10 de abril de 2011

No More Heroes 2: Desperate Struggle

Excelente capa.
Desenvolvido por: Grasshopper Manufacture
Publicado por: Marvelous Entertainment (JP), Ubisoft (EUA), Rising Star Games (EU)
Designer: Goichi Suda
Plataforma: Nintendo Wii
Lançamento: 26-01-2010 (EUA), 28-05-2010 (EU), 21-10-2010 (JP)
Género(s): Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da Wii, Compatível com os modos 50Hz/60Hz, Compatível com EDTV/HDTV, Compatível com o Classic Controller
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez mas tenciono acabá-lo novamente.

(A primeira folha da longa lista está quase, mas ainda faltam mais uma e meia...)

Informação pertinente.
Por norma anime e jogos são duas coisas que têm tendência a misturarem-se mas o resultado na grande maioria das vezes era similar aos dos filmes com jogos, ou seja, uma treta. Com o passar dos anos e evolução constante do hardware, já se vêem diversos jogos baseados em anime com excelente qualidade a todos os níveis. Algum dia isso tinha de mudar para melhor. Mas para ser diferente, existem sempre aqueles jogos com aspecto anime mas que não têm nada a ver com tal, pois não são baseados numa série ou filme, nem tão pouco existe série ou filme sobre o jogo. Somente têm o aspecto, nada mais. O jogo de hoje enquadra-se nesse perfil e é certamente uma óptima experiência. Este meu exemplar, comprei-o numa loja online em 2010, não me lembro ao certo qual e custou-me cerca de 16 euros. Um bom investimento, portanto. :)


Manual e disco.
No More Heroes 2: Desperate Struggle, é mais um daqueles jogos completamente "queimados do fusível" saídos da mente doida de Goichi Suda, também conhecido por Suda51. Para simplificar as coisas, a história pega logo pelo final do primeiro jogo. Travis Touchdown, o assassino otaku que se sagrou nº1 do ranking mundial da United Assassins Association (UAA) deixou Santa Destroy. Três anos depois regressa à cidade para ser logo desafiado por Skelter Helter, irmão de Helter Skelter, morto às mãos de Travis, no primeiro jogo. Após tratar do tipo, Sylvia Christel, aquela que Travis queria comer, volta novamente a dar ares da sua graça informando o pobre desgraçado que agora é o nº51 do ranking. Antes que Travis diga alguma coisa, Skelter Helter, meio moribundo, diz-lhe que as coisas ainda não acabaram e que a vingança dele e dos restantes conspiradores será levada a cabo. Minimizando a importância dos factos, Travis continua a sua vida mas nessa mesma noite, Bishop, o seu melhor amigo e dono da Beef Head, é assassinado e desta vez é pessoal...

A cidade agora é assim, felizmente!
Mantendo o mesmo aspecto do primeiro jogo, NMH2 voltou a apostar no cel shading para dar vida a Santa Destroy e às batalhas. Não existem grandes diferenças na parte visual, nem tão pouco melhorias significativas pois os slowdowns, intencionais ou não, continuam a fazer das suas. Contudo, tal facto não arruína a experiência de jogo. É sempre bom ter este look animado num jogo que grita "Japão" por todos os poros. Os cenários são um pouco mais variados do que os do primeiro jogo mas sofrem de falta de detalhe e têm tendência a ser muito grandes e vazios. Mas creio que não é isso que o torna menos interessante do que outros jogos. As personagens estão excelentes e aqui o detalhe é de extrema importância, até porque o look de Travis continua a poder ser mudado consoante os nossos gostos e tendências.

Um mini-jogo, 8-bit style!
Na parte musical e sonora também não se apostou na mudança e manteve-se o espírito e ambiente do primeiro. As músicas no geral são todas muito parecidas e aquela mais conhecida pode ser ouvida em N versões diferentes, consoante a situação em que Travis se encontre, seja a "passear" pelos cenários (o que é raro), ou a combater hordas intermináveis de masoquistas (o que é estupidamente frequente). O som em si continua a apostar em efeitos retro, muitos com aquele feeling típico dos 8-bit. Diria que é soberbo e adequa-se perfeitamente a este ambiente de loucura sem precedentes. Gostei particularmente do voice-acting, que mesmo sendo em inglês está excelente e os diálogos entre as personagens são para lá de hilariantes e brutalmente geniais em certas situações.

