29 de abril de 2011

Dead Space

Uma mão cortada, cool!
Desenvolvido por: Visceral Games
Publicado por: Electronic Arts
Designer(s): Glen Schofield, Bret Robbins
Argumentista(s): Warren Ellis, Rick Remender, Antony Johnston
Compositor: Jason Graves
Motor gráfico: Godfather, Havok (física)
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 14-10-2008 (EUA, EU)
Género: Survival Horror, Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: BluRay
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola (600KB mínimo), Suporte HD 720p, Compatível com DualShock 3, DLC de armas e fatos.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas quatro vezes, é excelente.

(A PSN continua em baixo, vamos todos agradecer aos atrasados mentais que se lembraram de entrar onde não deviam.)

Há uns posts atrás falei sobre o facto das demonstrações de jogos poderem ser enganadoras, no bom e no mau sentido. Uma demo boa não é sinónimo de um bom jogo e vice versa. O caso de hoje prende-se com uma demo miserável, que não mostra o que de grande este jogo tem e que me afastou do mesmo durante alguns meses até me decidir a dar-lhe uma hipótese, um pouco por força de um amigo que já o tinha acabado e dizia que este jogo era a minha cara. Ora bem, confiando numa opinião credível e sólida, comprei este exemplar por 30 euros na Fnac do Almada Fórum e foi das melhores compras que podia ter feito. :)


Tinha de ter autocolantes...
Dead Space é um jogo que combina a componente de Third Person Shooter com o que de melhor existe nos Surival Horror, proporcionando uma aventura fantástica e assustadora, depois de um período enorme sem jogos que me pregassem um susto a sério. A trama de Dead Space começa quando a planetcracker USG Ishimura, uma nave de proporções gigantesca, envia um pedido de ajuda para a Concordance Extraction Corporation (CEC), enquanto se encontrava numa operação de extracção de minério, na órbita do planeta Aegis VII. Prontamente a CEC envia a USG Kellion, uma nave de resgate composta por uma tripulação de três elementos: Isaac Clarke, engenheiro; Kendra Daniels, técnica de reparações e Zach Hammond, oficial superior. Ao chegarem à Ishimura, problemas de ordem técnica fazem com que sejam forçados a embarcar na nave-fantasma, tendo agora que averiguar o que realmente se passou ali. Está prestes a começar uma longa jornada de sobrevivência...

Manual, papelada e disco.
Uma das coisas que mais cativa neste jogo é sem dúvida o seu ambiente, escuro, tenebroso forçando-nos a estar sempre em alerta constante. Isto em parte deve-se ao excelente grafismo, extremamente rico e detalhado, com um soberbo trabalho de iluminação e especial atenção a todos os pequenos pormenores. À semelhança de outros jogos actuais, o próprio ambiente de jogo em certas localizações é bastante orgânico, dando mesmo a sensação de estar vivo e isso nota-se particularmente em secções onde existe bastante matéria "alienígena" e sobretudo na extrema violência que vamos presenciar. E se os cenários são formidáveis, os modelos tridimensionais não se ficam nada atrás, com especial ênfase nos inimigos que nos aparecem em todas as formas, tamanhos e feitios, mexendo-se a velocidades estupidamente rápidas, estando contudo muito bem animados. Detalhe e caracterização são pontos fortes neste campo, sendo que as próprias personagens humanas também estão muito bem conseguidas, em especial Isaac com os seus inúmeros looks, conseguidos ao mudarmos de fato. Excelentes efeitos visuais também povoam este jogo, com particular destaque nas zonas de gravidade zero, onde a física é posta à prova e o motor Havok não deixa margem para dúvidas acerca do seu potencial.

Um encontro amigável.
E se graficamente é excelente, sonoramente não se fica atrás, proporcionando-nos uma banda sonora ambiente a condizer com o jogo. Durante grande parte do tempo não ouviremos música de espécie alguma resumindo-se apenas ao som ambiente mas nos conflitos mais quentes, lá estará para nos acompanhar. O som neste jogo é algo que é usado de forma inteligente pois muitas das vezes a nossa vida depende disso e termos percepção de onde vêm certos sons, é algo que pode mudar o curso da acção. Vamos dar por nós constantemente a parar, para ouvirmos o que se passa à nossa volta pois temos sempre a impressão que ouvimos algo quando por vezes isso é apenas fruto da nossa imaginação. Este jogo consegue fazer isso, ouvirmos coisas que realmente não estão lá, sem que a ideia seja deixar-nos malucos. O voice-acting é convincente, com bastante diálogo entre personagens, vivas e mortas ainda que Isaac seja a única personagem muda, coisa que sinceramente não entendo. Felizmente em Dead Space 2, Isaac ganhou voz e fala pelos cotovelos. Neste resume-se a gritar e grunhir, consoante a situação em que se encontre.

