8 de dezembro de 2012

Gungrave Overdose


A capa do primeiro era melhor.
Desenvolvido por: Ikusabune Co., Ltd.
Publicado por: Red Entertainment (JP), Mastiff (EUA), Play It (EU)
Designer: Yasuhiro Nightow
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 04-03-2044 (JP), 15-09-2004 (EUA), 07-10-2005 (EU)
Género: Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (79KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Razoável, o suporte do DVD está ligeiramente partido, algumas marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o uma vez e o masoquismo ficou-se por aí.

(Verão volta, estás perdoado!)

Em Franciú.
Corria o longínquo ano de 2003, quando me aterrou nas mãos um jogo que dava pelo nome de Gungrave. Traduzindo, um festim de tiros e destruição, ao longo de seis níveis onde o objectivo era somente vingança. Ora, mais do que suficiente para me convencer e preencher aquelas alturas onde não me apetece muito dar uso aos neurónios para resolver charadas ou seguir tramas densas e complexas. Após a experiência, queria mais e melhor, algo que para minha surpresa foi anunciado em 2004 mas só em 2005 viria a ser publicado na Europa. Deixei o tempo passar, fui jogando outras coisas, vi a série de animação japonesa que antecedia aos eventos do primeiro jogo e só agora em 2012 é que calhou a sequela do original chegar até mim. Um exemplar usado, pois novo é difícil encontrar, sobretudo a um preço decente, com a caixa e manual em Francês e oriundo do eBay pela quantia de 15 euros. Não foi o melhor negócio do mundo mas pouco ou nada interessa.


Manual e DVD.
Gungrave Overdose é a continuação do rasto de destruição e vingança, iniciado pelo nosso amigo Beyond the Grave, também conhecido por Brandon Heat. Nesta segunda demanda, Grave é reanimado pela sua amiga Mika Asagi para dar conta de uns assuntos com a família Corisione, contando com a ajuda de dois novos aliados: Jyuji Kabane e Rocketbilly Redcadillac, ambos nas mesmas condições, ou sejas, mortos-vivos. Junta-se ainda a este bando de degenerados, um pequeno génio, Spike Hubie, que à semelhança de Mika os ajuda com informação e tem um papel determinante na rebuscada trama. Coisas oriundas do Japão, já se sabe no que dá.

Grave armado em bonzão depois de rebentar tudo.
Os visuais não foram coisa que me tivesse fascinado. Até o primeiro jogo continua a ter melhor aspecto, desde as personagens aos cenários em geral, não esquecendo os pequenos pormenores. O cel shading continua a ser o estilo de eleição mas nesta segunda entrega, parece-me que a coisa não foi tão bem conseguida. O porquê disso deve-se não só à pouca variedade visual mas também aos extremos slowdowns, coisa que afectava o primeiro jogo e que aqui se queria corrigida. Não aconteceu, dificulta a acção em certas instâncias e não gosto. As cutscenes escapam, apresentando uma qualidade razoável e aparecem em doses bem mais abundantes do que era de esperar.

As cutscenes têm este aspecto.
Som. Também já se ouviu melhor. A música não é memorável, antes pelo contrário, fizeram rehash dos temas do primeiro jogo, modificaram outros e introduziram um ou outro novo. Se no primeiro todos os níveis faziam uso da banda sonora kickass, neste é precisamente o inverso. Há níveis onde a música simplesmente não existe e isso é triste, pois andar a rebentar tudo e todos sem banda sonora, não tem piada nenhuma. Outra coisa que me deixou de pé atrás foi o voice-acting. Sem opção de escolha, somos obrigados a levar com uma dobragem em inglês dos Estados Unidos, péssima por sinal onde na maioria das vezes os actores nem se esforçam por tentar corresponder às expressões das personagens. No primeiro era o inverso, áudio unicamente em japonês e legendas em inglês. Se assim fosse não me queixava nem um pouco.

Cocó, Ranheta e Facada.
E o que precisa qualquer jogo que não é grande coisa visualmente e sonoramente? Ter a melhor jogabilidade do mundo. Gungrave Overdose não tem. O que funcionava razoavelmente bem no primeiro, passou a funcionar pior no segundo. A mecânica continua a mesma, barra de vida e barra de escudo que nos protege do dano e vai regenerando se estivermos quietos e de preferência sem levar tiros. Continuamos a poder disparar como se não houvesse amanhã, com direito a um charge attack e a usar os ataques especiais de Grave mas o caixão recebeu um upgrade, podendo ser agora usado como arma de arremesso, permitindo combos entre os tiros e ainda como escudo. Ora isto é tudo muito bonito no papel mas na prática resultou num sistema atabalhoado e confuso, que irá provocar frustração a níveis para lá do aceitável. A juntar à festa, os inimigos aparecem em doses industriais, de todas as formas, tamanhos e feitios, determinados a fazerem-nos chorar de raiva ou mesmo ao ponto de partir o comando. E tudo isto na dificuldade Normal.

