16 de fevereiro de 2010

Ghost In The Shell: Stand Alone Complex


Motoko em alta!
Desenvolvido por: Cavia 
Publicado por: Bandai
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 04-03-2004 (JP), 08-11-2004 (EUA), 06-05-2005 (EU)
Genéro: Shooter 3D
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer para quatro jogadores com Multitap
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Memory Card 8MB (70KB mínimo), Compatível com Dualshock e apenas Joysticks Analógicos
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o pelo menos três vezes para apanhar os itens escondidos e repeti um dos níveis indefinidamente para desbloquear todas as dificuldades de jogo

(Uma ausência menor mas mesmo assim mais longa do que o esperado. Contudo aqui estou a debitar mais umas linhas e ainda falta comentar um porradão de jogos, alguns deles bem bons e merecedores de atenção. A seu tempo, a seu tempo...)

Sleeve em cartão.
Facto: videojogos e anime estão intrinsecamente ligados. Verdade absolutamente irrefutável? De certo modo. Eu diria mesmo, parafraseando um individuo qualquer que me disse isto há uns anos atrás, "os videojogos são o futebol dos fãs de anime". E se eu sou fã, ainda que num nível menor do que era há uns 5 anos atrás, os jogos são o meu "futebol". Agora, outro facto curioso é que, grande maioria dos jogos que se baseiam em séries/filmes de anime são uma grandessíssima bodega (isto para não usar a palavra que começa por M, tem ERD no meio e acaba em A. Contudo, alguns safam-se e marcam pontos neste patamar, que é o caso deste Ghost In The Shell - Stand Alone Complex. Ah, palavreados aparte, a minha cópia veio directamente da Fnac do Almada Fórum, por uns míseros 9.90€ com direito a sleeve de cartão e tudo!



Disco e manual, com muito azul.
Ghost In The Shell: Stand Alone Complex (GITS - SAC) faz a ponte entre a primeira e a segunda série para que os fãs fiquem a compreender o que se passou ali naquele vazio (não tem absolutamente nada a ver com os filmes de culto, sim o primeiro que é excelente e o segundo que não vale a ponta de um chavelho). No fundo pega na fórmula de .hack//(inserir nome aqui) que se traduz em fazer séries e depois jogos que não se baseiam mas sim continuam a história para posteriormente darem origem a outra série. Resumindo, marketing e roubalheira. A história que faltava entre estas duas séries no fundo recai sobre a nossa personagem principal, a major Motoko Kusanagi, membro da Section 9, cujo um dos seus corpos de substituição foi roubado e anda a ser utilizado para uma série de crimes e atentados (para quem não sabe, a Motoko é uma Inteligência Artificial que precisa de um corpo para poder agir).

Motoko observa o transeunte desprevenido.
Na altura em que apareceu, GITS: SAC revelou ser um jogo visualmente cuidado, cutscenes bonitas e bem realizadas, com atenção ao detalhe e manteve-se fiel àquilo que podíamos ver nas séries. O ambiente revelou-se amplo e bastante familiar ainda que por vezes um pouco vazio passando por complexos de apartamentos e escritórios a enormes armazéns e docas. Digo isto porque achei que havia demasiado espaço e poucas coisas a preenchê-lo, como por exemplo mais inimigos. Mas isto sou só eu e a minha opinião quase sempre do contra. Na parte sonora não me queixo, muito. A música passou-me um bocado ao lado, ainda que seja adequada, não é memorável como a de GITS na PlayStation que oscila entre o techno e a electronica com nomes conhecidos e que mantém a acção sempre no topo. Neste, simplesmente passa despercebida. A nível de efeitos e afins, é o normal, nada de extraordinário a acrescentar.

Uma das várias cutscenes.
Sendo um jogo com perspectiva na 3ª pessoa, GITS: SAC proporciona uma jogabilidade simples mas um bocado arcaica e que requer alguma habituação devido ao posicionamento da acções que, digamos, não foi a melhor escolha. Contudo podemos alterar isso até certo ponto. GITS: SAC apresenta-nos 3 personagens jogáveis: Motoko Kusanagi, aquela que controlamos durante 80% do jogo e que é a mais ágil; Batou, o parceiro da major e um Tachikoma que controlamos apenas num único nível. De todos, Motoko é a melhor devido não só à sua agilidade mas também ao gozo que proporciona nos combates corpo a corpo. Neste campo Batou rende-se à força bruta e o Tachikoma como já devem ter calculado, resume-se a tiros e granadas (not funny). Um aspecto curioso é que existem imensas armas, desde Sniper Rifles a Rockets Launchers passando também por armas secundárias como facas e granadas de mão mas nem todas podem ser usadas por Motoko, nomeadamente tudo quanto sejam armas tidas como "pesadas". Faz sentido mas ela não deixa de ser um andróide cheio de força. Por outro lado podemos usar as suas hacking skills para "entrar" noutros andróides e usá-los a nosso bel prazer para eliminar certos inimigos posicionados em sítios estratégicos sem assim levar dano. Um toque engraçado mas que podia ter sido explorado de uma forma ainda mais inteligente. O jogo ainda nos oferece um modo multijogador que nos coloca frente a frente contra outros três jogadores, localmente mas sinceramente nunca o experimentei portanto não vou fazer comentários a respeito do mesmo.

Violência em certos casos, resolve tudo!
Assim, em jeito de conclusão para esta amostra, Ghost In The Shell: Stand Alone Complex é um jogo divertido, ainda que não o recomende caso não sejam fãs da série. Apresenta-se como um desafio pois podemos jogar em mais de cinco níveis de dificuldade (níveis esses que serão desbloqueados depois de acabarem um capítulo do jogo, numa determinada dificuldade, usando apenas determinadas armas e com uma pontuação acima da média pedida) e o seu replay value é mediano se forem daquelas pessoas que gostem de andar à procurar de itens escondidos em sítios ainda mais escondidos (pensem nos sapos do MGS3, nas Blue Orbs de DMC e afins). Tem tudo no sítio e ainda que não brilhe como outros, mas estando na minha colecção, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Volto daqui a uns dias, ou semanas, who knows... ;P~

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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