4 de abril de 2011

Resident Evil Zero

Esta capa tem vírus!
Desenvolvido por: Capcom Production Studio 3
Publicado por: Capcom
Director: Koji Oda
Produtor: Tatsuya Minami
Argumentista(s): Noboru Sugimura, Hiromichi Nakamoto, Junichi Miyashita
Compositor: Seiko Kobuchi
Plataforma(s): Nintendo GameCube, Nintendo Wii
Lançamento: 12-11-2002 (EUA), 21-11-2002 (JP), 07-03-2003 (EU)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: 2x Nintendo Optical Disc (1.4GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na Memory Card (9 Blocos)
Outros nomes: Biohazard 0 (バイオハザード0) (JP)
Estado: Completo.
Condição: Razoável, apresenta muitas marcas de uso, especialmente nos discos.
Viciómetro: Acabei-o duas vezes.

(Hoje é caso para dizer que o mau perder tem uma cor, o vermelho. xD)

Aquele autocolante denuncia tudo.
Se um dia porventura houvesse uma epidemia que transformasse toda a população em zombies sedentos de carne, eu iria sobreviver. E isso deve-se única e exclusivamente a dois pequenos factores: já vi demasiados filmes do género e joguei demasiados jogos, também do género. Não é de admirar que a saga Resident Evil seja a minha preferida de todos os tempos, suplantando o meu gosto por Final Fantasy, a título de exemplo. Até porque dá mais jeito saber onde atingir um zombie e que arma melhor o faz, do que tentar atingi-los com magia ou espadas do meu tamanho. Mas não quero começar a deambular mentalmente neste campo portanto passo já ao que interessa saber. O meu exemplar foi adquirido do Miau.pt, numa das raras ocasiões em que recorri a comprar um jogo usado por não o achar novo. Escusado será dizer que nunca mais comprei usados depois deste, pois os riscos em ambos os discos são razão mais do que suficiente. Contudo, funciona bem pois joguei-o duas vezes mas detesto ver discos riscados, pois a meu ver, reflecte bem a personalidade dos antigos donos. Custou cerca de 30 euros. Se soubesse o que sei hoje...


Manual e discos.
Resident Evil Zero, como o nome sugere e bem, é uma prequela do primeiro jogo que deu inicio a esta enorme saga. E tratando-se de uma prequela, é natural que existam muitos elementos em comum para as coisas fazerem sentido. Ora bem, o que existe em comum para além das Arklay Mountains e da Umbrella Corporation, é a nossa amiga Rebecca Chambers, que aqui assume o comando. A história começa quando a Bravo Team, dos S.T.A.R.S. é chamada a 23 de Julho de 1998, para verificar a ocorrência de umas estranhas mortes nos arredores de Raccoon City. No caminho, o helicóptero onde seguiam sofre avarias e despenha-se na floresta, onde rapidamente os elementos da equipa saem ilesos para descobrirem os restos mortais de dois guardas, daquilo que aparentemente parecia ser uma escolta militar. Rapidamente se separam e Rebecca dá de caras com um comboio e posteriormente com o fugitivo Billy Coen que não oferecendo resistência, se propõe a que trabalhem em conjunto para desvendar todo aquele mistério. E assim começa verdadeiramente a saga...

Folheto promocional do guidebook.
Na altura em que foi lançado, RE0 já não tinha muito por onde pegar para impressionar o pessoal. O grafismo é praticamente igual ao do remake, pois faz uso do mesmo motor gráfico com um ou outro toque novo mas nada de brilhante. Não quero com isto afirmar que é mau neste departamento, pois visualmente é um jogo excelente, bastante pormenorizado e bem atmosférico. Voltou-se a recorrer portanto ao mesmo estilo de backgrounds pré-renderizados mas com elementos em constante movimento onde as nossas personagens tridimensionais se podem mover com relativa liberdade e a mistura entre ambos se processa de forma bastante uniforme, dando a impressão que faz tudo parte do mesmo plano. Uma vez mais, obedece aos padrões clássicos da série em termos ângulos de câmara, uma vez que estes são completamente estáticos. Tenho saudades dos jogos assim. Seguindo ainda os passos do remake, as cutscenes são num glorioso CG, contando muitas partes da trama para nosso deleite visual e narrativo.

