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Ui, que ar de mau... |
Desenvolvido por: Capcom Production Studio 8
Publicado por: Capcom
Plataforma(s): PlayStation 2, Xbox
Lançamento: 28-02-2006 (EUA), 07-04-2006 (EU)
Género(s): Acção, 3D Beat 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Arcade para um ou dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (275KB mínimo), Compatível com comando analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes.
(Fim de semana, pausa nos comentários sem nexo.)
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Autocolantes foleiros. |
Uma das mudanças mais radicais e até temidas no mundo dos videojogos é a passagem do
2D para o
3D. Tanto suscita curiosidade como receio, pois ainda hoje em dia é visto com algo sensível que deve ser feito com o máximo dos cuidados, para não instigar a fúria dos seguidores e fãs. No entanto, numa indústria que hoje é movida pelo dinheiro como qualquer outra, em muitos casos não existe a preocupação de fazer o trabalho bem feito e isso por norma resulta em algo desastroso para quem desenvolve e publica. Pessoalmente gosto de ver a transição mas adopto quase sempre uma postura de cepticismo em relação a isso, para não me desiludir demasiado. No caso de hoje, muitos consideram que foi uma das piores passagens de
2D para
3D mas eu acho que existem jogos muito piores nesse campo. Este é apenas um que podia ter sido muito melhor mas lá no fundo até nem é tão mau quanto o pintam. O meu exemplar foi adquirido a um amigo, em 2008 por cerca de 10 euros. Está impecavelmente estimado. :)
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Manual, papelada e DVD. |
Final Fight Streewise é a passagem desta pequena série da
Capcom, de
2D para
3D, que foi recebida com bastante desagrado pelos fãs e imprensa da especialidade. No fundo, se lhe tivessem chamado outra coisa qualquer teria tido melhores notas, essa é a verdade, mas por carregar o fardo do nome
Final Fight, foi imediatamente crucificado. Factos estúpidos aparte, a história deste jogo passa-se uns anos após depois do primeiro (ignorando as sequelas) mas não é de todo canonizada na
timeline.
Cody e o seu irmão
Kyle Travers, vivem das lutas
underground em
Metro City onde até se safam razoavelmente bem. Numa noite após um combate, ambos combinam beber um copo no bar local e jogar uma partidinha de
snooker mas
Cody atrasa-se devido a "negócios". Em conversa com a namorada,
Vanessa Simms,
Kyle descobre que o irmão anda a tomar uma droga de nome
Glow, que supostamente se destina a tratar do problema que
Cody tem nos joelhos. Contudo
Kyle descobre que a droga faz mais do que aquilo que aparenta e muita porcaria está para vir ao de cima, em
Metro City...
No departamento visual, a PS2 já viu jogos mais bonitos e variados em termos gráficos mas Streetwise até nem é mau de todo. Os modelos das personagens não são nada de deixar os olhos em bico mas são suficientemente fluidos e pormenorizados para fazerem bem o seu trabalho. Os ambientes são um bocado idênticos, visto não sairmos de Metro City, com ruas sujas e escuras mas atmosféricas q.b., sem nos surpreenderem. Algumas partes revelam mais detalhe do que outras, onde se nota que houve menos empenho na concepção, talvez por serem zonas de passagem por uma ou duas vezes.
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Estas pitas são lixadas! |
Na parte sonora,
Streetwise conta com uma vasta banda sonora composta por grupos e bandas conhecidos, variando desde o
hip-hop até diversas vertentes de
metal.
RZA,
Mos Def,
Fear Factory,
Slipknot,
Soulfly,
Dub Pistols,
Shadows Fall,
Opeth,
Lil' Flip,
Nappy Roots,
Dujeous e
Gizmachi são os nomes que constam na lista e animam as hostes. Pessoalmente não sou grande apreciador de nenhum destes géneros mas não desgosto dos
Dub Pistols, sem que isso interfira no jogo. De acordo com o género, penso que a escolha das faixas até está bastante boa, conferindo um bom ambiente à acção. O
voice-acting é uma das partes que gostei mais, pois a grande maioria dos diálogos está ao nível de um filme de bandidos, com muito negócio escuro à mistura. O som e efeitos sonoros no geral estão dentro do standard, recriando perfeitamente o ambiente das ruas escuras de
Metro City bem como a acção dos combates ilegais dentro e fora dos ringues.
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Respeito! Nem que seja ao pontapé! |
No que toca à jogabilidade,
Kyle é uma personagem fácil de controlar, sem defeitos aparentes. À medida que avançamos na história podemos ir evoluindo o seu reportório de golpes, através das lutas
underground onde também recebemos dinheiro, bem como em diversos ginásios espalhados pela cidade onde ocasionalmente teremos de derrotar o campeão do ginásio. Algumas dessas personagens são bem nossas conhecidas, como por exemplo
Cammy de
Street Fighter. Para além de murros e pontapés, existem diversas armas de fogo e armas brancas, à nossa disposição que ou achamos, ou simplesmente tiramos aos nossos inimigos. As lutas contra os
bosses vão desde o divertido ao aborrecido, pois alguns deles são difíceis até descobrimos a manha. Contudo a manha aposta quase sempre na repetição de certos movimentos, aborrecendo o jogador. Para além de termos uma cidade não muito grande para explorar, que nos oferece algumas lojas e diversas missões extra para completarmos, temos ainda à nossa disposição uma série de mini-jogos que vão desde exterminar ratos e baratas ao pontapé, destruir caixotes do lixo dentro de labirintos, bem como dar cabo de gangues e claro, destruir o veículo de um tipo qualquer, que já existe desde o primeiro jogo da série. Como devem calcular, matar ratos e baratas ao pontapé não tem piadinha nenhuma...
Não é de todo um jogo excelente ou até mesmo memorável, apresentado uma história a roçar o mauzinho mas no geral, está dotado de uma jogabilidade porreira, se bem que um bocado repetitiva e isso por vezes é tudo o que queremos num jogo, quando não estamos com muita disposição para pensar em resolver puzzles ou compreender enredos complexos. Como tal, é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Uma viagem até uma cidade bastante conhecida, é o nosso destino amanhã. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
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