4 de dezembro de 2012

Yakuza: Dead Souls


Nice artwork!
Desenvolvido por: Sega 
Publicado por: Sega
Produtor: Toshihiro Nagoshi
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 09-06-2011 (JP), 13-03-2012 (EUA), 16-03-2012 (EU)
Género(s): Acção, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (5GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock3, HD 720p, 1080i, 1080p, Funcionalidades de rede
Outros nomes: 龍が如く OF THE END  ou algo como "Like a Dragon Of the End" (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal, com cerca de 50 e muitas horas de jogos e maioria das coisas feitas, o que inclui side quests, mini-jogos e afins.

(Frio e chuva, coisas que não combinam comigo.)

Está-lhes mesmo no sangue!
Há jogos que nos passam ao lado. Com a quantidade de oferta que temos hoje em dia, torna-se complicado jogar tudo aquilo que gostamos ou que nos possa parecer merecedor da nossa atenção. No meu caso, a saga Yakuza é uma das negligenciadas pois apesar de gostar do conceito nunca me agarrei a ela como deve ser. Isto até ao momento em que meteram lá zombies e aí a minha atenção voltou-se quase que de imediato para a mesma. É estranho mas é verdade, se tiver zombies eu vou investigar. E é assim que me iniciei nesta saga, descobrindo que os zombies são apenas a cobertura para algo com muito mais gosto lá bem no meio. O jogo em questão foi adquirido na Zavvi,, algures este Verão por cerca de 12 euros.



Manual e disco.
Yakuza: Dead Souls não é nada estranho a quem já tenha jogado algum dos jogos anteriores. Passa-se uma vez mais em Kamurocho, uma recriação de Shinjuku e Kabukicho, onde desta vez a crise se dá sob a forma de uma epidemia, daí os zombies e demais aberrações. Os habituais suspeitos do costume, em vez de andarem às turras uns com os outros, vão-se aliar para pôr término a tudo isto. Cabe assim a Kazuma Kiryu, Goro Majima, Ryuji Goda e Shun Akiyama, resolverem o assunto.

Inlay com os quatro magníficos.
A parte visual é algo que se destaca logo mal começamos a jogar. As personagens principais estão extremamente bem animadas no que concerne a expressões faciais, algo que esta saga e outros jogos concebidos pela mesma equipa, já nos habituaram. Mas quem diz estas, diz outras personagens sem tanta relevância como por exemplo as hostesses que podemos encontrar e com as quais podemos passar alguns momentos interessantes. Contudo, nem todas as personagens têm o mesmo tratamento e muitas delas são um tanto rudes na apresentação. Utilizando o mesmo motor gráfico de Yakuza 4, Kamurocho retém o mesmo aspecto realista, com imensos spots de interesse que vão desde restaurantes, salões de jogos, clubes nocturnos, passando também por outros estabelecimentos de negócio menos notórios mas com utilidade. Contudo o importante é que tudo se destaca neste pequeno mas rico mundo que em tanto se assemelha à realidade na qual é baseado. Obviamente, nem tudo está ao mesmo nível, graficamente falando, onde algumas áreas não são tão vistosas quanto outras ou em alguns casos têm texturas inferiores e um acabamento menos cuidado. Mas não perde pontos por isso.

Dar-lhes a volta dá algum trabalho.
Ao contrário de muitos jogos actuais, Yakuza - Dead Souls é daqueles onde a música é sempre predominante, quer estejamos a rebentar zombies, a relaxar no clube ou simplesmente a jogar ping-pong. A única excepção será talvez quando estamos na parte segura da cidade onde o som ambiente toma o palco, ainda que haja música oriunda dos diversos estabelecimentos. A música, essa, é bastante competente, com temas exclusivos a cada personagem quando entramos na Quarantine Zone, algo que poderá para alguns tornar-se repetitiva. Pessoalmente não me queixo. Tal como vem escrito na caixa do jogo, o áudio é somente em Japonês, com a respectiva tradução em Inglês sob a forma de legendas. E creio que não podiam ter feito melhor a coisa pois um jogo destes dobrado em Inglês deve ser algo medonho (até tenho medo de ver os de PS2). O voice acting é impecável, sobretudo no que toca a algumas personagens mas isso também se deve ao carisma das mesmas.

