma história desinteressante, o que fez com que nem sequer me tenha agarrado muito às side quests. Contudo é nestas em que se consegue extrair todo o divertimento mas a sua extrema dificuldade pode levar os menos pacientes a desistirem depressa. Se se ficarem pela história, é um jogo fácil demais até, o que leva a crer que não há um bom equilíbrio no meio disto tudo. Mas não é por isso que deixa de ser um JOGALHÃO DE FORÇA!

E lá vamos nós amanhã voltar aos vampiros, aqui para não variar. Apareçam como de costume... :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

2 comentários:

  1. Tenho estado bastante ausente e/ou ocupado com a vida académica, pelo que ainda não li estas últimas reviews. Contudo este item também faz parte da minha colecção e estou curioso para ler esta review em particular,principalmente pela nota final que lhe atribuiste. Eu ainda não toquei no meu FFX, mas na altura em 2001/2002 toda a gente falava maravilhas do jogo...

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  2. Eu pessoalmente não achei piada ao jogo, a não ser a parte do combate que está muito boa. Mais fraco do que este só o XIII.

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