24 de janeiro de 2010

Mystic Quest

Armadura e espada? Check!
Desenvolvido por: Square Co. 
Publicado por: Square Co.
Designer(s): Koichi Ishii
Artistas: Kamui Fujiwara (Desenho de Personagens)
Compositores: Kenji Itou
Plataforma: Game Boy
Lançamento: 08-06-1991 (JP), 01-11-1991 (EUA), 1993 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 2 megabit
Funcionalidades: 2 slots para gravação de progresso
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o várias vezes e possivelmente ainda sou capaz de o terminar mais umas quantas por ser tão simples e actual.

(O Jogalhões não está morto. Digamos que o seu criador tem demasiados jogos e pouco tempo para os jogar, quanto mais escrever sobre eles. Resumindo, é preguiçoso e não tem quem o acorde para vir para aqui debitar texto com frequência.)

Assim eram as caixas de cartão.
Quando me lembro dos tempos do secundário, o Game Boy é daquelas coisas que me vem logo à memória devido a certos e determinados momentos. Aquilo era um fartote de jogar nas aulas, uns com os outros, às escondidas dos professores e existia uma imensidão de pequenos cartuchos cinzentos a circular de carteira em carteira que nem imaginam. Claro que nos intervalos preferíamos fazer coisas mais terra a terra: futebolada, basket, pião ou carolos. Adiante, os 90's foram um espectáculo e foram também a época em que comecei a ganhar um certo gostinho por RPG's começando nos Zelda's e depois indo um pouco mais além. E este Mystic Quest, apareceu cá em casa não sei bem precisar o ano, mas foi uma vez mais oferta da minha querida mãe (visto que lhe andei um mês e tal a chagar o juízo para me encontrar este jogo depois de o ter visto na extinta Super Power). Ela lá o achou perdido, na Pollux na Baixa Pombalina. Era o último!



Tudo incluído.
Mystic Quest (ou Final Fantasy Adventure como é conhecido nos EUA), é um Action RPG como tantos outros, com uma história linearissíma onde temos um herói sem nome e uma menina a resgatar sem nome também, mas que cumpre na perfeição aquilo a que se propõe: uma experiência fantástica num mundo de fantasia cheio de segredos, magia, monstrengos e outras criaturas familiares. No fundo, é algo parecido a The Legend of Zelda mas com uma componente RPG mais profunda visto que a nossa personagem evolui e os inimigos acompanham ficando progressivamente mais difíceis. No final a história é a mesma lengalenga de sempre, neste caso em concreto, salvar a última descendente da família que está directamente relacionada com a árvore de Mana que dá vida a todo aquele universo com um plot twist pelo meio. Nunca antes visto...

O mapa do jogo, à antiga.
Mystic Quest diferencia-se de Zelda em vários aspectos e um deles passa pela parte gráfica, que é inferior mas funcional e variada. Visualmente não é o pináculo dentro dos jogos do Game Boy mas é agradável de se ver. Existe toda uma variedade de cenários e personagens ainda que algumas se repitam com uma certa frequência mas nada que nos faça pensar que aquela gente nasceu toda dos mesmos pais ou em última instância foram clonados. Sonoramente tem uma composição interessante e até certo ponto, memorável, mas tende a repetir-se um bocado, especialmente nas diversas grutas e castelos que visitamos pelo mundo fora. Os efeitos sonoros estão bem explorados, ao ponto de nos indicarem uma parede que é destrutível (como em Zelda ainda que neste víssemos as rachas) e também inimigos que são imunes a determinadas armas.

Tabela de itens, na parte de trás do mapa.
Em termos de jogabilidade, já devem ter percebido que não é o típico turn based RPG da Square mas sim algo mais virado para a acção. Basicamente é um clone de Zelda, podemos mover a nossa personagem pelos diversos quadros e ir encontrando inimigos (e imensos bosses) que despachamos como bem nos der na cabeça, ainda que alguns requeiram certas tácticas. A diferença é que nos convém eliminar o máximo possível pois a nossa personagem vai evoluindo a nível de força, magia, stamina e "força de vontade" (se é assim que se pode chamar). Isto influencia directamente a força com que podemos atingir inimigos, a quantidade de magia disponível para utilizar feitiços, a resistência aos ataques dos bichos e por último a rapidez com que a barra do ataque especial de cada arma enche. Como podem ver, é um jogo bastante completo para uma maquineta tão "pequena".

O gato gigante tem que morrer.
Outra diferença relativamente a Zelda, é o facto de termos imensas armas por onde escolher, desde machados, lanças, espadas e foices, cada uma com o seu ataque especial e atributos de elementos da natureza, armaduras com certos efeitos, feitiços que se traduzem em fogo, gelo, cura, gravidade, enfim uma miríade de efeitos diversos. Ah, e claro sem esquecer os inúmeros itens tão típicos nestes jogos. Contrariamente a Zelda, podemos gravar o jogo em qualquer altura, num dos 2 slots disponíveis e começar logo no sítio onde ficámos (mesmo que seja à frente de um boss enorme).

Conspirações...
Para terminar esta exposição, Mystic Quest foi um grande jogo no seu tempo que passou ao lado de muitas pessoas, algumas certamente fãs de RPG's mas que ainda hoje continua a ser um bom jogo pela sua simplicidade. Dificilmente devem achar um exemplar que venha completo (caixa, jogo, manual e o mapa do universo) mas se o encontrarem e tiverem gosto por jogos antigos, é um caso a considerar. Por estes motivos todos e porque se encontra na minha posse, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Até breve (desta vez será mesmo breve)! :)


MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

2 comentários:

  1. Gosto de ver que os comentários estão de volta!
    Tens uma análise apurada sobre os jogos...e esse respeito pelas reliquias é louvável.

    Continua! :D

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  2. Há muito mais para contar, jogos e relíquias não faltam por aqui. :)

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