15 de outubro de 2011

Turok

Badass na capa.
Desenvolvido por: Propaganda Games
Publicado por: Touchstone Games
Director: Josh Holmes
Argumentista: Doug Barber
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 05-02-2008 (EUA), 08-02-2008 (EU), 29-05-2008 (JP)
Género(s): First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até 16 jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal.

(Verão em Outubro, quem diria!)

Após uma breve ausência, eis-me de volta para trazer mais um jogo que, neste caso, me tinha esquecido de adicionar à extensa lista que esta minha colecção ocupa. Trarei mais dois em breve, visto ter acabado os mesmos recentemente mas depois entramos em mais uma fase de ausência pois tenho ainda tenho de acabar outros jogos que aqui tenho e ir comprando os que irão sair futuramente. Mas centremo-nos no jogo de hoje, que faz parte de uma série que começou na N64, prolongou-se por outras consolas mas ficou esquecida no tempo, fruto da negligência das companhias que pegaram no seu nome e tentaram corrigir os erros do passado. Este meu exemplar foi adquirido na Fnac do Almada Fórum, a 08/08/2009 por cerca de 15 euros. O talão assim o confirma.


Em bom Português.
Turok, assim se chama este reboot desta famosa saga que começou na N64 com Turok - Dinossaur Hunter, onde encarnávamos um dos Turok's e combatíamos as hordas do pérfido Campaigner, bem como bastantes dinossauros. Ok, isto é discutível pois na N64 criticou-se muito a ausência dos bichos o que fez como que o jogo não fizesse jus ao título. Mas será que nesta nova entrega isso continua? Já vão descobrir. Sendo os antigos jogos baseados de certa forma na banda desenhada que já tem anos, este novo deixou isso de lado e aborda a história sob uma nova perspectiva. Desta vez assumimos o papel de Joseph Turok, um ex-membro dos Wolf Pack, um grupo de Black Ops treinado por Roland Kane. O grupo eventualmente acaba por desaparecer e Turok faz agora parte da Whiskey Company, cujo o objectivo é capturar o seu antigo mentor, Kane. Por sua vez este faz agora parte da Mendel-Gruman Corporation, que anda a fazer experiências em criaturas no planeta remoto onde decorre a acção. Os dinossauros vêm por acréscimo.

Manual e disco.
Turok revela ser um jogo com uns visuais bastante vistosos, onde a selva predomina durante 90% do tempo com direito a todos os pormenores e mais alguns, conferindo bastante credibilidade a toda a acção mas também alguma monotonia. Não creio que isto seja mau até porque nos permite abordar os objectivos de várias maneiras, disfarçando a linearidade típica dos FPS. O Unreal Engine 3 é utilizado de forma convincente, onde os cenários ganham vida e as personagens têm bom aspecto sem serem nada de espantoso. Ocasionalmente saímos da selva para visitar alguns complexos industriais mas não se afasta muito destas premissas. A acção por norma não tem quebras, mesmo quando estamos rodeados de dinossauros ou anda um T-Rex enorme à nossa procura enquanto os mais pequenos Velociraptors tentam dominá-lo sem êxito. Contudo nota-se algum screen tearing nas cutscenes que utilizam o motor de jogo.

É só um beijinho.
Como já é costume, pouco ou nada ligo à música num FPS mas ainda me recordo que em Turok, a composição sonora é bastante agradável e condiz com a acção, sendo mais ambiente em cenas calmas, ganhando consistência nas cenas de maior tensão que eventualmente culminam em acção frenética. Longe vão os tempos dos ritmos tribais da N64, que me ficaram na memória após tantas horas de jogo. Agora é tudo mais virado para o realismo, para a experiência cinemática, algo que apesar de não me aborrecer, não surte o efeito desejado. O som é utilizado adequadamente, em particular tudo o que é relacionado com os bichinhos que povoam a selva, pois os dinossauros conseguem sempre, ou quase sempre, surpreender-nos com uma emboscada. Daí que neste tipo de abordagem é imperativo ter uma boa componente sonora e Turok certamente não desaponta. O voice-acting é redundante, com os típicos grunts do exército a medirem os seus níveis de testosterona em diálogos animados, por vezes.

