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Excelente artwork, como sempre. |
Desenvolvido por: Kojima Productions
Publicado por: Konami, IDW Publishing (Banda Desenhada)
Director: Satoshi Hirayae
Produtor(es): Hideo Kojima, Noriaki Okamura
Argumentistas: Hideo Kojima (Original), Kris Oprisko
Compositores: Waichiro Ozaki
Artwork: Ashley Wood
Plataforma: PlayStation Portable
Lançamento: 13-06-2006 (EUA), 21-10-2006 (JP), 22-10-2006 (EU)
Género: Banda Desenhada Interactiva
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Universal Media Disc (1.8GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso, marcação de páginas já lidas, no Memory Stick
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez por motivos óbvios. Podia ter lido tudo mais umas tantas vezes para obter todas as memórias mas não me apeteceu e sempre posso fazê-lo daqui a 20 anos.
(Férias longas, muita praia e pouco tempo para escrever. Sinceramente, até houve tempo mas para escrever, é preciso jogar!)
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Zee back cover. |
Espionagem sempre foi um tema que me suscitou curiosidade. Conseguir informação sem ser detectado é possivelmente um dom que a maioria das pessoas não tem e a forma como esse dom é posto em prática, a meu ver, é uma arte. E se antigamente só víamos isto em filmes de
Hollywood, a dada altura da história da humanidade, alguém com um grande génio e uma imaginação ainda maior, conseguiu a proeza de transpor isso para os videojogos, numa época onde estes começavam a estagnar com a abundância de títulos praticamente iguais dentro do popular género dos
shoot 'em up. Esse alguém foi nada mais que
Hideo Kojima, o cérebro por trás de toda a saga
Metal Gear. Colocando a história um pouco de lado, perguntam vocês que lêem o que aqui escrevo, porque raio comprei este "jogo". Ora a resposta é simples, é
Metal Gear, é uma abordagem diferente ao mundo dos videojogos (e à história da saga) e custou uns míseros 7 euros (já com portes), na DVD.co.uk, em Fevereiro de 2010.
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UMD, manual e papelito. |
Como já devem ter adivinhado,
Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel é um "não jogo", ou seja, não se joga, lê-se. Sendo uma banda desenhada interactiva, o propósito é mesmo esse, ser lida e neste caso, mexida, vasculhada, a fim de se encontrarem pequenas pistas que permitem interligar todas as pontas soltas e não soltas da história. A história, essa, eu não vou estar aqui a apresentar ou a resumir pois já a devem (ou deviam) saber de trás para a frente e se não sabem, esta é uma óptima oportunidade para a conhecerem se não gostarem de jogar jogos já com alguma idade.
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Claro que tens, é o Frank Jaeger! |
E que há para dizer de um "não jogo"? Pouco, mas o suficiente para terem uma ideia do que esperar caso decidam apostar neste título. Comecem por explorar a
VR Simulation, onde a história nos é apresentada na íntegra e podemos explorar cada canto com a opção
Mental Search, à procura de memórias que mais tarde poderão ser usadas no modo
Memory Building Simulation Mode. Não esperem ver gráficos de espécie alguma, pois o que aqui nos é apresentado, são diversas páginas, devidamente adaptadas da banda desenhada original, onde nos vai sendo dada a conhecer toda a trama, com um certo nível de interactividade e claro, com diversas partes animadas para que a acção não pareça estática e completamente
2D. Gostei do conceito, pois podia ter saído uma valente porcaria mas até foi bem conseguido. Aliás, tão bem conseguido que foi aproveitado para as cutscenes de
Metal Gear Solid: Peace Walker (a ser dado a conhecer brevemente aqui no JDF), mantendo o mesmo nível artístico (
Ashley Wood é um senhor!) e a mesma interactividade.
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Snake não se perde nestas situações. |
Tratando-se de uma banda desenhada interactiva, o som poderia nem ter um papel muito preponderante mas neste caso, é natural que as cenas tenham algo que as acompanhe e transmita o que realmente se passa, que no fundo a acção não seja só seguida através de imagens e frases mas também de música e som ambiente. No geral está muito bem elaborado e consegue manter o nível dos jogos propriamente ditos, sem perder uma pitada da tensão característica desta saga.
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Ocelot precisa de uma mãozinha... |
Na parte que todos os jogadores, sejam da velha ou da nova guarda (ou até mesmo doutra qualquer), consideram a mais importante num jogo não há nada a assinalar que seja negativo pois a única coisa que se faz, literalmente, é virar páginas. Isto claro, para além de podermos ampliar as ditas e ver se algo se esconde por trás de uma ilustração que aparenta ter uma certa profundidade de campo, ou simplesmente mover a página de um lado para o outro a ver se algo do que vemos no ecrã, seja uma personagem ou um objecto, contém alguma informação (memórias neste caso) pertinente de ser recolhida para mais tarde ser analisada e ligada a outras. No fundo resume-se a isto, nada de combinações complicadas de botões ou truques marados. É leitura, interactiva.
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Analisar imagens é algo que devemos fazer. |
No fundo, é algo diferente, algo que poderá não valer o preço inicial (que nem faço ideia de quanto seria) mas que vale com toda a certeza o que paguei por ele, pois até a banda desenhada original deve ser mais cara. Não o recomendo se procuram um jogo, mas recomendo-o se procuram saber mais da história e não jogaram
Metal Gear Solid, seja porque razão for, e não o pretendem jogar agora. E claro, se forem fãs, é algo a ter na colecção (à excepção daqueles
AC!D que são lixo) pois se estiver na vossa colecção tal como está na minha, é um
JOGALHÃO DE FORÇA!
Smell ya later! :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Do pouco que tolerei do Peace Walker, o que gostei mais foram as cutscenes, que não ficam a perder em relação às típicas cutscenes da série. Só é pena é a história deste comic ser já conhecida, mas mesmo assim parece interessante.
ResponderEliminarOs Ac!d são assim tão maus? :P Sempre tive na dúvida quanto a esses...
Para quem jogou o original não é nada de novo tal como o DGN2. Os AC!D na minha opinião são algo que nunca devia ter existido mas se gostas de jogos com acção por turnos e baseados em cartas que fogem ao canon da saga, talvez tenhas aí dois jogos novos para explorar.
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