Este minorcas são *** de irritantes.
A jogabilidade em Dead Space é algo que inicialmente pode parecer um pouco estranho devido ao posicionamento das acções atribuídas aos botões mas ao final de 10 minutos estamos dentro do ritmo de jogo. Issac move-se bem, com um bom reportório de movimentos, que vão desde safanões e pezadas nos inimigos, a manusear diversas armas de fogo e claro, o sagrado Stasis, que nos permite abrandar o tempo, seja em objectos ou em inimigos. Para que isto resulte ainda melhor, Issac pode usar kinesis para levantar todo o tipo de objectos e até cadáveres. As armas traduzem-se em várias variantes que utilizam plasma para desfazer literalmente os inimigos, passando também por coisas mais corriqueiras como lança-chamas e uma que se assemelha a uma moto-serra. Todas elas têm um disparo secundário, ocasionalmente mais potente que o primário mas nem sempre melhor ou mais eficaz. Podemos literalmente desfazer os inimigos de várias formas e com originalidade. Mas o importante em Dead Space é sobreviver e para isso é preciso poupar munição e usar o Stasis de forma inteligente, o que por vezes implica utilizar o cenário ou objectos como arma. O jogo incentiva-nos também a usar tiros precisos para mutilar os inimigos, deixa-os assim ainda mais vulneráveis, pois sem perninhas ficam mais lentos mas não deixam de ser mortíferos por isso.

Armas, fatos e equipamento podem ser actualizados em "lojas" espalhadas pela Ishimura que aceitam créditos como dinheiro. Esses créditos vamos apanhando espalhados pelo jogo, seja em inimigos mortos ou até mesmo em circuitos electrónicos que valem bom dinheiro. Para além disto, Dead Space não se resume só a matar mas também a resolver certos puzzles, não muito complicados e a explorar todos os cantinhos, levando-nos a ambientes sem gravidade e até mesmo sem oxigénio, onde tempo e velocidade serão os nossos maiores aliados. Ocasionalmente teremos partes onde vamos defrontar alguns bosses mas prefiro não referir nada acerca disso.

Um boss bastante carnal.
Algo que salta logo a vista quando começamos a jogar é que não existe Head Up Display (HUD), estando a informação necessária embutida nas costas de Isaac, desde a sua energia, à energia do Stasis. A munição restante aparece em cada uma das armas sempre que as levantamos para disparar e trocá-las entre si faz-se tudo on-the-fly, sem pausas nem interrupções. Aceder ao inventário e ao mapa, faz-se do mesmo modo, coisas que para os mais inexperientes se pode tornar complicado se tiverem com inimigos por perto. Mas isto torna o jogo muito mais realista, sem dúvida alguma. Por outro lado, é impossível alguém perder-se na Ishimura pois Isaac dispõe de um dispositivo que lhe permite ver o caminho até ao próximo objectivo, algo que pessoalmente aceitei com agrado pois detesto ter de andar feito tonto à procura do caminho a seguir. Como seria de esperar, Dead Space foi um sucesso comercial e desde logo deu origem a sequelas (Dead Space 2), prequelas (Dead Space - Extraction) e até dois filmes Dead Space - Downfall e Aftermath), tudo devidamente organizado na timeline preenchendo algumas lacunas que surgiram logo no primeiro jogo e consequentemente no segundo. E creio que não se ficou por aqui pois certamente mais títulos se seguirão.

No fundo, se gostam de um bom jogo de acção, com sustos e violência gratuita a rodos, Dead Space é o jogo perfeito. Tem uma excelente atmosfera, uma história porreira e muitos inimigos para desfazer. Por todas estas razões, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, pancadaria na pequena máquina da Nintendo. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Ora cá está um jogo que terei todo o prazer em jogar, assim que voltar a comprar um PC decente, talvez no final deste ano.

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