Billy e o seu rock electrizante!
O design dos níveis não era famoso no primeiro jogo, afinal de contas era andar em frente e rebentar tudo mas o facto é que os bosses eram batalhas divertidas e sempre com aqueles finais flashy, dignos de anime. Em Overdose a coisa é diferente. As batalhas são entediantes, frustrantes, arrastam-se mais do que é necessário e além disso não têm aqueles finais épicos. Porém no meio de tanta coisa má, as duas personagens extra conseguem trazer alguma novidade ao jogo. Tanto Billy como Jyuji são bem diferentes de Grave. Mais rápidos, com ataques bem melhores e acima de tudo obrigam-nos a tácticas diferentes. Jyuji é menino para close quarters, afinal de contas tem duas katanas e é rápido como tudo, podendo fazer charge a estas. Por outro lado, tem ainda as pistolas nas próprias katanas que pode usar como arma de recurso. Já Billy, com a sua guitarra eléctrica que dispara raios eléctricos (capitão óbvio ataca de novo), é o equivalente a jogar com o Dante em DMC, com a barra de Devil Trigger infinita. É um verdadeiro cheat code em forma de personagem e perder vidas com ele é inadmissível. Quero com isto dizer que a verdadeira piada deste Gungrave Overdose está nas novas personagens que tornam o jogo diferente (e bem mais fácil) mas que para as usar é preciso acabá-lo primeiro com Grave. É verdade, primeiro vamos ao castigo e depois é que podemos tirar algum proveito do sofrimento. O problema é que, e isto aconteceu comigo, na segunda ronda perdemos a vontade pois a frustração foi tanta que nem acompanhámos a confusa trama, nem tirámos partido do divertimento que existe no meio disto tudo. Pode ser que um dia o perdoe por me ter feito sofrer mas até lá fica na estante.

Com Jyuji é tudo muito pessoal.
Gungrave Overdose é daqueles títulos em que se pode dizer verdadeiramente que não é para meninos. Não é mesmo. E muito menos para pessoas com pouca paciência. Contudo, e há que lhe dar o mérito, as personagens extra tornam-no em algo diferente e mais apelativo. Por isso e só mesmo por isso é um JOGALHÃO DE FORÇA mas não se livra do meu ódio ao ponto de nunca mais me querer livrar dele.

Feitiçarias e afins, em breve e antes do Natal. :) 

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

8 comentários:

  1. A equipa que produziu este jogo foi a mesma do anterior? Sei que o primeiro teve a Sega como editora, neste já nem por isso. Talvez por isso é que davam a hipótese de ter o audio dual inglês/japonês no anterior, vários jogos da Sega dessa altura o permitiam.

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    1. Yep, mesma gente. Tentaram inovar, fizeram caca. Já o áudio não compreendo, talvez por este ter mais cutscenes e diálogo do que o anterior, optaram por inglês apenas.

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    2. ainda estas a vender o jogo!?
      ou ja tou 1 ano atrasado xD

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    3. Não percebi o comentário mas o jogo nunca esteve à venda tal como todos os outros presentes no blog.

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    4. eu estava interesando em comprar o OVERDOSE jogei o 1 ao tempos atras e gostei =/ sabes onde arranjar em 2 mao!? e ke no OLX ou Custo Justo nao ha esse

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    5. Sugiro vivamente que recorras ao eBay, é o melhor sítio para se achar seja o que for e a preços decentes. O meu veio de lá como referi na análise. No OLX em tempos achei um, onde o anunciante pedia 5 euros mas como é de calcular, depois já só o vendia se fosse em conjunto com outros jogos que não me interessavam. Típico português... xD

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    6. mas akilo e la de fora vai sair caro com os portes

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    7. O meu ficou por 15 euros, se achas que é caro então já não sei. No eBay encontras com facilidade, é questão de ires vendo qual é o que fica mais em conta pois há imensos à venda e não te aconselho a ires logo ao mais barato que encontras. Obviamente convém ver quais é que enviam para cá e quanto são os portes.

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