10 de novembro de 2012

Ninja Gaiden 3 [Collector's Edition]


As respectivas frentes.
Desenvolvido por: Team Ninja 
Publicado por: Tecmo Koei
Director: Fumihiko Yasuda, Yosuke Hayashi
Argumentista: Masato Kato
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 20-03-2012 (EUA), 22-03-2012 (EU/JP)
Género(s): Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Multiplayer entre 2 a 8 jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido (6MB), Compatível com função de vibração do DualShock3, HD 720p, Compatível com PlayStation Move, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, em Normal e Hard, algumas horas em Co-Op online.

(Qualquer erro ou irregularidade na escrita que detectem, é favor contactar para se proceder à correcção. Seja neste post ou em qualquer outro.)

E as respectivas traseiras.
Se neste momento fosse pequenino e me perguntassem o que queria ser a minha resposta era muito curta e simples: ninja! Depois do riso seguir-se-ia a pergunta seguinte: mas porquê? A resposta seria um pouco mais comprida mas simples na mesma: são rápidos, são ágeis, são fortes, são mortais e andam por todo o lado. Ah, além disso dão cabo de tudo o que se atravesse à sua frente, seja animal ou máquina. E também são fixes! Perante uma resposta destas, obviamente a pessoa em questão, poderia tentar extrair algo mais concreto e concretizável: então e agora a sério, já pensaste em ser advogado ou político? Ao ouvir isto, depois de me rir diria: claro que não, quero ser ninja para dar cabo desses gajos que são os verdadeiros maus! E com isto trago hoje aqui mais um jogo com ninjas, maus e essas coisas todas. Trata-se de uma Collector's Edition que alberga não só o jogo mas também duas estatuetas bastante detalhadas das personagens principais, com direito a um diorama, um artbook não só com arte do jogo mas também com foco na história e nas personagens, um CD com a banda sonora e ainda um voucher com um código DLC da demo da versão Alpha de Dead or Alive 5. Tudo isto por cerca de 49 euros na Amazon.


Manual, vouchers e disco.
Ninja Gaiden 3 é daqueles jogos envoltos em polémica, um pouco por culpa dos fãs da saga que se sentem traídos e injustiçados com a saída do criador Tomonobu Itagaki. Este senhor criou um jogo difícil, que desafia até a paciência do mais santo dos santos e os que agora se encontram a controlar o comboio fizeram algo diferente. Instaurou-se o caos e o fanboyismo absurdo. Mas adiante que isso pouco ou nada interessa. Após os eventos dos jogos anteriores, a história enveredou por outros caminhos deixando para trás os Fiends e os Archfiends, que tantas dores de cabeça deram ao nosso ninja favorito, Ryu Hayabusa. Desta vez, a coisa revolve em torno de um grupo de alquimistas e o seu líder, o Regent of the Mask, decididos em conquistar o mundo, utilizando Ryu, uma vez que o seu poder e a Dragon Sword são a chave para tal. Cabe a Ryu enfrentar não só esta ameaça, como também os seus demónios, explorando um lado mais humano, algo que nunca se viu na série Ninja Gaiden.

Artbook e CD.
Muita coisa mudou em Ninja Gaiden desde a última vez mas na parte visual não existem assim grandes diferenças. O jogo continua com um grafismo bastante bom, fluido durante toda a acção, com bastante detalhe e uma variedade cénica bastante interessante, que vai desde ambientes citadinos como Tokyo até ao clima mais quente de Abu Dhabi e claro, passando por uma vasta selva sem não esquecer as regiões gélidas da Antárctica. É uma verdadeira volta ao mundo. Obviamente os mais picuinhas vão notar que o jogo não corre a 1080p como os anteriores, nem tão pouco a 60 frames constantes, sendo que em certas partes desce para os 30 frames, algo quase imperceptível no meio de tanto caos. As cutscenes são feitas com o motor de jogo e aqui a frame rate é sempre a mesma.


Duel of the Masked!
A selecção sonora continua em altas neste terceiro jogo, com uma banda sonora agradável e que se faz sentir sobretudo nas partes onde a tensão é mais elevada, optando-se por som ambiente noutras instâncias. A coisa resulta bem e é algo comum hoje em dia, pelo que nem se estranha muito. O som é óptimo, com gritos, explosões, grunhidos, tiros e claro, lâminas a cortar carne e metal como se não houvesse amanhã, tudo nas doses certas e com excelente precisão. Destaco a particularidade de podermos optar entre o áudio em inglês e japonês, sendo que a segunda opção é a indicada para este jogo, visto o voice acting estar bastante bom.