As lutas são sempre brutais.
As diferenças face à jogabilidade do primeiro são mínimas. Os controlos mantêm-se iguais, com algumas novidades à mistura como o facto de ser possível usar o Classic Controller se não gostarem do Wii Remote + Nunchuk. Mas acho um bocado difícil não se gostar de jogar assim. Travis ganhou novas Beam Katanas, inclusive duas que são usadas em simultâneo assemelhando-se à postura do famoso espadachim japonês, Miyamoto Mushashi, conferindo uma nova dinâmica ao combate no geral. Podemos trocar de armas on-the-fly, sem ser preciso visitar a doutora que trata de as conceber, o que na minha opinião foi uma excelente mudança. Outra enorme e óptima mudança foi o facto de já não termos de andar de mota pela cidade para chegarmos até aos objectivos, sendo que isso agora se processa através de um mapa. A cidade era o grande defeito do primeiro e neste isso foi completamente corrigido, pois os fãs assim o exigiram. Por outro lado, os trabalhos extra que Travis podia fazer continuam presentes mas sob a forma de mini-jogos nuns gloriosos 8-bit que lembram os jogos da NES e dão um toque especial a este título. E realmente isto tornou-os bem mais divertidos e viciantes, fazendo com que o jogador passe bastante tempo a tentar bater recordes e posteriormente a ganhar dinheiro com isso para gastar por exemplo em roupa e adereços para Travis. Contudo Suda51 deixou o mini-jogo mais irritante de sempre em 3D, como uma pequena reminiscência do original, visto os fãs o terem odiado. As batalhas de NMH2 conseguem ser ainda melhores do que as do primeiro, com bosses estupidamente geniais e sem que tenhamos de pagar a entrada para os combater, fazendo com que se progrida muito mais rapidamente na história. Deixei para último plano a melhor novidade deste jogo que é a inclusão de sangue! O original pecou por ter sido censurado na Europa mas este não e podemos fazer chover sangue em todas as direcções, se é que isso faz feliz muito boa gente.

Não obstante a isto tudo, Suda51 decidiu que Travis não era suficiente para isto tudo portanto a dada altura podemos jogar com Shinobu e com Harry, que mudam em alguns aspectos como por exemplo Shinobu poder saltar e ter uma certa componente de plataformas na sua área, e Harry poder correr a alta velocidade em todas as direcções, tornando os combates ultra rápidos e frenéticos. Apesar de ser 51 assassinos no ranking, só lutamos contra 15, o que é pena.

Travis tem um bom arsenal on-the-fly.
Como já é habitual por estas bandas, curiosidades servem para concluir esta breve análise e as destes jogo apesar de não serem muitas, são interessantes. Em primeiro lugar, Suda51 nem tinha planos para uma sequela mas dada a popularidade e número de vendas, não havia outro remédio senão fazer o segundo. O sangue que foi alvo de controvérsia, inicialmente era para ter sido removido na Europa tal como aconteceu com o primeiro. No entanto, Suda51 viu que os fãs não acharam piada e pensou em duas versões: com e sem sangue. No final optou apenas por uma e o resultado foi mais do que excelente. Por fim, os japoneses tiveram a sorte de serem presenteados com uma edição especial chamada Hopper's Edition que para além do jogo, inclui a banda sonora em CD, um fanbook e um filme animado com cerca de 10 minutos intitulado No More Heroes 1.5 que estabelece a ligação entre o original e a sequela. Sortudos do caraças (mas já o vi)...

Não acrescento mais nada a esta breve análise que seja pertinente. Só me resta dizer que os possuidores de uma Wii que gostem de anime ou mesmo de jogos de acção devem jogar este título pois não sabem o que perdem. E por ser original e uma grande inovação face ao primeiro, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã voltamos à fantasia, aqui como é costume. Apareçam... )

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

Sem comentários:

Enviar um comentário