Turok armado em Rambo.
Algo que realmente me suscitou interesse foi a jogabilidade pelo simples facto de utilizar uma componente stealth, algo que até à data não era muito comum em FPS. Isto por si só resulta numa experiência muitíssimo boa e permite uma abordagem diferente ainda que possamos optar por entrar guns blazing. Obviamente esta opção na maioria dos casos, corre mal. No fundo, Turok assenta na estrutura básica de controlo de qualquer FPS mas adiciona este elemento de surpresa que se torna rapidamente no elemento principal pois vamos querer tirar o maior partido de termos sempre a vantagem face aos inimigos. Para tal, o arco e flecha em conjunção com a faca, servem este propósito para limparmos as hostes inimigas sem sermos detectados. Existem muitas mais armas mas todas elas de fogo e com vertentes futuristas, como é tradição na série. Não será de todo exagero dizer que a faca é a melhor arma do jogo pois permite matar quase todos os inimigos com apenas um golpe, que acaba em degolação ou directo no crânio. Como é de calcular, não podemos utilizá-la contra o T-Rex mas a ideia seria tentadora. Para além destas Silent Kills, existem ainda as Mauls que são uma espécie de Quick Time Events (QTE) onde a faca também é utilizada para nos defendermos dos dinossauros ou outras criaturas.

E por referir dinossauros, a variedade aqui é maior do que em qualquer outro jogo da série, onde vamos encontrar desde o T-Rex, a Velociraptors, Compsognathus, Dilophosaurus, Parasaurolophus, Brachiosaurus, Pteranodon até ao Giganotosaurus. Ou seja, muitos répteis para dilacerar ou ser dilacerado. Para além destes simpáticos bichos, existem ainda outras criaturas "man made" e claro, humanos. O engraçado no meio disto tudo é que podemos pô-los todos à bulha uns com os outros, reduzindo assim a atenção na nossa personagem o que nos permite passar despercebidos sem termos de entrar em confrontos desnecessários. Claro que por vezes temos mesmo de os confrontar, em especial nos "bosses" onde o T-Rex faz as suas aparições. Mas no final de contas, não andamos aqui a caçar répteis pré-históricos...

Esta selva é um paraíso.
Turok conta ainda com um modo multiplayer, onde temos os habituais Deathmatch, Team Deathmatch, Capture The Flag e ainda Wargames e Assault Capture The Flag. Existem ainda um modo co-op para quatro jogadores online, com três missões mas não testei nada disto portanto não posso falar sobre o assunto. Também já um pouco tarde pois desde Fevereiro de 2011 que os servidores de Turok, no caso da PSN, foram desligados e existem uma série de petições online sendo a Turok Multiplayer Revival Campaign (TMRC) uma das mais famosas, com imensas assinaturas por parte de jogadores e empresas no ramo do gaming. Vamos lá ver se volta ao activo e talvez dê uma vista de olhos.

Este amiguinho está com fominha.
Não sendo de todo algo genial, Turok é certamente um FPS com alguma substância e divertido q.b. para nos manter a jogar até ao final. Se tivermos de o comparar a algo actual, diria que dá ares a Crysis em certos aspectos, bastante evidentes ao longo do jogo. Se o recomendo? É óbvio que sim, a todos os que gostam de FPS e que queiram algo diferente da fórmula CoD. Agora, não esperem é que seja como os Turok de N64 pois nem sequer se assemelha. E só falta dizer uma coisa: é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Em breve, algo na onda de Fallout 3 mas melhor, na PS3. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

2 comentários:

  1. Este teu post passou-me despercebido :P
    Cheguei a ter o Turok que saiu para GC/PS2/Xbox, na altura soube-me a muito pouco, gostei bastante dos primeiros níveis mas depois a coisa desmoronou. Este parece-me engraçadinho, talvez o jogue no PC brevemente.

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  2. Pois, é normal, deixei de publicar diariamente. :P Este Turok é giro mas continuo a preferir o primeiro da N64.

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