Banhos de sangue, especialidade da casa.
Mas Ninja Gaiden 3 difere dos anteriores em alguma coisa. Isso está implícito tanto na jogabilidade como na mecânica de jogo. Apesar da base ser a mesma, a coisa foi reduzida ao mínimo sendo que agora o jogo é mais linear e fortemente focado na acção, ao invés de termos de andar a resolver charadas de achar a chave X para abrir a porta Y. Já em NGS2 isso tinha sido removido e na minha opinião foi o melhor que fizeram. Neste jogo simplesmente matamos e destruirmos, nada mais que isso. Os save points também foram omitidos, havendo checkpoints em sítios específicos nos níveis que nos permitem gravar o progresso. Como não há backtracking, a coisa resulta.

Ninjas e helicópteros, há aqui um padrão.
A maioria dos fãs não ficaram contentes nem com estas mudanças nem com o que se segue. Ryu tinha à sua disposição um arsenal vasto de armas, coisa que nesta entrega foi reduzida drasticamente. Existem apenas três armas. Sim, leram bem, três. São elas a Dragon Sword, Falcon Tallons e Eclypse Scythe, coisa que inicialmente era só para ser Dragon Sword pois a história incide sobre a mesma. Claro que depois de tanta critica, lá optaram por nos presentear com mais duas. E os Ninpo? Lembram-se de quantos eram? Eu não mas agora é só um! *fan rage approaching* Bom, isto não me aflige, até porque não sou de usar Ninpo com frequência mas neste jogo dá jeito. E porquê, perguntam... pois, este Ninpo além de matar tudo recupera energia. E aqui entram outras mudanças que também não foram bem vistas. A nossa barra de energia tanto cresce como decresce, algo que depende da dificuldade. Se formos bons e rápidos na matança, está sempre no máximo. Caso contrário, temos problemas. No entanto não é daqueles "problemas" que nos levam a níveis de frustração épicos pois este jogo é bem mais fácil e generoso que qualquer outro dos anteriores, mesmo em Hard.

Salganhada online!
Longe vão os tempos das Yellow e Blue Orbs dos jogos anteriores pois neste não temos nada disso. Então e como despoletamos a Ultimate Technique? Bom, funciona de maneira diferente, uma vez que só pode ser usada quando Ryu tem o braço a brilhar num vermelho intenso, sedento de sangue. Mas vale a pena, é um festim para os olhos. Com três armas apenas, é de esperar que os combos se tornem repetitivos mas a verdade é que nem damos por isso pois a acção é mais frenética e com algumas novas nuances como o Steel on Bone, onde "sentimos" o que é cortar um membro, resultando numa espécie de Quick Time Event com um q.b. de satisfação. O que me faz espécie é porque raio omitiram os desmembramentos quando estamos de facto a desmembrar! O que vale é que há sangue com fartura e as Obliteraton Techniques estão presentes. Outra coisa bem estranha são os combates com os bosses, onde estes deixaram de ter barras de energia e agora funcionam a olhómetro. Passo a explicar, eles vão levando dano e ficam com mazelas visíveis, portanto quanto mais rápidos e brutos formos com os combos, mais rapidamente chegamos ao QTE para acabar com a vida deles. Está versão de PS3 é ainda compatível com o Move mas a experiência é uma palhaçada pois precisamos do Dualshock 3 para controlar Ryu e os combos são difíceis de executar. Ah, e só dá para jogar em Easy.

Ryu é talhante nas horas vagas.
Só assim para terminar, Ninja Gaiden 3 tem ainda um modo multiplayer que nos mete em Clan Battles contra outros jogadores, em equipas de 4 contra 4. Querem saber uma coisa? Não experimentei! Contudo joguei as Missions em Co-Op, que são como as de Ninja Gaiden Sigma 2, ou seja, matar ondas e ondas de inimigos, sobrevivendo no processo. Apesar de ter mapas novos, tem também alguns do jogo anterior com os respectivos inimigos. Happy days!

Bom, penso que já ficaram com uma boa ideia do que esperar de Ninja Gaiden 3. Não se deixem enganar pelas reviews tendenciosas e opiniões dos fanboys. Este jogo é divertido, frenético e sangrento q.b. para agradar aos apreciadores do género. Se preferem uma versão mais completa, esperem então pelo Razor's Edge da WiiU que vem complementar este. Até lá, já sabem que este é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Brevemente, entram mais zombies e yakuzas aqui no blog. :) 

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

2 comentários:

  1. Partilho um pouco do teu fascínio por ninjas, mas sempre preferi a Bushido way of living dos Samurais :P
    Ninja Gaiden é uma das séries que deixei de acompanhar assim que se renovaram na Xbox, será certamente uma das séries que acompanharei assim que comprar a minha PS3/WiiU. Essa versão de coleccionador é muito interessante, mas talvez optarei pela versão WiiU pelo conteúdo extra.

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  2. A versão de WiiU será o equivalente ao Sigma 2 de PS3, ou seja, traz tudo o que o original devia ter tido e não meteram porque são sacaninhas. Um dia quando estiver a 9.90, pode ser que a compre, por essa altura conto já ter uma para o jogar novamente.

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