Este senhor cozinha polvo como ninguém!
Tal como os anteriores, Yakuza - Dead Souls é um jogo open world, com algumas limitações, onde podemos fazer vários tipos de actividades para além do mais óbvio, que é seguir a história. A jogabilidade neste campo é praticamente a mesma, com a excepção de quando vamos para a confusão, onde em vez de recorrermos aos nossos punhos e pernas, usamos armas de fogo para pôr fim à miséria morta-viva que polui Kamurocho. Ainda assim podemos em certas instâncias, bater nos zombies como batíamos nos desgraçados dos humanos dos jogos anteriores mas isso vai provar ser completamente inútil. São então as armas de fogo a novidade neste jogo, sendo que cada personagem tem uma arma que lhe é única. Ryuji Goda, a título de exemplo, tem um braço biónico que é uma Gatling Gun e isto tem uma história por trás. Se for caso disso, podemos também recrutar parceiros, tanto sobreviventes como as próprias hostesses, para nos ajudarem no combate à epidemia.

Calma que este é grande!
Tanto as armas como as personagens evoluem e são passíveis de upgrades para melhorarem o seu desempenho em combate. Isto é feito, como é evidente, através da matança e fazendo dinheiro, coisa que pode ser levada a cabo de imensas maneiras. É aqui que entram os mini-jogos, divertimentos e afins, onde tanto podemos ganhar como perder dinheiro. Casinos, clubes nocturnos, salões de jogos, pesca, golfe, karaoke, há de tudo em Kamurocho e grande parte das vezes damos por nós a fazer longas pausas, em prol do divertimento, ou simplesmente a tentar fazer side quests em vez de avançarmos. Mas tudo isto é amplamente recompensado. Um jogo de zombies não estaria completo sem a habitual variedade de monstrengos e aberrações pois já sabemos que os zombies são apenas o prelúdio para algo bem pior. Daí que vamos ver muita coisa inspirada em outros jogos como Resident Evil e Left 4 Dead, que costuma resultar bem e traz alguma diversidade à acção, pelo menos a nível de tácticas pois alguns requerem força bruta mas em sítios específicos e entrar a matar não é opção. Sobretudo nos bosses.

Um dia normal em Kamurocho.
Curiosamente o que mais me cativou nem foram os zombies mais sim as personagens e as suas ligações. Todas elas têm ligações umas com as outras, fruto dos jogos anteriores e neste, apesar de ser um spin-off, nada é ignorado ou deixado ao acaso, algo que me surpreendeu. Mesmo alguém como eu, que não tem conhecimento da série, fica a saber os meandros que são devidamente explicados no decorrer da história. É algo que gostei imenso e me faz querer mais ainda jogar os anteriores. Por outro lado, todas as personagens têm um carisma característico, o que nos faz ganhar logo à partida uma empatia para cada uma delas. Obviamente, a dada altura, o favoritismo irá recair sobre uma delas (no meu caso foi o Majima, que é fantástico) mas no seu todo, qualquer uma delas é excelente e até mesmo as secundárias têm ali algo que nos faz gostar ou não delas, querendo sempre ver mais interacções entre as mesmas. Há poucos jogos que conseguem esta proeza.

E neste momento, nem com insecticida lá vai.
E é esta a minha visão sobre Yakuza: Dead Souls. Os zombies foram o chamariz para algo com muito mais conteúdo do que esperava. Pensei que fosse uma versão inferior do Yakuza 4, só para andar aos tiros, mas fui presenteado com algo muito mais consistente do que imaginava. Creio que este tal como qualquer outro jogo da série, é o mais parecido que teremos com o saudoso Shenmue e portanto recomendo-o vivamente, em particular se gostarem de zombies. Até chegar Yakuza 5, este é e será sempre um JOGALHÃO DE FORÇA!

Voltarei à PS2, com muitos tiros, brevemente. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

4 comentários:

  1. O Majima também é das minhas personagens preferidas :)
    Em relação aos anteriores, apenas o primeiro Yakuza teve o voice acting traduzido para inglês. Pode ser que com um pouco de sorte decidam trazer o port dos 2 primeiros para a PS3 e comeces o resto da série aí. Na PS2 ainda há muitas quebras de framerate.

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    1. Também gostava que trouxessem essa HD Collection para o ocidente, pois tinha um bom motivo para começar do primeiro. A ver vamos.

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  2. Aqui está uma série que sempre quis experimentar :) Tzlvez qualquer dia...

    Também tinha ideia que existia outro spin-of passado no Japão feudal, se não me engano.

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    1. Yep, existem mais 3 spin-offs. Esse passado no Japão feudal (Ryū ga Gotoku Kenzan!) e dois na PSP (Kurohyō: Ryū ga Gotoku Shinshō, Kurohyō 2: Ryū ga Gotoku Ashura hen) também conhecidos por Yakuza: Black Panther 1 e 2. Infelizmente nenhum destes saiu no ocidente e a avaliar pelo que joguei nas demos, eram bons jogos. Nunca percebi o porquê desta decisão.

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