28 de abril de 2011

Gran Turismo 3 A-Spec

Too much red...
Desenvolvido por: Polyphony Digital
Publicado por: Sony Computer Entertainment
Designer(s): Kazunori Yamauchi
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 28-04-2001 (JP), 10-07-2001 (EUA), 20-07-2001 (EU)
Género: Condução, Corridas
Modos de jogo: Modo arcade para um ou dois jogadores, Modo simulação para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (260KB mínimo), Compatível com comando analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração, Compatível com iLink para jogo em LAN até 6 jogadores.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Não gastei muito tempo neste depois de ter completado o 1 e 2 até à exaustão.

(Este tempo pede praia...)

Tanta marca!
É impossível não se gostar de carros. Certas pessoas podem preferir motas mas os carros têm algo, o qual não sei explicar por palavras, que nenhuma mota tem. E existem carros para todos os gostos e carteiras, desde os mais baratos e utilitários até aos desportivos e obscenamente caros. Desde o motor, às jantes, passando pelas linhas e claro os interiores, tudo num carro tem de ser levado em consideração. Pessoalmente gosto de carros japoneses, o que não é de estranhar pois têm excelentes máquinas mas não diria que não a certos carros europeus. Bem, mas isso pouco ou nada importa e o jogo de hoje, como é óbvio, tem carros, pistas e tudo o que é preciso para meter os motores a trabalhar. Este exemplar foi adquirido na Fnac da Baixa, a 8 de Março de 2002 por 29.99€, ainda antes de comprar a minha PS2. Não foi, contudo, o motivo de compra da consola... :P


Gran Turismo 3 A-Spec é o terceiro título neste série que começou na PlayStation uns anos antes e que sem dúvida a catapultou ainda mais para o sucesso. Com o advento da PS2, teria de continuar a alimentar os fãs dos desportos motorizados daí que este apareceu para deleite de todos. Não tendo uma história, como é de calcular, o objectivo de GT3 é fazer carreira a conduzir grandes bólides e a ganhar corridas mas para tal é preciso começar por baixo, com um orçamento muito reduzido. E a piada está aí, começar com um carro convencional, alterar as características do veículo em todos os campos, levá-lo para o terreno e testá-lo contra outros. Depois, volta-se a repetir isto vezes sem conta, investindo-se em novos carros. Simples e eficaz.

Manual e DVD.
Quando foi lançado, GT3 foi muito aplaudido pelo seu realismo, sobretudo devido à componente gráfica que estava muito boa. De facto, como um dos primeiros jogos de PS2, visualmente é um jogo muito bom, com cenários fabulosos que neste caso se traduzem em pistas sendo algumas delas reais. O nível de realismo é levado muito à séria neste campo e os carros são de facto um mimo para os olhos, com modelos tridimensionais, detalhados e extremamente bem construídos, com especial atenção ao comportamento em estrada e a nível de física. A fluidez da acção é constante, com uns estáveis 60 frames "sempre a bombar", tornando as corridas extremamente agradáveis.

Uma boa maneira de ver a estrada.
Na parte sonora, Gran Turismo sempre foi uma série conhecida por apostar em nomes famosos da indústria discográfica e GT3 não deixou os créditos por mãos alheias. Jimi Hendrix, Judas Priest, Motley Crue, Papa Roach, Goldfinger, Lenny Kravitz, The Cult e Snoop Dogg são alguns dos nomes que fazem parte das 20 faixas desta banda sonora, que sem dúvida se adapta muito bem ao estilo de jogo. Contudo, na minha opinião, não bate as bandas sonoras dos dois jogos anteriores que tinham músicas bem melhores. Em termos de efeitos sonoros e som no geral, GT3 volta a apostar no realismo, pois cada som do motor, da borracha no alcatrão e afins, foi tudo gravado ao pormenor e individualmente para cada veículo. Os rapazes da Polyphony não brincam em serviço. O resultado é um jogo onde a parte sonora é cinco estrelas.

Este Type-R parece-me bem!
Chegados à jogabilidade, deparamo-nos com diferenças subtis a nível de controlo onde o DualShock 2 entra em acção com as suas características. A pressão exercida nos botões tem impacto directo no controlo dos veículos, quer seja na aceleração ou na travagem. Com mais força, mais rápido se anda e pára, mais suavemente produz resultados diferentes e com outro toque. O mesmo se aplica aos joysticks analógicos, caso prefiram utilizá-los. Controlar cada carro resulta numa experiência diferente, pois o comportamento de alguns é bastante diferente e exige uma abordagem nova, sobretudo quando temos preferências a nível técnico, com transmissão automática ou manual e tracção. Em termos de carros, GT3 deixou um bocado a desejar pois o número elevado de 650 e muitos de GT2, baixou para cerca de 180 neste. A desculpa foi que o trabalho levado a cabo em torno da parte gráfica e atenção ao detalhe, levou a que este número fosse reduzido. No entanto o número de pistas é considerável, com muitas variações das mesmas, que no fundo já as conhecemos bem dos jogos anteriores. Existem dois modos pelos quais podemos optar: Arcade, onde pegamos num carro e vamos à corrida, podendo desbloquear outros à medida que ganhamos e Simulation, onde seguimos carreira, tendo para tal uma garagem onde podemos ir guardando e modificando os veículos adquiridos ou ganhos. Neste modo temos ainda de tirar as licenças para podermos competir em certos eventos, à semelhança dos antecessores. O modo rally de GT2 continua a dar cartas, sem ser no entanto algo de formidável e sem grandes progressos técnicos. Diria que houve uma tentativa de melhorar mas a competição neste ramo, nessa época (o primeiro WRC), era demasiado forte.

Replay, algo bom em qualquer corrida.
Novidades em GT3, para além de alguns carros novos incluem um modo de Fórmula 1, com carros a condizer mas para grande pena dos fãs, não são licenciados ao contrário de todos os outros. O realismo neste campo também tem as suas falhas, como por exemplo continuar a não existir dano exterior e interior, o que torna o jogo mais redundante ainda. Mas falando ainda em carros, curiosamente GT3 deveria ter incluído algumas marcas famosas como a Lamborghini e a Porsche, visto existirem dois veículos das mesmas no código de jogo mas que não são possíveis de seleccionar sem ser com um cheat device, estilo GameShark. Para apimentar as coisas mais ainda, existem também dois Lancia Stratos, em ambas as versões estrada e rally, seleccionáveis do mesmo modo. Claro que isto só está disponível nas versões americana e japonesa, os europeus levaram com uma versão actualizada do jogo. Ainda antes do seu lançamento, este jogo era conhecido por Gran Turismo 2000, algo que já é recorrente na série pois antes de cada jogo sair há sempre uma versão showcase com um nome diferente, que hoje em dia até se vendem...

Gran Turismo 3 foi sem dúvida um bom jogo para o seu tempo e é considerado um dos melhores de sempre no género. Tem algumas falhas que o retiram do pódio face aos antecessores e depois a GT4 que veio a melhorá-lo em tudo. Mas não é por isso que deixa de ser um JOGALHÃO DE FORÇA!

Terror no espaço é o prato principal de amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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