19 de dezembro de 2012

Sorcery


Já vi capas melhores.
Desenvolvido por: The Workshop, SCE Santa Monica Studio
Publicado por: Sony Computer Entertainment
Motor gráfico: Unreal Engine 3 
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 22-05-2012 (EUA), 23-05-2012 (EU), 14-06-2012 (JP) 
Género: Acção, Aventura 
Modos de jogo: Modo história para um jogador 
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB) 
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (1.9GB), Gravação de progresso no disco rígido, Necessário Comando PlayStation Move e Navigation Controller/DualShock3, Compatível com Função de Vibração, HD 720p
Estado: Completo 
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o duas vezes e chega pois já está platinado.

(Mais uma vez deixo o apelo, Verão volta!)

Está nas mãos e não só!
Com o advento da Nintendo Wii, os motion controls ganharam um espaço muito importante neste mundo dos videojogos tal como o conhecemos. Alguns conseguiram verdadeiras proezas, outros verdadeiros desastres mas o facto é que vieram para ficar. Pessoalmente, prefiro o método tradicional sem grandes movimentações a não ser quando me exalto e desato a disparatar com a televisão, com o comando e até comigo mesmo. No entanto, já vários jogos com motion controls me passaram pelas mãos e alguns deles mudaram ligeiramente a minha opinião sobre esta matéria. O exemplar que trago até aqui hoje, embora não tenha sido um deles, serve muito bem para ilustrar este quadro. Chegou até à minha colecção porque vinha no bundle da PS3 que adquiri depois da minha quarta consola phat ter morrido. Foi mais para ter um comando Move extra e um Navigation Controller, coisas que dão sempre jeito para rail shooters a dois.


Manual e disco.
Sorcery, tal como o nome sugere, é um simples jogo sobre feitiçaria que nos coloca na pele de Finn, um jovem aprendiz com uma ambição enorme em se tornar um grande feiticeiro. Tudo estava bem até o seu mestre Dash desaparecer e Finn ser obrigado a procurar pelo seu paradeiro, contando com a ajuda de Erline, uma gata mágica (e que fala, daí ser mágica). Nisto vai descobrir que a Nightmare Queen quebrou um longo e antigo pacto de paz e ameaça agora cobrir toda a terra de escuridão. Já podem imaginar o que se segue...

Um bonito inlay.
Fazendo uso do Unreal Engine 3, Sorcery tem uns visuais engraçados e bastante bonitos sem no entanto ser majestoso. Os cenários são variados, explorando um pouco da mitologia irlandesa, coisa que se nota particularmente nas florestas e zonas habitacionais e que lhe confere um toque único. As personagens também têm bom aspecto, com animações bem conseguidas mas sem serem nada que nos deixe boquiabertos de espanto. As cutscenes são contadas através de páginas de livro, animadas, em vez de se recorrer ao motor de jogo.

Finn combina duas magias.
A nível sonoro, Sorcery conta com música ambiente que não é particularmente memorável mas que faz o seu trabalho de forma competente. O som ambiente também tem a sua quota parte de proporcionar a sua mística a esta aventura. Finn e Erline têm os seus diálogos, na maioria das vezes bastante animados, mas a meu ver esforçam-se um pouco no que toca a criar alguma empatia com o jogador, tentando a abordagem vista em Uncharted. Ora estão bem, ora estão às turras com graçolas. Isto funciona bem em Uncharted, neste Sorcery nem por isso, na maioria dos casos. Ainda assim, não deixa de ser agradável ouvi-los falar até porque muita história é contada através destas conversas.

Reconstrução do património, também faz parte.
Mas o que realmente interessa em Sorcery é a jogabilidade. O comando Move em conjunto com o Navigation Controller, são necessários para se poder jogar e resultam extremamente bem. A capacidade de resposta aos nossos movimentos é precisa, é rápida e na maioria das nossas acções não há falhas a assinalar. O controlo de Finn é feito através do joystick do Navigation Controller, podendo envergar um escudo utilizando um botão nesse mesmo comando. O Move serve para tudo quanto é ataque com a varinha mágica, desde atirar tiros em todas as direcções, até mesmo atirá-los em arco (um pouco como o efeito das balas no filme Wanted), podendo assim atingir inimigos escondidos atrás de obstáculos. No fundo, o controlo é tão fácil e intuitivo como por exemplo no Skyward Sword, embora não chegue ao nível desse por diversos motivos mas creio que não é preciso alongar essa comparação.

Tudo o que se faz aqui é para consumo.
Finn conta apenas com a sua varinha para atacar e para tal vai ter à sua disposição cinco tipos de elemental spells, que irá encontrar ao longo da sua demanda. Para além do combate contra as hordas de mauzões, existem diversos puzzles para resolver, caminhos secretos para descobrir e os típicos bosses para derrotar, cada qual à sua maneira. Para explorar mais esta onda dos motion controls, Finn encontra vários ingredientes que poderá combinar e assim fazer novas poções mágicas que lhe permitem evoluir tanto a vida, como a magia entre outros parâmetros. Estes ingredientes têm de ser moídos, triturados, mexidos, misturados, enfim... já podem ter uma ideia das macacadas que terão de fazer com o comando.

Bosses enormes, é o que a malta gosta!
Embora Sorcery tenha tudo o que é preciso para dar certo, não deixa de parecer um jogo incompleto, ou se preferirem, uma tech demo. É um jogo curto, com cerca de 8 horas de duração e que pode ser completo a 100% na primeira vez que se joga pois até mesmo os troféus não implicam acabá-lo nas várias dificuldades. Uma segunda ronda só seria mesmo por gosto ou porque na primeira se esqueceram de explorar algo e perderam um dos tesouros. Fiquei com a sensação que este Sorcery foi mais uma amostra do que se poderia fazer, ao nível de um Zelda na Wii mas que se ficou por aqui. É pena, pois a PS3 precisava de um jogo deste género mas com o brilho que lhe é devido se quiser fazer concorrência. Apesar de tudo, não deixa de ser um JOGALHÃO DE FORÇA e uma boa maneira de nos habituarmos ao Move.

Volto em breve com assassinos na PSP. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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