Rebecca vai dar conta do recado.
A saga Resident Evil habituou-nos a um estilo musical muito peculiar, onde tanto temos uma musicalidade tensa e assustadora a acompanhar a acção, como essa dá lugar a silêncio absoluto, ficando apenas o som ambiente a desempenhar a sua função. Neste jogo manteve-se esse padrão, o que continua a resultar lindamente. As músicas, como é de calcular, também se tornaram memoráveis como as dos outros jogos mas nada que bata o original. É difícil algum bater o original neste campo. O som é também um pouco daquilo que já se ouviu nos outros jogos, desde as armas, aos grunhidos e urros dos zombies e demais mutações.

Billy deixa a senhora fazer o trabalho sujo.
Um dos aspectos que podiam ter melhorado e não o fizeram foi a jogabilidade. Os tank controls continuam a prevalecer, tornando o jogo arcaico e muito pouco atractivo para as massas mais novas, o que na minha opinião é péssimo pois começam a jogar Resident Evil a partir do 4 e 5, perdendo todo o conteúdo essencial dos anteriores. E é precisamente este controlo que fez o jogo envelhecer mal e faz com que certas pessoas fujam dele. Mas é mau por isso? Não, eu pessoalmente gosto e os fãs em geral também não se queixam. Para colmatar esta "falha", foram introduzidas algumas novidades. É o primeiro jogo da saga a fazer uso do Partner Zapping, ou seja, andamos sempre com as duas personagens mas podemos trocar entre elas para desempenharmos as mais variadas funções. Se se lembrarem de RE5, vêem logo de onde veio a ideia do Co-Op. No caso deste, não há Co-Op de espécie alguma mas nós temos sempre de controlar os dois, sendo que o computador encarrega-se sempre da personagem que não está em uso e não comete grandes erros. As diferenças entre Billy e Rebecca passam essencialmente pelo dano que cada um pode sofrer e pelos puzzles. Billy é mais forte, pode empurrar objectos pesados e usar o seu isqueiro. Rebecca é mais fraca mas pode passar por locais apertados, misturar químicos e ervas. Outra novidade é terem deixado de existir os famosos baús. Desta vez podemos largar os objectos que não precisamos ou não queremos, em qualquer lugar graças ao poder da GameCube. Se lá voltarmos, eles estão lá mas para quem estava mal habituado ao baus, não podem deixar os objectos importantes espalhados em qualquer sítio pois estes não se "teleportam". No fundo, tentou-se tornar o jogo mais realista e nesse aspecto, a missão foi cumprida com êxito. Para comprovar mais ainda esta afirmação, a munição é também bastante escassa e os inimigos mais do que muitos, aumentando consideravelmente a dificuldade deste jogo face aos restantes da saga. E digo isto como sendo um fã ferrenho.

Um boss bem chato!
Existem algumas curiosidades relativamente a este jogo, sendo uma delas que inicialmente era para ter saído na N64. Na internet há vários vídeos dessa versão, que nos mostra um jogo bastante parecido com Resident Evil 2, incluindo todos os elementos da versão final de GameCube. A razão pela qual se tinha optado pela N64 e não pela PlayStation ou pela Dreamcast, era devido aos cartuchos não terem tempos de loading, permitindo o sistema de zapping de personagens e este "largar de objectos" em qualquer local. Contudo, o tempo ia passando e os cartuchos não tinham o espaço suficiente para um jogo desta dimensão pelo que passou a ser lançado na GameCube. A questão dos loadings permanecia mas a Capcom lá arranjou maneira de conseguir tornar essas ideias reais, com muita programação para reduzir os tempos e o resultado é este.

Em jeito de conclusão, Resident Evil Zero foi uma excelente adição à série, especialmente em termos de história, já para não falar nas novidades. Não é jogo que agrade a todos, muito menos ao pessoal que jogou o 4 e 5 sem conhecer as antiguidades. Por estes motivos, considero-o um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã e por aqui, vamos até ao espaço e a outros planetas na companhia de uma equipa bem carismática. Apareçam... :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

2 comentários:

  1. Por acaso também comprei o meu usado no miau.pt, mas pelos vistos tive mais sorte, pois está impecável. É um óptimo jogo, que à semelhança do remake do RE1, traduz uma atmosfera arrepiante melhor do que qualquer outro Resident Evil, na minha opinião. Haviam era de ter aproveitado a mesma engine para fazerem remakes do RE2 e 3...

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  2. Sim, nessa época talvez tivesse sido boa ideia mas agora só mesmo com o MT Framework. Pelo menos um remake do 2 ia vender que nem peixe fresco na praça. x)

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