7 de novembro de 2009

Batman: Arkham Asylum

I'm BATMAN!
Desenvolvido por: Rocksteady Studios 
Publicado por: Eidos Interactive, Warner Bros. Interactive Entertainment/DC Entertainment, Square Enix (Japão)
Argumentista: Paul Dini
Motor Gráfico: Unreal Engine 3.5, PhysX (PC)
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 25-08-2009 (EUA), 28-08-2009 (EU)
Género(s): Acção, Beat 'em up, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Challenge Rooms
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (1177MB no mínimo), Compatível com sensor de movimento do Sixaxis, Compatível com função de vibração do DualShock3, HD 720p, 1080i e 1080p, DLC exclusivo para jogar como The Joker (PS3), DLC de Map Packs (até agora Insane Night e Prey In The Darkness)
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o uma vez em normal fazendo tudo o que havia para fazer no modo história, acabei todas as Predator Challenges e falta só tentar passar as Freeflow Challenges...

(Há algum tempo que não colocava aqui nenhum jogo, não por falta de tempo mas sim por preguiça. Para mais, a afluência de leitores não é assim tanta que justifique updates constantes ao espaço e afinal de contas trata-se da minha colecção e não de um site de notícias ou reviews. Tenho-o dito.)

Welcome to the madhouse!
Sempre gostei de heróis de banda desenhada, tal como qualquer ser humano normal (sim, quem não gosta é estranho no mínimo). Mas, não gosto de todos como é de calcular. Batman é daqueles heróis que se destaca dos demais por não ser "super" pois afinal de contas é apenas um humano mais inteligente do que os outros e com uma aptidão especial para as artes marciais. Não está ao nível de um Spiderman mas a meu ver dava-lhe cabo do canastro enquanto o diabo esfregava um olho... Morceguices aparte, este jogo veio parar à minha colecção à relativamente pouco tempo, dois meses se tanto. Comprei-o online por cerca de 40€, já com portes pois não me apeteceu alimentar os chulos de cá que pedem 70 pelo mesmo...



Manual e disco.
Se no passado existiram jogos baseados na personagem Batman, posso afirmar que se conta pelos dedos de uma mão os que realmente são bons dentro da sua categoria. Passo a citar: Batman (NES), um simples jogo de plataformas, difícil que nem cornos mas altamente jogável. Batman (GameBoy), outro jogo de plataformas ao qual chamo "Super Batman Land" pois é o mesmo conceito mas com tiros à mistura. E finalizando Batman Returns (SNES), um sidescrolling beat 'em up da autoria da Konami que dispensa apresentações. Quantos contam? Pois, três, eu bem avisei que se contavam pelos dedos de uma mão (posso estar a esquecer-me de algum). Mas a espera por um bom jogo de Batman acabou, felizmente. Batman - Arkham Asylum veio estabelecer um padrão de qualidade nos jogos que recriam heróis de banda desenhada que dificilmente nos deixa indiferentes. Aliás, qualquer herói que de agora em diante não tenha um jogo assim, nem sequer merece atenção.

O Batrang é nosso amigo.
Batman: Arkham Asylum foi escrito por Paul Dini, já calejado nestas andanças e passa-se na famosa instituição que acolhe todos os maluquinhos e criminosos de Gotham City que o nosso tão estimado morcegolas tem o prazer de caçar. Escusado será dizer que tudo não passa de uma trama muito bem engendrada pelo nosso amiguinho The Joker que não perde uma hipótese de fazer uma boa piadola. E que melhor cenário senão Arkham, que está infestado de conhecidos como Bane, Scarecrow, Zsaz e afins para caçar um morcego? Passando a assuntos mais concretos, Batman: Arkham Asylum é um deleite visual para a nossa já tão batida retina. Escuro, atmosférico, orgânico, credível, são palavras que definem este jogo pois tudo foi pensado e repensado para dar ao jogador o universo digital mais bonito que se viu num jogo de Batman. Claro que podem sempre pensar que estou a ser injusto, visto parte disto ser fruto do avanço tecnológico, mas não estou a dizer que os jogos anteriores são maus face a este, antes pelo contrário. Arkham Asylum quase que parece real e passear pela ilha e ver as vistas é sempre um prazer. Na parte sonora, também foi tudo pensado ao pormenor. A música é suficientemente imersiva, os efeitos sonoros cumprem o seu papel sem falhas e acima de tudo, os actores que deram a voz às personagens fizeram um trabalho notável, especialmente Mark Hamill (sim, é o Luke Skywalker!) que dá a voz a The Joker e é incapaz de estar calado por um segundo durante o jogo todo. E porquê? Porque ele passa o tempo todo a controlar cada passinho de Batman e vai assim dando indicações aos seus lacaios, de modo a caçarem o morcego, como se se tratasse de um jogo de gato e rato. É no mínimo genial ouvi-lo falar...

O Detective mode é demasiado bom.
Falando de jogabilidade, é aqui que entra a grande novidade. Se esperam um jogo de porrada tradicional, desenganem-se amiguinhos, neste não vão passar o tempo em escaramuças mas sim a tentar limpar o sebo aos mauzões à la Solid Snake. O objectivo é entrar sem ser visto, na maioria das vezes, até porque os inimigos começam a ficar mais difíceis e com sistemas de alarme que avisam os outros quando alguém é derrotado. Eu diria que pegaram um pouco na mecânica de Metal Gear ou até mesmo de Tenchu, visto o Batman ter mais de ninja do que de soldado. Não há nada mais gratificante do que derrotar um inimigo, Predator style... Mas claro que há partes onde a violência tem de resolver a situação e aqui entra o soberbo Freeflow, um sistema de combate idealizado por forma a termos combos quase sempre diferentes, com muitos counters à mistura e que quando se apanha o jeito é um mimo para o jogador. Isto já para não falar no facto que possibilita sairmos vivos e sem um arranhão de um combate contra uns 20 tipos ao mesmo tempo. Parece impossível mas faz-se (não consegui ainda fazer mais de 36 combos seguidos...).

O morcego trata da saúde a um paciente.
Em suma, Batman: Arkham Asylum é um espectáculo. Extremamente gratificante mesmo depois de o terminarem (os Challenge Rooms exigem paciência), com uma dificuldade progressiva sem rondar a frustração e acima de tudo, com momentos geniais para os fãs do morcegão, que por razões óbvias não mencionei em nenhuma parte deste texto pois quero que tirem o máximo partido da vossa experiência através desta magnífica obra de arte digital. Toca a comprá-lo já!

Mais jogos para breve, até lá vou ficar a jogar Modern Warfare 2 (quando sair daqui a uns dias)... :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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