24 de julho de 2010

The Legend Of Zelda: Twilight Princess

Capinha douradinha.
Desenvolvido por: Nintendo EAD 
Publicado por: Nintendo
Director(es): Eiji Aonuma
Produtor(es): Shigeru Miyamoto
Argumentistas: Eiji Aonuma, Mitsuhiro Takano, Aya Kyogoku, Takayuki Ikkaku
Compositores: Toru Minegishi, Asuka Ōta, Koji Kondo
Motor de jogo: Versão modificada do motor de TloZ: Wind Waker
Plataforma: Nintendo Wii, Nintendo GameCube
Lançamento: Versão Wii - 19-11-2006 (EUA), 02-12-2006 (JP), 08-12-2006 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: 3 slots para gravação de progresso na memória interna da Wii
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o uma vez, sem ter apanhado todos os bocados dos corações (faltou completar um) e sem ter caçado todos os Poe's (a recompensa não justifica o desperdício de tempo).

(Mais cedo do que previa, eis mais um jogalhão quentinho directamente do forno. Contudo o calor aperta e a praia é mais forte do que eu...)

Em Português mas só aqui.
É impossível que uma pessoa que goste de videojogos não conheça o nome Zelda, mesmo que durante os anos 90 fosse fanático da Sega e desprezasse tudo quanto viesse da Nintendo. É daqueles nomes que mesmo o mais leigo na matéria em questão facilmente consegue associar a um jogo que viu ou até mesmo jogou naquela consola da Nintendo que era enorme e parecia uma caixa. A verdade é que ao fim de tantos anos, esse mesmo nome continua a estar associado a uma série de sucesso (ainda que com alguns jogos de qualidade inferior) e irá continuar a dar frutos por muitos mais anos. A história deste Twilight Princess comigo, começou ainda no final de vida da GameCube, visto ter andado louco à procura do jogo. Só o achei na net como seria de calcular mas quase sempre esgotado. A dada altura encontrei-o na Game.co.uk e nem pensei duas vezes. Azar dos azares, esgotou, entretanto passou um mês e o MBnet expirou. Escusado será dizer que desisti dessa versão pois o destino assim o queria. A versão Wii só me chegou às mãos este ano, lá por meados de Abril se bem me lembro e mesmo assim ainda paguei 25€. Não me posso queixar muito pois o jogo nunca baixou de preço desde o lançamento e os vales Fnac deram uma ajudinha ao preço feio (quase 50€) lá marcado...



Disco feio, manual e papelada.
Twilight Princess foi jogo de lançamento da Wii e é o 13º jogo na saga. Desta vez coloca Link entre dois universos paralelos: o da Luz e o das Sombras. A ideia pode não ser original, já foi usada noutros jogos da saga mas contudo continua a funcionar. Passados cerca de 100 anos desde os eventos de Ocarina of Time, Link conta com a ajuda de Midna, uma princesa oriunda do universo das sombras que o irá conduzir nesta nova demanda contra Zant, usurpador do trono de Twili e que derrotou os espíritos da Luz, fazendo com que Hyrule ficasse à sua mercê. Mais tarde, chegam à conclusão que era tudo obra doutro senhor que já conhecemos e a sua paranóia com Zelda, o Triforce e afins (hint, hint, Ganondorf!)

Mais papelada.
Este Zelda destaca-se em particular pelo seu grafismo, muito mais sombrio e detalhado, destacando-se assim de jogos anteriores como Ocarina of Time onde tudo é muito colorido, ainda que isso não fosse um ponto negativo. Mas com este novo visual, o jogo em si parece mais real, mais adulto de certa forma e mais imersivo. Continua a oferecer-nos tudo aquilo que pudemos ver em Ocarina of Time e Wind Waker, como a mudança do dia para a noite, alterações climáticas e afins. Prima também pela diversidade cénica, desde as aldeias, o Hyrule Castle e cidade circundante, as masmorras, aquele bonito Lake Hylia, passando também pelo Gerudo Desert e uma região completamente tapada pela neve. De certo modo, esta diversidade lembra-me o primeiro Metroid Prime. Tenho pena de não o ter jogado com um cabo componente pois iria ter ainda uma opinião mais positiva acerca da qualidade visual, mas essa peça anda a revelar-se difícil de obter.

Link na sua forma "lupina".
Sonoramente não aponto defeitos alguns, é perfeito e sempre foi. A saga Zelda (a oficial, claro está, vejam uns episódios do AVGN para saberem do que "falo") sempre primou pelas belíssimas composições sonoras, desde o dia 1 e este não iria ficar atrás. Algumas músicas são uma espécie de remix, diria assim, de alguns temas já nossos conhecidos de Ocarina of Time enquanto outras são completamente novas e bastante memoráveis. Lamento contudo, no campo dos efeitos sonoros, que continuem a apostar em personagens mudas ou com dialectos estranhos (o caso da Midna). O Link precisa de uma voz com urgência! É que já desde o tempo da N64 se fala nisso e já vamos na Wii. E com ele, todas as outras personagens, ou pelo menos as que têm mais relevo dentro da história. O restantes efeitos já sabem com o que contar, ou seja, cumprem o seu dever e em muitas instâncias são reciclados e actualizados de jogos anteriores.

Os combates são quase sempre divertidos.
Falemos então da jogabilidade deste Twilight Princess. Inicialmente, ainda nas fases de demonstração, os jogadores queixavam-se que era complicado agitar o Wii Remote com a mão direita e Link brandir a espada com a mão esquerda. Ora isto gerou uma onda de polémica relativamente à passagem da versão de GameCube para a Wii, o que iria implicar refazer muito daquilo que já estava feito, mesmo o original ter sido concebido já a pensar neste esquema de controlo. A solução mais plausível encontrada foi espelhar por completo a versão Wii, fazendo com que a jogabilidade ficasse intacta e a funcionar na perfeição com os devidos tweaks, necessários para que tudo ficasse impecável. E que digo eu disto? Foi a escolha certa. Os controlos funcionam todos na perfeição e irão, talvez, achar que está tudo muito parecido com Ocarina of Time com uma ou outra excepção. Eu pelo menos achei isso e adaptei-me rapidamente a todos os momentos onde o Wii Remote é posto à prova, tais como disparar flechas, brandir a espada, usar o escudo para partir a defesa aos inimigos, entre outros. Gostei também de algumas das novidades introduzidas nesta área, como por exemplo, podermos batalhar com extrema facilidade enquanto cavalgamos. Em suma, a Nintendo não falha na jogabilidade.

Link confraterniza com os aldeões.
E que mais dizer sobre este grande jogo? Joguem-no! Tem à vontadinha 50 horinhas de jogo, mais algumas para os persistentes e perfeccionistas (existe uma espécie de arena com 50 andares para desancarem inimigos que nem gente grande lá mais para o final). Não é de todo um dos meus Zelda's favoritos e na minha mais modesta e sábia opinião, não bate o Ocarina of Time mas é um daqueles jogos que tem de ser jogado sem se questionar e fazer parte da colecção Wii. Ah, e é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Laterz... :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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