16 de janeiro de 2014

Tomb Raider [Survival Edition]


Bonito artwork.
Desenvolvido por: Crystal Dynamics, Eidos Montreal
Publicado por: Square Enix
Director(es): Noah Hughes, Daniel Chayer, Daniel Neuburger
Produtor: Kyle Peschel
Designer: Darrell Gallagher
Compositor: Jason Graves
Motor gráfico: Crystal Engine (Modificado)
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 05-03-2013 (EU, EUA), 25-04-2013 (JP)
Género: Acção, Aventura, Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para 2 a 8 jogadores
Media: BluRay
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola (MB mínimo), Suporte HD 720p, Compatível com DualShock 3, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez tendo feito tudo o que havia para fazer.

(Está frio e não gosto.)

As respectivas traseiras.
Há várias sagas pelas quais nunca me interessei devido a diversos motivos. A saga Tomb Raider é uma delas. Sempre achei os jogos mais como um labirinto irritante do que uma aventura com quebra-cabeças pelo meio, onde o jogador mais facilmente se perdia (e arrancava cabelos) do que divertia. A protagonista também não ajudava a que eu gostasse do jogo embora tivesse ajudado a vender milhões de exemplares por motivos mais do que óbvios. Contudo, nesta altura do campeonato em que nos encontramos agora parece que pegou a moda dos reboots e embora nalguns casos não tenha sido a melhor aposta, no que concerne a Tomb Raider foi a melhor coisa que puderam fazer pois acabaram de conquistar um novo fã: eu! Este exemplar, que se faz acompanhar de um não muito original Survival Edition após o título inclui o jogo no seu formato normal, um poster de Lara com direito a um mapa da ilha na parte oposta, um pequeno artbook com cerca de 40 páginas, 10 faixas da banda sonora em formato digital, um pack de armas do Hitman para usarmos no jogo e uma pequena bolsa de sobrevivência. O mesmo foi adquirido numa loja online por cerca de 30 euros, se tanto, algures em 2013.


Manual, papelitos e disco.
Tomb Raider levou uma reviravolta merecida após mais de uma década de jogos, alguns famosos por serem bons e outros famosos por terem metido a para na poça. Neste novo e primeiro capítulo, encarnamos uma jovem e inexperiente Lara Croft, de longe mais proporcional em termos anatómicos e acima de tudo mais humana do que a sua antecessora. A aventura leva-nos até à remota ilha de Yamatai, onde Lara e o resto da tripulação do Endurance naufragam. Neste território inóspito, Lara é confrontada com várias situações de vida ou morte, nomeadamente confrontos com uma seita que habita a ilha e um mistério que envolve uma antiga lenda relacionada com um reino que outrora existiu ali. E mais não conto.

Artbook, bolsa e demais extras.
Andar por Yamatai é por si só um prazer visual pois o nível de detalhe da ilha e dos seus diversos locais é impressionante. Desde a densa selva até ao mais escondido dos templos, tudo em Tomb Raider é bonito e pormenorizado ao ponto de pararmos por um bocado para observar o meio envolvente. E não só agradável para a vista, a animação também não é deixada em mãos alheias, desde o coelhinho que anda aos saltos a fugir de nós, as condições climatéricas (muito adversas, por sinal) até à própria Lara que se mexe de maneira fluída e convincente. Obviamente temos os nossos momentos de super-herói, com cenas dignas de um filme de Hollywood, que não posso deixar de comparar com a série Uncharted pelas suas subtis semelhanças.

O mapa de Yamatai.
A banda sonora ficou a cargo de Jason Graves, conhecido nestas andanças por jogos como Dead Space onde fez um excelente trabalho sonoro. Em Tomb Raider iguala a proeza, com diversas faixas que se encaixam nos momentos de mais tensão ou simplesmente ilustram as cutscenes quando assim é requerido. Como é habitual nos jogos actuais, a sonoridade é composta em grande parte por todos aqueles pequenos sons e ruídos do meio onde de nos encontramos, proporcionando assim ao jogo o ambiente ideal conforme a situação em que nos encontremos pois estas oscilam entre os confrontos directos e inevitáveis e alguns momentos de stealth, concebidos de forma brilhante. Todo o voice-acting está muito bom, na minha opinião, sem cair na redundância ou até mesmo no ridículo como acontece com muitos títulos actuais. Prima acima de tudo pelo diálogo estabelecido através da relação que se vai criando com as personagens.

O outro lado do mapa.
No campo da jogabilidade, Tomb Raider é muito semelhante a tantos outros jogos do género. As acções e movimentos de Lara são extremamente fluidos e de fácil intuição, sem colocar nenhuma espécie de entrave ao jogador ao longo do jogo. Atrevo-me, uma vez mais, a compará-lo a Uncharted pela simplicidade e parecenças mas obviamente com algumas nuances que o distinguem e o tornam superior. Lara tem um reportório de movimentos bastante amplo e um conjunto de armas bem mais interessante (e acima de tudo com diversos upgrades) à sua disposição. Isto tudo é conseguido através da exploração da ilha, dos confrontos com os inimigos e até através das caçadas que podemos fazer. Só assim evoluímos habilidades e armas. Embora a história se debruce sobre uma superstição e um reino perdido, Lara pode efectivamente fazer um bocadinho de tomb raiding, encontrando assim alguns tesouros perdidos, em jeito de side quest. Existe ainda um modo multiplayer mas quem é leitor aqui do blog, já sabe que não costumo tocar nessa porção do jogo. E não toquei mesmo.

Lara prepara o jantar, ou tenta.
Uma coisa que me prendeu desde cedo ao jogo foi o sofrimento pelo qual Lara passa mal começa a sua aventura na ilha. É algo que ajuda o jogador a identificar-se com a personagem e a criar logo uma empatia muito grande pela sua situação. Esta Lara não é aquela mulher forte, determinada e com atributos exagerados. É apenas uma miúda como tantas outras da sua idade que se vê rodeada de morte de um momento para o outro, onde não sabe onde os seus companheiros se encontram (ou se estão vivos) e tem de dar tudo por tudo para sair viva disto tudo. É este nível de complexidade humana que os jogos começam a atingir e isso reflecte-se ao longo deste Tomb Raider, seja em Lara e na relação que desenvolve com os seus amigos, nas suas decisões face a determinadas situações, bem como também nos vilões que revelam o pior que o ser humano tem dentro de si.

The roof, the roof, the roof is on fire!
Tomb Raider surpreendeu-me. De forma bastante positiva ao ponto de ganhar um novo fã, caso decidam manter a fasquia neste patamar. É um excelente jogo que recomendo vivamente a todo o tipo de jogadores. Podem jogá-lo desde já em várias plataformas ou esperar pela Definitive Edition, a sair nesta nova geração de consolas. Seja qual a versão que peguem, é garantidamente um JOGALHÃO DE FORÇA!

Mais um reboot a uma famosa saga que começou na PS2, muito em breve. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário