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As respectivas caixinhas. |
Publicado por: Bethesda Softworks
Director(es):
Raphaël Colantonio, Harvey Smith
Designer(s):
Raphaël Colantonio, Harvey Smith, Ricardo Bare
Compositor(es): Daniel Licht
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 09-10-2012 (EUA), 12-10-2012 (EU)
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 09-10-2012 (EUA), 12-10-2012 (EU)
Género: Acção, Aventura, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola, Instalação obrigatória no disco rígido da consola (5GB), Suporte HD 720p, Compatível com Função de Vibração, Funcionalidades de rede, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes, vi os dois finais, platina alcançada.
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola, Instalação obrigatória no disco rígido da consola (5GB), Suporte HD 720p, Compatível com Função de Vibração, Funcionalidades de rede, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes, vi os dois finais, platina alcançada.
(Finalmente, bom tempo!)
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E a respectiva traseira. |
"Revenge solves everything". É esta a punchline de
um dos melhores jogos desta geração de consolas que me passaram pelas mãos.
Para quem não a reconhece trata-se de Dishonored, um título que possivelmente
passou ao lado de alguns e que eu ignorei inocentemente durante algum (pouco)
tempo, algo que aconteceu também com Deus Ex - Human Revolution. Felizmente já
estou a tratar desse também (excelente, por sinal). Mas isto é perfeitamente
normal dado o volume de jogos que quero jogar e que vão saindo uns atrás dos
outros, fazendo com que por vezes perca o fio à meada. Este exemplar de
Dishonored que adquiri em Janeiro deste ano, na GAME.co.uk, custou cerca de 30
euros e comporta ainda o subtítulo "Special Edition". Isto porque vem
numa caixa de cartão e traz um baralho de cartas, sendo algumas destas de
Tarot, próprias para se jogar o Game of Nancy, até seis jogadores. As
instruções para o mesmo também estão incluídas.
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Manual, cartão de DLC e disco. |
A trama de Dishonored não prima pela originalidade, muito
menos pela genialidade mas o certo é que uma história de vingança prende sempre
o espectador, neste caso, o jogador. Mais a mais quando o lesado somos nós. Encarnamos
Corvo Attano, o guarda-costas da imperatriz de Dunwall, Jessamine Kaldwin que é
incriminado de a ter assassinado e assim atirado para as masmorras aguardando o
seu inevitável destino. Mas como seria de esperar, há sempre alguém que vê o
outro lado das coisas e ajuda Corvo a escapar e assim levar a cabo a sua
vingança, a fim de descobrir quem o tramou. Entretanto a coisas em Dunwall
mudaram e a cidade é agora gerida por uma força opressora e sem escrúpulos,
algo com que iremos lidar no decorrer da aventura.
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O baralho do Game of Nancy. |
Algo que me impressionou neste Dishonored foi a qualidade
visual com que se apresenta. Apesar de utilizar o já gasto Unreal Engine 3,
parece que os senhores por detrás desta obra conseguiram aproveitar o máximo
deste motor gráfico mostrando-nos um universo rico em detalhes, extremamente
pormenorizado e acima de tudo vistoso. Andar por Dunwall é uma experiência
fantástica, seja de dia ou de noite, pelas ruas ou pelos telhados dos
edifícios. A própria cidade é claramente inspirada num misto de Londres com
Edinburgo da Era Vitoriana, desde a arquitectura, até aos seus habitantes que
vão desde o sem-abrigo à mais alta patente do exército que rege a mesma. As
personagens parecem ter um aspecto um tanto cartoonish mas é isso que lhe confere carisma e o
distingue de outros jogos do género. Para além da excelente qualidade visual, a
fluidez é também algo constante ao longo do jogo sem nunca ter encontrado
instâncias de slowdown em nenhum caso, mesmo quando confrontado por vários
inimigos.
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Alguém vai fazer ó-ó... ou cair do telhado. |
Daniel Licht é o nome do senhor que tratou de conceber a
banda sonora para este Dishonored e sem dúvida que fez um bom trabalho, embora
a música não seja algo constante ao longo do jogo dando primazia ao som
ambiente dada a própria natureza do jogo. Este está à altura da tarefa e
confere o ambiente perfeito tornando a nossa passagem por Dunwall numa
experiência ainda mais imersiva. O diálogo é algo que neste jogo abunda e está
presente um pouco por todo o lado. Todas as personagens têm algo a dizer, mesmo
os inimigos que parecem não se calar quando nos atacam freneticamente. O elenco
escolhido para as personagens de mais relevância não foi deixado ao acaso
contando com alguns nomes de peso como por exemplo Susan Sarandon, Brad Dourif,
Carrie Fisher e Michael Madsen, entre outros. Curiosamente, Corvo não tem voz
mas isto é explicado pelo facto de quererem que o jogador se sinta na
personagem. É justo.
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Foge, foge bem rápido! |
O que torna Dishonored realmente num jogo excelente é a sua
jogabilidade e a própria mecânica concebida para tirar o proveito da mesma.
Apesar de ser um jogo na primeira pessoa está longe de ser um FPS até por aqui
a ideia não é andar aos tiros a ninguém, embora tal possa ser feito mas não
seja de todo importante ou necessário. Corvo tem à sua disposição um pequeno
arsenal que vai desde uma pistola a uma besta (com variante não-letal), passado pela sua fiel espada e
claro, alguns gadgets interessantes e acima de tudo mortíferos. Juntam-se ainda
os seus poderes sobrenaturais onde recai grande parte da mecânica de jogo.
Corvo pode teleportar-se para quase qualquer sítio utilizando o Blink, criando
múltiplas formas de abordar um objectivo. Por outro lado a Dark Vision
permite-lhe ver pessoas e objectos através de paredes, elevando-o quase a um
estatuto de Deus, com conta, peso e medida. Outros poderes incluem o Bend Time,
que tal como o nome sugere nos permite abrandar e até parar o tempo;
Possession, que permite controlar animais e até pessoas; Devouring Swarm, onde
chamamos os nossos amigos ratinhos para devorarem literalmente tudo o que
apareça pela frente; Wind Blast, provavelmente o poder menos interessante e que
faz o que o nome sugere; e finalmente Shadow Kill, que transforma os inimigos
em cinzas depois de mortos, para que não sejamos descobertos.
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Estava com dores de garganta, o Dr. Corvo curou. |
Com este arsenal e poderes, é natural que queiramos limpar o
sebo a todos os desgraçados que se atravessem no nosso caminho mas o próprio
jogo incentiva a sermos furtivos e se possível não matarmos ninguém. O combate
é uma opção, sendo que podemos entrar directamente em confronto, de pistola e
espada em riste mas isto por norma acaba mal pois temos de aproveitar as
aberturas dos inimigos e carregar compulsivamente no botão de ataque não é boa
ideia pois eles amparam a maioria dos golpes. A piada de Dishonored reside em
sermos furtivos pois é perfeitamente possível terminar o jogo sem eliminar uma
alminha, e isto inclui os nossos alvos em cada missão da história. Existem
sempre várias maneiras de abordarmos cada situação, cada alvo e podemos
livrar-nos deles sem lhes tocar sequer. É isto que torna Dishonored tão bom e
tão genial. Apesar de termos todos estes poderes, é também possível não abusar
dos mesmos, tornando o jogo mais desafiante e intenso. E agora que refiro
estes, os mesmos podem ser aumentados através de upgrades, tal como o arsenal
melhorando a performance das armas, gadgets e afins. Corvo pode ainda utilizar
os Whalebone Charms, uma espécie de amuletos que lhe conferem alguns perks extra
como por exemplo, não ser atacado pelos ratos brancos.
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Dark Vision, um dos poderes mais abusados. |
Mas existe uma particularidade muito importante acerca de
Dishonored que ainda não referi. As nossas acções têm um impacto muito grande
no ambiente, mais concretamente na cidade e demais localizações. Contudo também
afectam o comportamento de algumas personagens para com a nossa personagem,
resultando em situações ligeiramente diferentes. Se andarmos numa de matança,
Dunwall torna-se mais sombria, com mais ratos, mais habitantes infectados pela
peste e consequentemente mais guardas e checkpoints armados ou zonas fechadas.
Se por outro lado dermos uma de Solid Snake, a cidade continua igual a si
mesma, sendo mais fácil a sua travessia e podemos assim apreciar cada um dos
seus recantos. O final está dependente da nossa abordagem ao longo do jogo.
Como referi inicialmente, esta edição faz-se acompanhar de um baralho de cartas
para jogarmos o Game of Nancy, supostamente um jogo que é jogado pelos
habitantes de Dunwall. Estranho é não existir nenhuma referência a isto dentro
do próprio jogo, nem sequer podermos jogar ou existirem personagens a jogar
dentro do jogo, algo que deveria ser possível à semelhança do Caravan de
Fallout - New Vegas.
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Os ratinhos saceiam a sua fominha. |
Com isto, penso que está na altura de vos dizer para irem
jogar Dishonored. Ide e rápido! É um jogo excelente, com um bom replay value e
o DLC que já saiu vale o dinheiro pois jogar com um dos mauzões é sempre algo
apetecível. Podem também esperar que saia uma edição com tudo, algo que a médio
prazo talvez venha a acontecer mas eu não iria conseguir esperar. Não há
dúvidas, é um JOGALHÃO DE FORÇA e um dos meus favoritos actualmente.
Em breve, assassinatos na PS3. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:





Este é daqueles que quando sair uma edição GOTY com mais miminhos, acabará por vir indubitavelmente para a minha colecção no PC. Bom artigo!
ResponderEliminarVale todos os cêntimos que pagares por ele. Garanto-te. :D
EliminarIsto faz-me lembrar imenso o Thief :P O jogo já me parecia ter bom aspecto mas é bom ver que não desapontou. Não estava à espera de menos da equipa que fez o Dark Messiah.
ResponderEliminarSe a Bethesda incorporar a Arkane na equipa de Elder Scrolls pode ser que finalmente tenhamos um TES que me agrade :P